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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Dia do Estudante - 50 anos depois

Assinalando o 50º aniversário do 24 de Março de 1962 o PCP coloca na sua página na Internet, entre outros documentos, materiais que rompendo a cortina da censura informaram e analisaram aquele importante acontecimento.

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Campo de concentração de Guantánamo

Dez anos

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Uma década depois de ter sido inaugurado, Guantanamo permanece um exemplo da barbárie que o imperialismo norte-americano impõe ao mundo.

A 11 de Janeiro de 2002, quando os primeiros 20 suspeitos de terrorismo chegaram à Base Naval que Washington mantêm ilegalmente na ilha de Cuba, os norte-americanos mostravam ao mundo homens agrilhoados de pés e mãos, encapuzados e vestidos de laranja, como é habitual nos condenados à morte nos EUA.

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No décimo aniversário dos atentados de 11 de Setembro de 2001

A pretexto da "luta contra o terrorismo" e da "segurança dos EUA" foram invadidos e ocupados países soberanos, provocando centenas de milhar de mortos, milhões de refugiados e desastres humanitários e civilizacionais de trágica envergadura. Foram criados campos de concentração e uma rede mundial de prisões secretas, à margem dos sistemas judiciais e legais. Foi justificada e promovida a tortura. Promoveu-se o racismo e a intolerância, favorecendo a ascensão de forças de extrema-direita e xenófobas. A coberto da "luta contra o terrorismo" desenvolveram-se teorias racistas de que é particular exemplo a teoria do "choque de civilizações" com as consequências que hoje estão à vista.

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Guantánamo: Fechem a prisão, fechem a base e desocupem o território!

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Aberta a 7 de Outubro de 2001 pela administração Bush, passaram pela prisão de Guantánamo 775 pessoas.

Destas, apenas três foram julgadas: Ali al-Bahlul, David Hicks, Salim Hamdan.

Apesar da promessa de Obama de a encerrar, em Novembro de 2010 ainda permaneciam presas em Guantánamo 174 pessoas.

Publicado neste blog:

    adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

      Afasta de mim este cálice

      CÁLICE

      -

      Pai! Afasta de mim esse cálice
      Pai! Afasta de mim esse cálice
      Pai! Afasta de mim esse cálice
      De vinho tinto de sangue...(2x)

      Como beber
      Dessa bebida amarga
      Tragar a dor
      Engolir a labuta
      Mesmo calada a boca
      Resta o peito
      Silêncio na cidade
      Não se escuta
      De que me vale
      Ser filho da santa
      Melhor seria
      Ser filho da outra
      Outra realidade
      Menos morta
      Tanta mentira
      Tanta força bruta...

      Pai! Afasta de mim esse cálice
      Pai! Afasta de mim esse cálice
      Pai! Afasta de mim esse cálice
      De vinho tinto de sangue...

      Como é difícil
      Acordar calado
      Se na calada da noite
      Eu me dano
      Quero lançar
      Um grito desumano
      Que é uma maneira
      De ser escutado
      Esse silêncio todo
      Me atordoa
      Atordoado
      Eu permaneço atento
      Na arquibancada
      Prá a qualquer momento
      Ver emergir
      O monstro da lagoa...

      Pai! Afasta de mim esse cálice
      Pai! Afasta de mim esse cálice
      Pai! Afasta de mim esse cálice
      De vinho tinto de sangue...

      De muito gorda
      A porca já não anda
      (Cálice!)
      De muito usada
      A faca já não corta
      Como é difícil
      Pai, abrir a porta
      (Cálice!)
      Essa palavra
      Presa na garganta
      Esse pileque
      Homérico no mundo
      De que adianta
      Ter boa vontade
      Mesmo calado o peito
      Resta a cuca
      Dos bêbados
      Do centro da cidade...

      Pai! Afasta de mim esse cálice
      Pai! Afasta de mim esse cálice
      Pai! Afasta de mim esse cálice
      De vinho tinto de sangue...

      Talvez o mundo
      Não seja pequeno
      (Cálice!)
      Nem seja a vida
      Um fato consumado
      (Cálice!)
      Quero inventar
      O meu próprio pecado
      (Cálice!)
      Quero morrer
      Do meu próprio veneno
      (Pai! Cálice!)
      Quero perder de vez
      Tua cabeça
      (Cálice!)
      Minha cabeça
      Perder teu juízo
      (Cálice!)
      Quero cheirar fumaça
      De óleo diesel
      (Cálice!)
      Me embriagar
      Até que alguém me esqueça
      (Cálice!)

      Chico Buarque / Gilberto Gil

      Para ver e ouvir a canção « CÁLICE » de Chico Buarque e Gilberto Gil:

      Para Ler, Ver e Ouvir:

       

      «Respecto a la frase «Padre, aparta de mí este Cáliz», que usa Chico Buarque, no es por influencia vallejiana. Ambos poetas la extrajeron probablemente del Nuevo Testamento. Es lo que Jesús le dice a su padre (presumiblemente Dios) cuando se debate entre si asume o no el terrible destino de tortura y crucifixión que le espera

      In Carta de Silvio Rodriguez a la lista Ojala-L.

      "Prefiero que los piratas callejeros divulgaran mi música, a que los

      (...)
      32  E foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro.
      33  E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a Joäo, e começou a ter pavor, e a angustiar-se.
      34  E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai.
      35  E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora.
      36  E disse: Aba, Pai, todas as coisas te säo possíveis; afasta de mim este cálice; näo seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.

      (...)

      In Biblia - Marcos 14

      Abu Ghraib, Iraque

      Afasta de mim este cálice

      -

      Bagram, Afeganistão

      Afasta de mim este cálice

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      adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

       

       

       

      Velhas novidades

      A questão tem mais de século e meio. Mas ciclicamente alguns «novos» teóricos e propagandistas voltam a ela como se fosse nova e original. Referimo-nos ao terrível «espectro» dos sindicalistas, sejam eles delegados sindicais ou dirigentes, a tempo inteiro (ou mesmo parcial).

      Há 120 anos a reivindicação da redução do horário de trabalho para 8 horas traduziu-se numa forte oposição dos patrões e dos seus representantes políticos. Recorreram então, sem hesitações, à violência mais extrema com prisões, assassinatos, condenação e criminalização da luta reivindicativa e da organização de associações de classe. Condenação e criminalização da luta que, passados mais de cem anos, ressurge de novo na sempre actual luta de classes.

      Qual é a situação real, concreta, vivida hoje em Portugal?

      De um lado, um exército de dezenas de milhar que mais não faz que estudar, analisar, propor, divulgar, propagandear, praticar, acções e medidas tendentes a assegurar aos grandes grupos económicos a reprodução do capital e a obtenção do lucro máximo. Actuam dentro e fora das empresas. Na comunicação social e nos órgãos de poder. Nos «sindicatos» amigos e colaborantes. Para isso são pagos, alguns mesmo muito bem pagos. Muitos nem têm a consciência plena das consequências dos seus actos.

      Presidentes da República, 1º ministros e governos raramente falham na sua presença em conclaves das associações patronais. Sejam do comércio, da indústria ou da agricultura. Sejam de âmbito nacional ou regional. Já se a reunião é de trabalhadores do sector, salvo raras e honrosas excepções, nem vê-los. Também, como é visível a olho nu, no uso das forças de segurança os nossos governantes têm dois pesos e duas medidas. De tal forma que apetece dizer com Bertolt Brecht: «Não seria melhor para o Governo dissolver o Povo e eleger outro?»

      A tradução prática desta realidade é a concretização, nestes últimos trinta e cinco anos, de uma evolução nas relações capital/trabalho, profundamente desfavorável aos trabalhadores. Quer na distribuição dos rendimentos, quer no plano legislativo. Exemplos claros são as políticas de salários e fiscal. A legislação laboral e as condições laborais. Os contratos a prazo e o trabalho precário. A lei dos despedimentos e a negociação colectiva. O controlo de gestão.

      É transparente que se pretende naturalizar a exploração e eternizá-la. E de caminho, tal como Maldonado Gonelha proclamou há 35 anos, «partir a espinha à Intersindical [CGTP-IN]». Mas há quem queira e lute por uma vida digna e livre de exploração.

      Há quem afronte a proibição da actividade sindical e das comissões de trabalhadores nas empresas. A perseguição e a repressão aos dirigentes sindicais e activistas e a todos aqueles que assumem a defesa dos interesses dos trabalhadores. O refinamento dos mecanismos de pressão e repressivos limitativos do simples direito à sindicalização e do direito à greve.

      Há quem afronte bancos de horas e horários de trabalho de 12, 13 e 14 horas. Há quem sacrifique parte do seu descanso e da vida familiar para melhor poder assegurar a defesa dos interesses daqueles que, nos locais de trabalho, os elegeram. E há quem o faça, por decisão dos seus pares, a tempo inteiro. A lei, aliás, reconhece esse direito e por isso o consagra.

      É também, e muito, graças a esses homens e mulheres, a maior parte das vezes cidadãos anónimos, que devemos os avanços civilizacionais concretizados no nosso país após o 25 de Abril de 1974. Nomeadamente, no domínio da protecção social na doença, no desemprego e na velhice, no direito à saúde, à educação. E nas condições de trabalho, nomeadamente na diminuição generalizada da jornada de trabalho, no reconhecimento no direito à organização e acção sindical em geral e nas empresas.

      Percebe-se a «raiva» de uns quantos…

      Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

      In jornal "Público" - Edição de 30 de Abril de 2010

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