Perante a campanha anticomunista de intoxicação da opinião pública desencadeada a pretexto da passagem de 25 anos sobre a chamada «queda do muro de Berlim», o PCP considera necessário afirmar o seguinte:
1. Mais do que a «queda do muro de Berlim» o que as forças da reacção e da social-democracia celebram é o fim da República Democrática Alemã (RDA), é a anexação (a que chamam de «unificação») da RDA pela República Federal Alemã (RFA) com a formação de uma «grande Alemanha» imperialista, é a derrota do socialismo no primeiro Estado alemão antifascista e demais países do Leste da Europa e, posteriormente, a derrota do socialismo na URSS.
2. A criação da RDA socialista, herdeira das heróicas tradições revolucionárias do movimento operário e comunista alemão (de que, na sequência de Marx e Engels, são símbolos Rosa Luxemburgo, Karl Liebknecht e Ernest Thalmann) é inseparável da vitória sobre o nazi-fascismo na 2.ª Guerra Mundial e produto das aspirações do martirizado povo alemão à liberdade, à paz e ao progresso social.
A responsabilidade da divisão da Alemanha, a que desde o primeiro momento a URSS se opôs, cabe inteiramente às potências imperialistas (Estados Unidos, Grã-Bretanha e França) que nas respectivas zonas de ocupação, e ao contrário do que aconteceu na zona de ocupação soviética, não só não desmantelaram completamente as estruturas hitlerianas como protegeram os nazis e os monopólios alemães (Krupp, Siemens, e outros) responsáveis pela carnificina da guerra e criaram em 23 de Maio de 1949, contra os próprios Acordos de Ialta (Fevereiro de 1945) e de Potsdam (Julho/Agosto de 1945), uma RFA capitalista amarrada ao imperialismo norte-americano e à NATO, fundada aliás nesse mesmo ano, seis anos antes da resposta dos países socialistas do Leste da Europa com a criação do Tratado de Varsóvia em 1955, na sequência da entrada da RFA na NATO.
O governo de sociais-democratas (PASOK) e liberais (ND) prosseguirá com a criação de campos de concentração para imigrantes, utilizando financiamento da União Europeia (UE). Estes campos funcionarão com o objectivo de deportar pessoas desamparadas, as quais em resultado de guerras e intervenções imperialistas e da barbárie capitalista nos seus países procuram um melhor destino nos países da UE.
É característico que eles terão cercas de arame farpado triplas com três metros de altura, de acordo com os padrões da NATO. A guarda externa será executada por equipes de polícias armados e a interna por pessoal de segurança privada. Isto será apoiado por ferramentas técnicas de vigilância (CCTV, televisão em circuito fechado).
Por este meio a coligação governamental dos dois maiores partidos burgueses afirma que por um lado resolverá a questão dos imigrantes ilegais e por outro criará empregos, supostamente combatendo o desemprego.
A declaração do Gabinete de Imprensa do CC do KKE diz o seguinte:
«Grécia pretende instalar uma barreira na fronteira terrestre com a Turquia, principal ponto de entrada de imigrantes clandestinos na União Europeia.(...)
O projecto foi revelado no final de dois mil e dez pelo ministro grego da Imigração. Christos Papoutsis diz que “a sociedade grega atingiu o limite de acolhimento de imigrantes ilegais”.»
«En 2010 se registró en Grecia la entrada de más de 120.000 indocumentados. El Gobierno pensaba que un muro de 12,5 kilómetros con cámaras térmicas y sensores de movimiento sería la solución.»
«O ministro da Ordem Pública, Christos Papoutsis, disse, citado pela agência AFP, que as prisões flutuantes estão a ser consideradas a par de outras medidas, como a construção de um muro em parte da fronteira greco-turca e a utilização de antigas instalações militares como centros de detenção.»
O ministro grego da Imigração, Christos Paputsis, confirmou, na terça-feira, 4, a intenção do seu governo de erguer uma barreira física na sua fronteira com a Turquia, com vista a impedir a imigração ilegal.
O projecto, que tem uma extensão de 12,5 quilómetros numa área em que não existem obstáculos naturais, foi criticado na véspera pela Comissão Europeia, segundo a qual «os muros ou vedações são medidas de curto prazo que não permitem resolver de maneira estrutural a imigração clandestina».
«Em Israel, começaram os trabalhos para a construção de uma barreira de alta tecnologia, a ser instalada ao longo da Península do Sinai, nos mais de 200 quilómetros que separam o país do Egipto.
A divisão será erguida apenas nos locais de fácil acesso a pé e custará 271 milhões de euros, de acordo com o projecto anunciado em 2008, que contempla a instalação de radares.»
«Según el informe deUNITEDse cuentandesde 1993casi14.000 muertesen los muros de Europa. Los refugiados mueren, por ejemplo, porque tanto entre los puestos fronterizos, entre los estados europeos y en el mar se les va mandando de un sitio a otro hasta que al final mueren de inanición o ahogados.
Los refugiados que se rescatan en territorio europeo son retenidos. Los “ilegales” mueren en los centros de detención de los estados miembros de Schengen o al ser expulsados.
Las personas consideradas cargas sociales se pueden ver rápidamente dentro de Europa como “masa prescindible”, como se puede comprobar en las expulsiones de gitanos en Francia. Familias que viven desde hace mucho tiempo en Alemania, cuyos hijos ni siquiera pueden hablar ya el idioma materno de sus padres, son expulsadas a sus “países de origen”.»