Dia do Estudante - 50 anos depois
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Uma década depois de ter sido inaugurado, Guantanamo permanece um exemplo da barbárie que o imperialismo norte-americano impõe ao mundo.
A 11 de Janeiro de 2002, quando os primeiros 20 suspeitos de terrorismo chegaram à Base Naval que Washington mantêm ilegalmente na ilha de Cuba, os norte-americanos mostravam ao mundo homens agrilhoados de pés e mãos, encapuzados e vestidos de laranja, como é habitual nos condenados à morte nos EUA.
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Aberta a 7 de Outubro de 2001 pela administração Bush, passaram pela prisão de Guantánamo 775 pessoas.
Destas, apenas três foram julgadas: Ali al-Bahlul, David Hicks, Salim Hamdan.
Apesar da promessa de Obama de a encerrar, em Novembro de 2010 ainda permaneciam presas em Guantánamo 174 pessoas.
Publicado neste blog:
Evocação dos 60 anos do julgamento de Álvaro Cunhal
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Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...(2x)
Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...
Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
Esse silêncio todo
Me atordoa
Atordoado
Eu permaneço atento
Na arquibancada
Prá a qualquer momento
Ver emergir
O monstro da lagoa...
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...
De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
(Cálice!)
Essa palavra
Presa na garganta
Esse pileque
Homérico no mundo
De que adianta
Ter boa vontade
Mesmo calado o peito
Resta a cuca
Dos bêbados
Do centro da cidade...
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...
Talvez o mundo
Não seja pequeno
(Cálice!)
Nem seja a vida
Um fato consumado
(Cálice!)
Quero inventar
O meu próprio pecado
(Cálice!)
Quero morrer
Do meu próprio veneno
(Pai! Cálice!)
Quero perder de vez
Tua cabeça
(Cálice!)
Minha cabeça
Perder teu juízo
(Cálice!)
Quero cheirar fumaça
De óleo diesel
(Cálice!)
Me embriagar
Até que alguém me esqueça
(Cálice!)
Para ver e ouvir a canção « CÁLICE » de Chico Buarque e Gilberto Gil:
Para Ler, Ver e Ouvir:
Vídeo - Espana Aparta de Mi Este Caliz
In Carta de Silvio Rodriguez a la lista Ojala-L.
"Prefiero que los piratas callejeros divulgaran mi música, a que los
(...)
Afasta de mim este cálice
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Afasta de mim este cálice
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adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
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A questão tem mais de século e meio. Mas ciclicamente alguns «novos» teóricos e propagandistas voltam a ela como se fosse nova e original. Referimo-nos ao terrível «espectro» dos sindicalistas, sejam eles delegados sindicais ou dirigentes, a tempo inteiro (ou mesmo parcial).
Há 120 anos a reivindicação da redução do horário de trabalho para 8 horas traduziu-se numa forte oposição dos patrões e dos seus representantes políticos. Recorreram então, sem hesitações, à violência mais extrema com prisões, assassinatos, condenação e criminalização da luta reivindicativa e da organização de associações de classe. Condenação e criminalização da luta que, passados mais de cem anos, ressurge de novo na sempre actual luta de classes.
Qual é a situação real, concreta, vivida hoje em Portugal?
De um lado, um exército de dezenas de milhar que mais não faz que estudar, analisar, propor, divulgar, propagandear, praticar, acções e medidas tendentes a assegurar aos grandes grupos económicos a reprodução do capital e a obtenção do lucro máximo. Actuam dentro e fora das empresas. Na comunicação social e nos órgãos de poder. Nos «sindicatos» amigos e colaborantes. Para isso são pagos, alguns mesmo muito bem pagos. Muitos nem têm a consciência plena das consequências dos seus actos.
Presidentes da República, 1º ministros e governos raramente falham na sua presença em conclaves das associações patronais. Sejam do comércio, da indústria ou da agricultura. Sejam de âmbito nacional ou regional. Já se a reunião é de trabalhadores do sector, salvo raras e honrosas excepções, nem vê-los. Também, como é visível a olho nu, no uso das forças de segurança os nossos governantes têm dois pesos e duas medidas. De tal forma que apetece dizer com Bertolt Brecht: «Não seria melhor para o Governo dissolver o Povo e eleger outro?»
A tradução prática desta realidade é a concretização, nestes últimos trinta e cinco anos, de uma evolução nas relações capital/trabalho, profundamente desfavorável aos trabalhadores. Quer na distribuição dos rendimentos, quer no plano legislativo. Exemplos claros são as políticas de salários e fiscal. A legislação laboral e as condições laborais. Os contratos a prazo e o trabalho precário. A lei dos despedimentos e a negociação colectiva. O controlo de gestão.
É transparente que se pretende naturalizar a exploração e eternizá-la. E de caminho, tal como Maldonado Gonelha proclamou há 35 anos, «partir a espinha à Intersindical [CGTP-IN]». Mas há quem queira e lute por uma vida digna e livre de exploração.
Há quem afronte a proibição da actividade sindical e das comissões de trabalhadores nas empresas. A perseguição e a repressão aos dirigentes sindicais e activistas e a todos aqueles que assumem a defesa dos interesses dos trabalhadores. O refinamento dos mecanismos de pressão e repressivos limitativos do simples direito à sindicalização e do direito à greve.
Há quem afronte bancos de horas e horários de trabalho de 12, 13 e 14 horas. Há quem sacrifique parte do seu descanso e da vida familiar para melhor poder assegurar a defesa dos interesses daqueles que, nos locais de trabalho, os elegeram. E há quem o faça, por decisão dos seus pares, a tempo inteiro. A lei, aliás, reconhece esse direito e por isso o consagra.
É também, e muito, graças a esses homens e mulheres, a maior parte das vezes cidadãos anónimos, que devemos os avanços civilizacionais concretizados no nosso país após o 25 de Abril de 1974. Nomeadamente, no domínio da protecção social na doença, no desemprego e na velhice, no direito à saúde, à educação. E nas condições de trabalho, nomeadamente na diminuição generalizada da jornada de trabalho, no reconhecimento no direito à organização e acção sindical em geral e nas empresas.
Percebe-se a «raiva» de uns quantos…
Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação
In jornal "Público" - Edição de 30 de Abril de 2010
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