Aumento das taxas de juro pelo BCE tem consequências desastrosas
Dados retirados de um documento da CGTP-IN:
- A taxa Euribor, a seis meses, passou de 2,6 por cento, em 2005, para 4,8 por cento, em Dezembro de 2007. No mês passado, a taxa situava-se nos 5,1 por cento.
- Em 2005, um empréstimo de 100 mil euros, a 30 anos, tinha uma prestação de 455 euros. A meio de Junho passado, a prestação tinha subido para os 887 euros, um ritmo superior aos salários de base, que formam a referência para a contracção do empréstimo.
- A despesa com os juros em relação ao salário de base passou de 57 por cento, em 2005, para 68 por cento, actualmente, alertou a central.
- Segundo o Inquérito às Despesas das Famílias de 2005/6, citado pela CGTP-IN, os gastos com a habitação representavam 27 por cento do total, mas o estudo não cobria as importâncias dispendidas com a amortização de capital e o pagamento de juros, por motivo de contracção de crédito à habitação.
- A situação é mais grave nas famílias com mais baixos rendimentos, salienta a central, valendo-se dos dados do Relatório de Estabilidade Financeira de 2007, do Banco de Portugal, recolhidos no Inquérito ao Património e Endividamento das Famílias de 2006/7.
- Neste estudo, verifica-se que nas famílias com rendimentos entre os 375 e os 500 euros (1.º Escalão), mais de metade do rendimento familiar «é absorvido com despesas de juros e de amortização de capital em dívida».
- Nos rendimentos entre os 500 e os 700 euros, a despesa com habitação é superior a 40 por cento do rendimento, sendo mais elevada nos escalões etários mais jovens, recordou a central.
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