O imperialismo quer subjugar um país rico e soberano
Conversa com Silas Cerqueira sobre a agressão à Líbia
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Conversa com Silas Cerqueira sobre a agressão à Líbia
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«É claramente evidente que a OTAN excedeu o seu mandato, mentiu acerca das suas intenções, é responsável por assassínios extra-judiciais, tudo em nome da “intervenção humanitária”. »
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Vítimas do imperialismo (Avante!, Edição N.º 1960, 22-06-2011)
«Dois bombardeamentos da NATO terão vitimado 24 civis entre domingo e segunda-feira, afirmam as autoridades de Tripoli.»
Agressão militar e mediática (Avante!, Edição N.º 1959, 16-06-2011)
«A guerra da NATO contra a Líbia destruiu dezenas de infra-estruturas não militares e matou cerca de 250 civis em três meses. A ofensiva é acompanhada por uma intensa campanha mediática que não olha a meios para a apresentar como humanitária e ocultar os que defendem a soberania do país.»
NATO bombardeia com urânio empobrecido (Avante!, Edição N.º 1957, 02-06-2011)
«A NATO lançou cerca de 3200 ataques com bombas de urânio empobrecido contra a população civil na Líbia, denunciou, este sábado, 28, o enviado especial do canal Telesur, Rolando Segura.»
Destruição de portos agrava crise humanitária (Avante!, Edição N.º 1956, 26-05-2011)
«Os bombardeamentos da NATO contra portos e navios líbios impedem a chegada de ajuda de emergência aos civis que a Aliança Atlântica diz pretender proteger.»
NATO mata (Avante!, Edição N.º 1955, 19-05-2011)
Barbárie não conhece limites (Avante!, Edição N.º 1954, 12-05-2011)
«Depois de tentar assassinar o mais alto responsável de um Estado-Membro das Nações Unidas e do anúncio do uso de fundos soberanos para sustentar os rebeldes líbios, os imperialistas são agora acusados de terem deixado morrer dezenas de imigrantes que fugiram do país na sequência da guerra.»
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Notícias AQUI
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«A agressão contra a Líbia já está a avançar para uma guerra aberta de ocupação»
«A agressão dos EUA/NATO/UE à Líbia é o principal obstáculo à paz neste país»
«Os EUA vão enviar para a Líbia aviões não-tripulados»
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1 - O PCP deplora a aprovação no Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas de uma Resolução que preconiza a agressão militar estrangeira à Líbia.
Longe de corresponder a qualquer genuíno sentimento de solidariedade para com o povo da Líbia e de defesa dos seus legítimos direitos, a Resolução adoptada pelo CS da ONU visa dar cobertura aos objectivos das grandes potências ocidentais de intervenção directa nos assuntos internos deste Estado soberano e de controlo geoestratégico e dos recursos naturais da Líbia.
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(sublinhados meus)
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(sublinhados meus)
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Augusto Santos Silva regressou de férias retemperado. Está uma fera!
Critica asperamente o relatório do grupo liderado por Madeleine Albright que serve de base ao novo conceito estratégico da NATO: «A referência à América Latina e a África nesse relatório é muito lacunar comparada, por exemplo, com o peso atribuído à Geórgia. (...) Nós, que temos como preocupação assegurar a paz no Atlântico Norte, devemos olhar para sul». Lógico! Para assegurar a paz no norte há que ter o sul debaixo de olho!
De dedo em riste adverte que «a NATO tem níveis de eficiência abaixo do desejável e precisa de adequar a sua estrutura ao mundo de hoje». Gaita! A NATO tem níveis de eficiência baixas? Olha se as tivesse altas! Esta conversa faz pensar que o sociólogo ambiciona mais do que ser um obscuro ministro de um mau Governo.
Vem tudo numa recente entrevista dada a um jornal diário a propósito da cimeira da NATO que se vai realizar em Novembro em Lisboa: Portugal deverá ter espiões militares no Líbano.
O Mundo é varrido de lés a lés pela visão estratégica deste novo Dr. Estranhoamor.
Além da América Latina, da África (aqui ficam já “arrumados” dois continentes porque os EUA e o Canadá são do “nossos”) e da Geórgia, há ainda a Somália, o Afeganistão, Magrebe, Sahel (estes dois últimos já incluídos na África mas que requerem mais cautelas...), e, atenção!, «devemos estar atentos ao grande arco que vai do Magrebe até ao Paquistão». Estaremos atentos, senhor ministro, esteja descansado!
Depois o ministro faz notar que «a capital geograficamente mais próxima de Lisboa não é Madrid mas sim Rabat». Portanto, juizinho marroquinos!, que o Augusto está perto e de olho em vós!
[Um esclarecimento ao senhor ministro. Informa-nos o nosso especialista em assuntos geográfico-estratégicos que Lisboa dista cerca de 500 km de Madrid e cerca de 555 km de Rabat. Portanto, os madrilenos que se ponham a pau, que quando o Augusto souber isto...]
Mais adiante, faz ainda referência ao Líbano, país para o qual, juntamente com o Afeganistão, vai mandar «células de informações». Os tais «espiões»!...
Sobre a possibilidade de instalar o Africom (novo comando dos EUA para "tratar" dos “assuntos” africanos) nas Lajes refere que «essa é uma decisão que compete aos norte-americanos» que é algo que nós já suspeitávamos. E as outras decisões, competem a quem? A si, senhor ministro?
[É óbvio que a segurança dos africanos compete aos EUA... Quem pode duvidar disso?]
O problema é se todos estes povos que o nosso Dr. Estranhoamor refere (africanos, sul-americanos, asiáticos, etc.) acharem por bem colocar tropas e espiões em Portugal...
E mais ou menos a meio da entrevista diz o ministro sobre os «custos»: «Digo, e repito, que é um dinheiro muito bem gasto até ao último cêntimo. De todos os pontos de vista (...) não há um único recurso empregue nas forças destacadas de que se possa duvidar.» Se não podemos duvidar... Com as «forças destacadas» é gastar e calar. Já com a saúde e a educação, por exemplo, é outra a conversa...
Resta dizer que quando o jornalista lhe pergunta se os portugueses percebem tudo isto responde que acha «que percebem muito bem». Nós também achamos. Nós, pelo menos, percebemos muito bem!...
Uma última questão. E Luís Amado, está calado? Ou anda a tratar dos russos (vêm aí os russos!...) e dos chineses (o perigo amarelo!...)? É que o ministro Augusto Santos Silva não falou desses... Também não falou do Ártico (os tremendos ursos polares!) e da Antártida (os terríveis pinguins!)... Imperdoável, senhor ministro!
(continua)
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