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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

A Crise do Sistema Capitalista: EUA - ricos prosperam com a miséria da maioria

  • As eleições deste ano serão as mais caras de sempre, movimentando qualquer coisa como 5,8 mil milhões de dólares, calculou o Center for Responsive Politics. De acordo com os dados relativos à angariação de fundos, as presidenciais e legislativas agendadas para Novembro vão bater o recorde de dinheiros gasto em campanha, quer por Barack Obama e Mitt Romney, quer pelos partidos Democrata e Republicano.

  • A organização alerta, no entanto, que o montante exacto é difícil de calcular, já que as verbas canalizadas para os movimentos de apoio às candidaturas são ilimitados e alvo de menor escrutínio quanto à sua origem, podendo fazer disparar a quantia estimada para perto dos nove mil milhões.

  • De acordo com um relatório do Centro de Pesquisas do Congresso dos EUA, divulgado dia 19 de Julho, metade da população dos EUA detém apenas 1,1 por cento do total da riqueza. Em contraste, a fracção mais restrita da burguesia nacional possuía 34,5 por cento de toda a riqueza.
  • Alargando a amostra, continua a sobressair a desigualdade abissal cavada pelo capitalismo entre grandes possidentes e a restante massa de pequenos proprietários e proletários, já que, em 2010, 10 por cento dos primeiros arrebatavam 74,5 por cento de toda a riqueza dos EUA.

  • Segundo o mesmo texto, a situação tem vindo a agravar-se nos últimos anos do século XX e na primeira década do século XXI. Em 1995, metade da população norte-americana detinha 3,6 por cento da riqueza, mas em 2001 esse índice era já só de 2,8 por cento. Em 2010, como já foi referido, a percentagem situou-se nos 1,1 pontos.

  • A situação não escapa ao povo norte-americano. Isso mesmo parece confirmar um inquérito recente elaborado pelo Instituto Público de Pesquisas Religiosas, que afirma que 79 por cento dos inquiridos considera que a desigualdade nos EUA tem vindo a aumentar. A mesma sondagem, citada pela Associated Press, relata que 67 por cento dos questionados manifesta-se contra os cortes federais e estatais nos programas de assistência, destinados a mitigar a miséria dos mais desfavorecidos.

  • Um em cada seis norte-americanos, cerca de 47 milhões de pessoas, viviam, em 2011, abaixo do limiar da pobreza.

  • A estimativa de 15,1 por cento da população em situação de pobreza extrema, relativa ao ano passado, deve no entanto ter sido já ultrapassada, admitem os peritos, que notam ainda que, por este caminho, o país prosseguirá a passos largos a aproximação ao índice observado em 1959, quando mais de 22 por cento dos norte-americanos viviam abaixo do mínimo admitido como sustentável.

  • A média dos rendimentos não pára de cair, afirmam, por outro lado, os dados oficiais, cujos números reportam, igualmente, um estancamento na criação de postos de trabalho. No mês de Junho terão sido criados pouco mais de 80 mil novos empregos, valor incapaz de absorver a massa de desempregados no território.

  • Muitos dos desempregados, salientam também os especialistas considerados pela AP, pura e simplesmente desistiram de manter a inscrição nos centros de emprego, factor que deverá contribuir para a actual taxa de desemprego oficial indicada: 8,2 por cento.

  • A verdade é que, ainda assim, a taxa de desemprego oficial registou uma subida em 27 estados norte-americanos, com as percentagens mais elevadas de 11,6 e 10,9 no Nevada e em Rhode Island, respectivamente.

  • Paralelamente, nos EUA avolumam-se as preocupações sobre a situação económica. A Associação Nacional de Agentes Imobiliários afirma que durante o mês de Junho as vendas de casas usadas caiu 5,4 por cento e que o preço médio dos imóveis continua a trajectória descendente que o fez decrescer, já este ano, 7,9 por cento face a 2011. O sector foi um dos que mais expressivamente ilustrou a dimensão da actual crise capitalista. A sua evolução e estado é, por isso, um barómetro.

  • Entre o capital financeiro, prossegue a rearrumação de posições, com os mais pequenos e débeis a sucumbirem à imposição do grande capital financeiro no terreno dos negócios. Só este ano já faliram 33 instituições de crédito nos EUA.

  • O número está, ainda assim, longe dos 90 bancos que declararam bancarrota em 2011; dos 175 em 2010; dos 140 em 2009.

  • De acordo com o Washington Post, o custo das falências bancárias para a economia dos EUA rondou, em 2011, os 88 mil milhões de dólares.
  • Num mero exercício ilustrativo da situação declínio em que se encontram os EUA, se o Departamento do Tesouro dos EUA implementasse um plano de pagamento da dívida pública, acumulada para salvar a banca, recorde-se –, e o programa determinasse a transferência de um dólar por segundo para os credores, então os EUA demorariam 450 anos a saldar as contas.

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A Crise do Sistema Capitalista: O ano da grande perturbação geopolítica mundial

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A Crise do Sistema Capitalista: A raiz dos défices públicos

Das entidades financeiras resgatadas da falência com dinheiro do erário público, apenas 15 por cento devolveu as ajudas recebidas, diz um relatório conjunto elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

Segundo a OCDE e a UNCTAD, a devolução dos fundos foi feita por menos de um sexto do capital financeiro abrangido pelos auxílios, situação que se estende às cerca de 30 mil empresas que receberam ou continuam a gozar de apoios dos estados, sublinham ainda as organizações no estudo realizado a propósito da cimeira do G-20.

A confirmar que as colossais dívidas soberanas de alguns países radicam na canalização de fundos para que o grande capital não declarasse bancarrota, o FMI estima que, no total das chamadas economias avançadas, o peso da dívida se tenha elevado 29 por cento face ao registado antes da crise.

Neste contexto, o Fundo Monetário Internacional reviu a previsão de crescimento da economia mundial para este ano e para o próximo, de 4,2 por cento para uma percentagem entre os 3 e os 4 por cento. Os chamados países emergentes são os que melhor performance terão, diz igualmente o Fundo.

(sublinhados meus)

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Leitura Obrigatória (CXCIX)

São de leitura obrigatória os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal:

«Duas das razões mais importantes da persistência da grave crise que o País enfrenta é a quebra continuada no investimento e no consumo interno. Sem investimento não se criam empregos, nem se moderniza a economia nem se aumenta a competitividade das empresas. Sem aumento do consumo, as empresas não conseguem vender o que produzem, entram em falência e lançam mais trabalhadores no desemprego. De acordo com o INE, em 2009, a preços correntes, o investimento total caiu em -15,7% e o consumo em -2,6%. As previsões do governo constantes do PEC:2010-2013 revelam que a situação não vai melhorar nos próximos anos. Assim, a preços constantes, em 2010, em relação ao investimento prevê uma nova quebra de -0,8%; no consumo publico uma redução de -0,9%; e no consumo privado mais 1%, o que será difícil de atingir devido à tentativa do governo e do patronato para congelar salários e pensões, e para aumentar IRS.

Um meio importante que o governo e as empresas têem para combater estas quebras é a utilização atempada e eficiente dos fundos comunitários. Mas neste campo a incapacidade, ou a incompetência, quer do governo quer dos empresários para os utilizar são claras e preocupantes.»

 

Agiotagem e outros crimes

    1. Um amigo meu, bancário reformado, alertou-me para a questão. O Banco de Portugal (BP) divulgou recentemente as taxas máximas no crédito aos consumidores a entrar em vigor em 1 de Janeiro de 20010. São abrangidos produtos como o crédito pessoal, o crédito automóvel, os cartões de crédito, as linhas de crédito e os descobertos bancários.

Segundo consta no referido documento o crédito pessoal representa 45,6% do total do montante dos empréstimos celebrados. O crédito automóvel 34,1% e os cartões de crédito, as linhas de crédito e os descobertos bancários 20,3%.

As Taxas Anuais Efectivas de Encargos Globais (TAEG) máximas autorizadas pelo BP nestes contratos vão de 6,3 a 32,8 por cento. É sabido que nos créditos à habitação, onde se praticam TAEG inferiores, os bancos têm, obviamente, lucro. No estado actual e previsível da taxa de juro de referência do Banco Central Europeu (1%), a questão levanta-se: lucro dos bancos, agiotagem ou roubo?

2. As posições patronais e de alguns economistas e especialistas sobre o Salário Mínimo Nacional merecem alguns comentários e interrogações. Com base nos números oficiais, conclui-se que entre 1973 e 1975 a parte que as remunerações, sem incluir as contribuições sociais, representavam do PIB aumentou de uma forma contínua e significativa. Passou de 47% para 59% do PIB entre 1973 e 1975. Depois assistiu-se a uma diminuição sistemática, alcançando com o governo de Sócrates, em 2008, apenas 34% do PIB. E a previsão é que sofra uma nova redução em 2009.

Estamos pois perante um agravamento contínuo da repartição da riqueza criada em Portugal. Pergunta-se: que ganhou o país, a sua economia, a sua realidade social? Qual a percentagem a partir da qual esta gente fica satisfeita? Alguém quer responder?

Congelar, ou reduzir, os salários só poderia agravar ainda mais a crise económica, com mais falências e mais desemprego. Durante anos o acesso fácil ao crédito substituiu o aumento das remunerações dos trabalhadores. As consequências estão à vista de todos. A crise actual é também uma crise de procura. A redução dos salários reais dos trabalhadores provocaria uma redução ainda maior da procura.

Como foi referido no «Público» se o salário mínimo tivesse sido actualizado desde 1974, repondo a inflação de cada ano, o seu valor em 2010 seria de 562 euros e não os 475 euros anunciados pelo Governo. Aquela quantia respeitaria o limiar de 60 por cento da remuneração base média tida internacionalmente como suficiente para um nível de vida decente. A pergunta repete-se: o que ganhou o país com esta espoliação?

3. Há, em Portugal, um défice sobre o qual pouco se fala. Diz respeito à natureza e à dimensão daquilo que compramos no estrangeiro, sob a forma de importações. Trata-se de um défice estrutural com uma dimensão financeira de um número com 11 algarismos, qualquer coisa como 61 174 milhões de euros. É esta a dimensão do défice reportado àquilo que somos obrigados a comprar lá fora em virtude de não produzirmos aquilo que consumimos.

Em 2008 o PIB português foi estimado em cerca de 166 167 milhões de euros. Quantos países no mundo, salvo aqueles onde se desenrolam conflitos armados, têm uma tal desproporção entre aquilo que produzem e aquilo que compram?

Se desagregarmos as importações pelos grandes ramos de actividade verifica-se um dado extremamente importante: cerca de 93% das nossas importações dizem respeito à agricultura, à pesca, à indústria extractiva e às indústrias transformadoras.

Como diz num estudo de Anselmo Aníbal, se queremos comer, se queremos comunicar, se queremos uma maior mobilidade, se queremos ter acesso ao lazer, temos que nos socorrer das importações porque a produção nacional foi, conscientemente, atirada às urtigas.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In jornal "Público" - Edição de 24 de Dezembro de 2009

                                                                                      

A sem vergonhice de algumas associações patronais

     A propósito das posições patronais sobre o Salário Mínimo Nacional apenas duas notas:

1. Com base nos números oficiais, conclui-se que entre 1973 e 1975 a parte que as remunerações, sem incluir as contribuições sociais, representavam do PIB aumentou de uma forma contínua e significativa. Passou de 47% para 59% do PIB entre 1973 e 1975. Depois assistiu-se a uma diminuição sistemática, alcançando com o governo de Sócrates, em 2008, apenas 34% do PIB. E a previsão é que sofra uma nova redução em 2009.

Estamos pois perante um agravamento contínuo da repartição da riqueza criada em Portugal. Congelar, ou reduzir, os salários só poderia agravar ainda mais a crise económica, com mais falências e mais desemprego. Durante anos o acesso fácil ao crédito substituiu o aumento das remunerações dos trabalhadores. As consequências estão à vista de todos. A crise actual é também uma crise de procura. A redução dos salários reais dos trabalhadores provocaria uma redução ainda maior da procura.

2. Se o salário mínimo tivesse sido actualizado desde 1974, repondo a inflação de cada ano, o seu valor em 2010 seria de 562 euros e não os 475 euros anunciados pelo Governo. Aquela quantia respeitaria o limiar de 60 por cento da remuneração base média tida internacionalmente como suficiente para um nível de vida decente.

Estamos entendidos ou é preciso fazer um desenho?
                        

Jornadas Parlamentares do PCP em Braga

    O PCP apresentou as conclusões das Jornadas Parlamentares que realizou no distrito de Braga, «região profundamente marcada pelas consequências nefastas da política de direita, caracterizando-se por fortes assimetrias e acentuadas desigualdades, expressas nos seus índices sociais.» 

1 - Realizamos estas Jornadas Parlamentares do PCP no distrito de Braga, região profundamente marcada pelas consequências nefastas da política de direita, caracterizando-se por fortes assimetrias e acentuadas desigualdades, expressas nos seus índices sociais.

A região regista altos níveis de precariedade e cerca de 50 000 desempregados, dos quais 70% de longa duração e cerca de 13 000 com formação superior. 

Com sucessivos encerramentos, falências e destruição do aparelho produtivo que afecta todos os sectores produtivos com destaque para o têxtil e vestuário (ainda o principal sector produtivo na região) e para a metalurgia, e com a construção civil estagnada, a região está hoje mais uma vez confrontada com a emigração em massa, situação que levou nos últimos 3 anos mais de 10 000 trabalhadores a emigrarem só para a Galiza, e outros largos milhares a deslocarem-se diária ou semanalmente para fora do país na procura de emprego.

Com 98% da estrutura empresarial em micro, pequenas e médias empresas, com uma parte significativa a trabalhar em subcontratação, onde o sector têxtil e vestuário assume um peso significativo, a economia da região está demasiado dependente das vontades de grandes clientes e das exportações, situação que a torna muito vulnerável.
Acentuam-se as situações de risco, com as prestações sociais de combate à pobreza a aumentarem neste distrito de uma forma significativa: em meio ano aumentaram em mais de 2 000 os beneficiários do rendimento social de inserção, sendo actualmente 21 080, num cenário em que a alteração da fórmula de cálculo das pensões tem causado reduções na ordem dos 8% a 20% em pensões muito baixas, para reformados com 40 e mais anos de trabalho e contribuições.

                                     

Ler Texto Integral                          

Ler intervenção de Bernardino Soares
Ler intervenção de Jerónimo de Sousa
 

                                          

É mesmo uma pipa de massa…

    Em Novembro de 2004, na «Resolução Política» do seu XVII Congresso, o PCP alertava para os perigos da bolha especulativa do imobiliário. Em jeito de prever e prevenir a situação actual escrevia-se, «No mercado imobiliário, cujos preços têm vindo a subir a níveis demasiado elevados, subsistem riscos de um ajustamento abrupto com consequências de expressão mundial.» Na altura quase ninguém leu. E os que leram comentaram: “lá estão eles com a conversa catastrofista do costume”.

Passados três anos desta previsão/prevenção dos comunistas portugueses, no verão de 2007, a crise do chamado subprime rebentava em todo o seu esplendor nos EUA. Logo de seguida estendeu-se a Inglaterra e ao resto do globo. Os mercados financeiros foram apanhados de surpresa.
Os analistas económicos, prisioneiros das cartilhas neo-liberais, foram incapazes de a prever. Como incapazes foram de analisar o seu desenrolar. A maioria subestimou os seus efeitos devastadores. Outros procuraram, e conseguiram, esconder as suas causas, mas sobretudo as consequências. Nunca a censura (não há outro termo) na imprensa económica especializada (e não só), foi tão forte como nestes últimos nove meses. Ficará certamente para a história da comunicação social.
Subida dos juros. Falência das famílias. Casas penhoradas e famílias inteiras a viverem literalmente na rua. Cortejo de misérias. Bancos a anunciarem prejuízos de milhões e dezenas de milhões de euros. Reserva Federal dos EUA pela 1ª vez na sua história a abrir portas num domingo para permitir a compra de um banco por outro por tuta-e-meia. Títulos da dívida do tesouro americano, na posse da China e do Japão, a desvalorizarem-se a olhos vistos. A massa monetária em circulação no nosso planeta a ser quase 10 vezes superior ao PIB Mundial.
E, sobretudo, a injecção pelos grandes bancos centrais (Reserva Federal americana, Banco Central Europeu, Banco de Inglaterra, Banco do Japão) de centenas e centenas de milhões no sistema financeiro. Com o único objectivo de manter a economia de casino e a especulação a funcionarem. Sem pedir contas aos Conselhos de Administração dos bancos, todos eles actores principais desta crise financeira sem precedentes desde 1929.
Mil milhões de milhões de dólares diz o Fundo Monetário Internacional (FMI). Escreve-se 1 000 000 000 000. É um 1 seguido de doze zeros. Quase 5 vezes o PIB de um país como Portugal. Ou 3 apartamentos com 150 metros quadrados de área cheios de notas de 500€ até ao tecto.
Dava e sobrava para acabar com a fome e a pobreza em todo o mundo. E para erradicar de vez com doenças como a malária, a poliomielite, a varíola, ou a cólera.
E só a semana passada os governos dos países mais ricos, o chamado G7, se vieram armar em fortes, «exigindo» contas aos banqueiros. Mas só daqui a 100 dias. Isto depois de terem estado 9 meses a assobiar para o lado a ver em que é que paravam as modas.
A educação e o decoro impedem-me de escrever o que penso…

           

In "Jornal do Centro" - Edição de 18 de Abril de 2008

                       

Também em Viseu, Governo PS liquida o Comércio Tradicional

    Nas vésperas da abertura oficial de mais uma super área comercial em Viseu, a DOR Viseu do PCP vem a público manifestar a sua preocupação com a avassaladora onda que nos últimos tempos levou à abertura de mais de uma dezena de grandes e médias unidades de comércio, aqui e em concelhos vizinhos, que estão a pôr em causa a sobrevivência do comércio tradicional.
Este desaforo deve-se, em grande medida, à vigência da Lei n.º 12/2004, feita para regular o licenciamento das áreas comerciais e que tinha por objectivo «assegurar a coexistência e equilíbrio dos diversos formatos comerciais», mas que resultou exactamente no contrário: Em três anos foram autorizadas em todo o país mais de mil novas grandes unidades comerciais com cerca de 1,5 milhões de metros quadrados de superfície, a juntar aos dois milhões de metros quadrados autorizados ao abrigo de regimes anteriores.
Só o PCP previu e preveniu, tendo por isso votado na Assembleia da República contra esta Lei, que nada regulou, nem equilibrou a coexistência entre as grandes superfícies e o comércio tradicional. Ao contrário, provocou um desequilíbrio ainda mais acentuado, cujas consequências estão à vista – falências e mais falências do comércio tradicional em Viseu e nos concelhos limítrofes e em tantas vilas e povoações do Distrito. A Associação Comercial de Viseu calcula que nos próximos três anos 30% do comércio tradicional da região encerre as portas.
Esta Lei estabelece no seu Artigo 37º: «A presente lei será objecto de revisão no prazo de três anos após a sua entrada em vigor, na sequência da apreciação, pela Assembleia da República, de um relatório apresentado pelo Governo quanto à sua execução.» O Governo do PS/Sócrates está a tentar fugir a esta exigência legal querendo fazer a revisão à margem da Assembleia da República, por Decreto-Lei.
A maioria PS na Assembleia da República, está a boicotar as tentativas do Grupo Parlamentar do PCP para que se realize uma aprofundada Audição de todas as Associações, e que o resultado dessa Audição tenha consequências na revisão da Lei, que deve ser feita com a participação da Assembleia da República.
Os comerciantes e as suas associações têm uma palavra a dizer sobre o assunto. Só uma forte manifestação de protesto, por quem se sente lesado e ameaçado na sua actividade económica, contra a fuga à revisão da Lei n.º12/2004, pode levar o Governo a recuar.
O PCP continuará a sua luta por uma revisão da Lei n.º 12/2004, de 30 de Março, que ponha fim ao brutal e desordenado crescimento de grandes superfícies e novos centros comerciais.
No mesmo âmbito, o Grupo Parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República um Projecto de Lei para uma nova Regulação do Horário do Comércio, nomeadamente sobre a abertura aos domingos, para estabelecer regras equitativas e justas, e defender os trabalhadores e o comércio tradicional.
E o PCP continua a intervir, todos os dias, em defesa do nível e qualidade de vida dos trabalhadores, das populações e das pequenas e médias empresas nacionais. Essa é também uma forma de defender os interesses do país e do comércio tradicional.

     
Viseu 14/04/08
A Direcção da Organização Regional de Viseu do PCP

                                

A economia americana está muito doente

    Aqui vão algumas notícias da última hora enviadas pelo nosso correspondente:

  • Falências de companhias aéreas
    Foi anunciada hoje, 11 de Abril, a falência da FRONTIER AIRLINES HOLDINGS INC.
    Era a segunda maior companhia que operava no Aeroporto Internacional de Denver. Servia 62 cidades em 36 estados americanos, 6 no México, 1 no Canadá e 1 na Costa Rica. Tinha cerca de 6 mil empregados.
    Esta falência vem juntar-se a outras 3: ALOHA, em 30 de Março; ATA, em 2 de Abril; SKYBUS, em 5 de Abril.           
  • Problemas de manutenção em aviões obrigam a cancelar milhares de voos
    A AMERICAN AIRLINES cancelou hoje [11 de Abril] 570 voos. Nos últimos dois dias foram afectados cerca de 330 mil passageiros.
    O CEO da Companhia, Gerard Arpey, disse ontem que as indemnizações a estes passageiros serão de dezenas de milhões de dólares.  
  • A GENERAL ELECTRIC é uma empresa de referência
    Fechadas as contas do primeiro trimestre deste ano, a GENERAL ELECTRIC, anunciou uma quebra de receitas de 11% e problemas financeiros graves.
    Este anúncio foi a principal causa para a imediata queda de cotações na Bolsa de Nova Iorque.
    Esta empresa, pela dimensão e diversidade que atingiu, é considerada como um dos principais barómetros da economia americana.
Fonte:Bloomberg
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