A propósito de Yaoni Sánchez - a bloguista, dita dissidente, cubana cuja visita ao Brasil tem sido marcada por protestos e manifestações de apoio ao regime cubano - recorde-se o que AQUI se escreveu neste blog já lá vão quase dois anos.
Garanto que vale mesmo a pena reler a entrevista de Salim Lamrani, Professor na Sorbonne IV, jornalista, especialista em relações Cuba-EUA.
Hiperligação (link) retirada do Cuba Debate para que possam descarregar (fazer o download) do último livro de Fidel Castro, «O Nosso Dever é Lutar», que não se encontra editado em Portugal (nem em português).
Acreditamos que será uma leitura importante e esclarecedora, pelo que incentivamos todos os nossos leitores a tomarem contacto com a última obra publicada de Fidel.
Os média trataram o VI Congresso do Partido Comunista Cubano como um Congresso em que tudo está decidido à partida «pelo chefe», dando simultaneamente a ideia de um País que resiste desesperado economicamente à inexorável marcha do fim do socialismo. Mas a realidade é outra. O que sobressai destes dias de Congresso não é qualquer imobilismo, centralismo burocrático ou «entrincheiramento» desesperado.
O que sobressai deste Congresso é em primeiro lugar uma importantíssima e ampla participação e discussão colectivas. O VI Congresso foi o culminar de um extraordinariamente amplo debate envolvendo 1000 delegados ao congresso eleitos nos 61 000 núcleos do Partido, mais de 800 000 militantes do PCC e cerca de oito milhões de cubanos que num admirável processo de democracia participativa tiveram oportunidade de participar directamente na definição da política económica e social de Cuba.
Trata-se de facto de uma gigantesca discussão colectiva sobre a actualização do modelo económico e social do PCC e da Revolução socialista. Uma discussão que iniciou a sua fase decisiva em Novembro do ano passado e que resultou no assinalável facto de cerca de 70% das 291 teses postas à discussão terem sido alteradas, tendo algumas mesmo sido abandonadas de acordo com as opiniões recolhidas, assim com outras (36) acrescentadas com base em propostas apresentadas.
Em 16 e Abril de 1961, os Estados Unidos desencadearam uma operação militar contra Cuba revolucionária que ficou na história como a invasão da Baía dos Porcos (ou Praia Giron).
Forças mercenárias contra-revolucionárias, organizadas e treinadas pela CIA e apoiadas pelas forças navais e aéreas norte-americanas, desembarcaram na ilha para tentar estabelecer uma testa-de-ponte, controlar um território «libertado», para aí criar um governo provisório que seria imediatamente reconhecido por Washington, desejoso de pôr fim à jovem revolução.
O plano imperialista começou a ser urdido logo em 1959, por iniciativa do então vice-presidente, Richard Nixon, que incumbiu a sua concepção aos irmãos Dules, Foster e Allen, respectivamente secretário de Estado e director da CIA.
Mas foi já com o «democrata» John F. Kennedy na Casa Branca que o «Project Cuba» avançou, resultando num enorme fracasso. O corpo intervencionista foi derrotado em três dias de combates. As forças cubanas fizeram mais de uma centena de baixas no inimigo e no final capturaram cerca de 1200 mercenários.
Nesses dias, o povo cubano defendeu a sua revolução e isto foi a maior derrota para o imperialismo que contava com uma quinta coluna inexistente. Meio século depois, no dia em que o Partido Comunista de Cuba iniciou os trabalhos do seu VI Congresso, o povo cubano voltou a sair à rua para comemorar a sua histórica vitória, reafirmando que, apesar do odioso bloqueio económico imposto como vingança, a revolução continua viva e a dar passos em frente.
«Como gusta decir a Luis Posada Carriles, ese paradigma del terrorismo de la peor especie a escala mundial (ni Osama Bin Laden le supera en número de víctimas ni en atentados terroristas), la contrarrevolución anticubana no tiene remordimientos por las víctimas inocentes de sus atentados. "Duermo como un bebé", añade, "nadie les manda (a las víctimas inocentes) a estar en el momento y lugar equivocados".»
«Apelamos a la generosidad del pueblo de EE.UU. para impedir que Posada Carriles sea liberado, algo que tornaría más inseguro al mundo, ya que cualquiera podría estar en el 'momento y lugar equivocados', como cínicamente afirmó ese asesino, acerca del turista italiano Fabio Di Celmo muerto al explotar una bomba en un hotel de La Habana en 1997.»
«Por ocasião da data em que se evoca o atentado terrorista que, em 1976, fez explodir em pleno voo um avião cubano, com 73 pessoas a bordo, a Associação de Amizade Portugal-Cuba enviou uma mensagem ao presidente dos EUA, onde se dá conta queOrlando Boch e Luis Pousada Carriles, autores confessos do crime, continuam a viver no país que governa, tendo este último sido visto recentemente a desfilar em Miami, ao lado de Gloria Estefan durante uma manifestação contra a revolução cubana. (...)»
Crónica da intervenção de José Ramón Machado Ventura, primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, ontem dia 26 de Julho, aniversário do assalto ao quartel Moncada: