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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

A Crise do Sistema Capitalista: As previsões do GEAB

GEAB

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As agências de rating fazem o que está na sua natureza fazer: Servir os interesses dos «mercados»

Agências de notação: Submissão do governo ao grande capital acentua especulação

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Publicado neste blog:

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A Crise do Sistema Capitalista: O choque do Outono de 2011

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Para favorecer a banca - Governo penaliza poupança e endivida-se no estrangeiro

Portugal é, como todos os nossos leitores sabem, um país altamente endividado. O Estado está endividado, cerca de 146 mil milhões de euros. As empresas estão endividadas, cerca de 177 mil milhões de euros. A banca privada está endividada, cerca de 188 mil milhões de euros. Estes dados, fornecidos pelo Banco de Portugal, reportam-se a Junho de 2010 e referem-se, exclusivamente, à divida externa bruta.

Trata-se de uma realidade fruto de práticas políticas erradas ao longo dos anos, cujas consequências, derivadas da amortização da dívida e do pagamento de juros, vão conduzir o país a um dos maiores patamares de regressão social da nossa história contemporânea, salvo se, entretanto, não se concretizar, como se impõe, uma ruptura democrática.

As dívidas atrás referidas têm de ser regularizadas nos termos e condições draconianas impostas pelo mercado.

Ler Texto Integral

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A Crise do Sistema Capitalista: A contracção dos EUA

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Leitura Obrigatória (CCV)

São de leitura obrigatória os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal:

- apenas 7,3% do crédito foi concedido à agricultura, pesca e indústria
- 78,1% foi para a construção, habitação, imobiliário e consumo

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«A direita no seu ataque violento ao investimento público procura fazer passar a ideia junto da opinião pública que o investimento privado é sinónimo de qualidade, de crescimento económico e desenvolvimento, e de que o investimento público é necessariamente mau investimento, aumento do endividamento e mesmo desperdício. Embora o investimento público não seja sempre bom investimento (exs.:os estádios de futebol construídos durante o Euro2000, muitos deles agora não utilizados estrangulando financeiramente as autarquias, e a multiplicação de auto-estradas em regiões de tráfego reduzido em que uma simples via rápida de menores custos seria suficiente), o investimento privado, mais interessado em obter lucros elevados e rápidos, leva muitas vezes ao estrangulamento das actividades produtivas, à promoção da especulação, e ao aumento das assimetrias regionais, como aconteceu no nosso País. O bom investimento público, que para o ser tem de ser eficiente, é fundamental para combater a crise, criar emprego e recuperar o atraso.

A banca em Portugal é responsável pela falta de qualidade do investimento e, consequentemente, também pela estagnação do País, pela gravidade da crise e pelo aumento das desigualdades regionais . Ela tem a função importante de recolher recursos (poupança dos portugueses e empréstimos externos que aumentam a divida do país ao estrangeiro) e depois em canalizar os meios que assim obtém, que não são seus, através do crédito que concede, para as diferentes áreas de actividade económica, regiões, empresas e indivíduos, promovendo uns (os que têm acesso a esse crédito) e estrangulando outros (os que não conseguem crédito). Desta forma, a banca acaba por condicionar todo o crescimento económico e desenvolvimento de um pais.»

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Agências de quê???...

«No mercado imobiliário, cujos preços têm vindo a subir a níveis demasiado elevados, subsistem riscos de um ajustamento abrupto com consequências de expressão mundial.» (Novembro de 2004).

Quem escreveu esta tese, prevendo e prevenindo a crise financeira, económica, social e política que eclodiu no verão de 2007 e na qual ainda estamos mergulhados? Foi alguma das tão célebres agências de rating, com que a comunicação social dominante nos bombardeia todos os dias? Não. Por mais estranho que isso possa parecer a muitos dos leitores, a origem é a Resolução Política aprovada, em Novembro de 2004, no XVII Congresso do PCP.

Mas o que são e o que fazem as chamadas agências de rating (em inglês é sempre mais in…), em português notação financeira? Segundo as próprias, «o rating é uma opinião sobre a capacidade e vontade de uma entidade vir a cumprir de forma atempada e na íntegra determinadas responsabilidades

Nestas coisas, mais que as belas teorias, importa analisar a prática recente destas agências. Lembremo-nos que elas não previram as implicações da crise das subprimes, ou do afundamento do Lehman Brothers e da AIG, ou dos fundos de Bernard Madoff, nem da crise do Dubai. Em 2008 classificaram a Islândia com a notação mais elevado: AAA+. Dois dias depois o governo islandês anunciava ao mundo a sua falência…

Estas agências são contratadas por instituições para avaliarem o risco de outra empresa ou país acerca de sua capacidade de amortização de dívida. Estabelecem assim o spread a aplicar no financiamento. Elas são dependentes, do ponto de vista legal e mesmo financeiro, do governo dos EUA e dos grandes bancos.

Um exemplo prático desta realidade: enquanto está a ler este artigo, a dívida nacional dos EUA é de aproximadamente 12 milhões de milhões (trillion) de dólares (embora cresça tão rapidamente que é difícil estabelecer um número exacto). Se todo o dinheiro na posse de todos os bancos, negócios e indivíduos dos Estados Unidos fosse reunido hoje e entregue ao governo dos EUA, não seria suficiente para liquidar a dívida nacional deste país.

Pois bem, qual a notação de risco atribuída aos EUA pelas referidas agências? Adivinhou. O famoso Triplo A que permite obter empréstimos ao menor custo.

É muito instrutivo constatar como o discurso destas agências evolui subtilmente. Atinge-se por vezes o mais absoluto surrealismo quando se lêem as suas considerações. Há algumas semanas defendia-se a eterna explicação de que a qualidade intrínseca das economias e da gestão dos EUA e do Reino Unido eliminava todo e qualquer risco de incumprimento de pagamentos por parte dos seus respectivos governos. Hoje advertem que a partir de 2010 será preciso demonstrar esta qualidade e estas aptidões de gestão a fim de manterem a sua notação máxima: AAA+.

Isto quando 48 dos 50 Estados que constituem os EUA se declararam publicamente incapazes de cumprir as suas responsabilidades financeiras. A título de exemplo, sublinhe-se que a cessação de pagamento da Califórnia (12% do PIB dos EUA) é infinitamente mais portadora de desestabilização do dólar e da economia americana que a actual crise da Grécia.

É pois fácil de constatar que estas agências não sabem (ou não podem) antecipar este tipo de evolução. Então de onde vem o seu «poder»? Recorde-se que, na sequência da actual crise do sistema financeiro, os Bancos Centrais restringiram as disponibilidades de liquidez ilimitadas e a baixo custo. Ora os bancos são pela natureza da sua actividade, as empresas que mais recorrem ao endividamento. A banca é o primeiro veículo que permite ir buscar dinheiro ao exterior, o que leva a que seja a primeira afectada com os custos do financiamento. É para responder às necessidades de financiamento dos bancos que os Estados devem travar o seu endividamento.

Não é preciso ser bruxo para adivinhar as cenas dos próximos capítulos…

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In jornal "Público" - Edição de 02 de Abril de 2010

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Leitura Obrigatória (CXL)

    São de leitura obrigatória os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal:

«A politica de crédito dos bancos portugueses, de apoio essencialmente às actividades especulativas (empresas de construção, actividades imobiliárias e à habitação), e de não apoio às actividades produtivas (agricultura, pesca e indústria transformadora) contribuiu também para a grave crise que o País enfrenta, o que prova que o mercado não é o melhor instrumento para fazer uma afectação eficiente dos recursos para o País, nem a crise actual é apenas uma crise de confiança (psicológica) no sistema financeiro como se pretende fazer crer.

Entre 2005 e 2008, ou seja, nos quatro anos de governo de Sócrates, o défice da Balança Corrente Portuguesa agravou-se significativamente. De acordo com o Banco de Portugal, entre 2005 e 2008, o défice da Balança Corrente aumentou de 14.139 milhões de euros para 20.163 milhões de euros. Como consequência, entre 2005 e 2008, este défice passou de 9,5% para 12,1% do PIB. Apesar do défice nas relações de Portugal com o estrangeiro em 2008 ser superior a quatro vezes o défice orçamental, a obsessão do governo pelo défice orçamental era e é tão grande que o levou a ignorar completamente o défice da Balança Corrente, apesar da sua extrema gravidade. E toda a politica seguida por este governo nos últimos quatro anos levou ao seu agravamento como prova o facto de ter aumentado 42,6%. E não é com o "restabelecimento da confiança" que isso se resolve.»

                                                            

Notícias AQUI e AQUI

                        

Notas soltas - Economia Mundial

«Segundo o FMI, em 2008, a China, Índia e Rússia crescerão 10%, 8,4% e 6,5%, respectivamente. Os Estados Unidos crescerão 1,9% e o Japão, 1,7%. Entretanto, espera-se que a África Sub-Sahariana cresça 6,5%. Segundo a OCDE o crescimento da economia dos Estados Unidos será de zero no primeiro semestre do ano».
Relatório 2008 de Current History

«Isso é o que diz o FMI. Segundo a OCDE o crescimento da economia dos Estados Unidos será de zero no primeiro semestre do ano. A economia dos EUA está a mover-se horizontalmente, “se é que não se está a contrair"».
BBC, 20 de Março

«Mil milhões de pessoas no mundo não têm acesso a água potável e um número ainda maior não tem serviços de saneamento. 1,5 milhões de crianças menores de cinco anos morrem cada ano de diarreia, segundas causa de mortalidade infantil».
OMS no Dia Mundial da Água

«A polícia de Algeciras apanhou um carregamento de roupa equivalente a 200 milhões de euros. A roupa, falsificada, será incinerada. Entretanto, ONGs caritativas andam pelo primeiro mundo a pedir roupa para os países pobres».
Dos jornais espanhóis de 14 de Março

«Existem hoje exactamente 8 milhões de imóveis submersos em dívidas. Calculo que, se os preços no mercado imobiliário caírem mais 10%, dobrará o número de devedores cujo valor das casas é menor do que o débito total. Nesse ritmo, em pouco tempo, 40% do total das hipotecas no país estará em situação de não-cumprimento. Serão 51 milhões de imóveis».
Nouriel Roubini, professor de economia na Universidade de Nova Iorque  

                    

                                

Ler notícias AQUI, AQUI, AQUI, AQUI e AQUI   

                                         

Leitura Obrigatória (XCII)

    São de leitura obrigatória os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal:

                         

                                 

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