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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Leitura Obrigatória: «O Capital» Livro Terceiro

  «O Capital», Livro Terceiro, Tomo VI, Karl Marx 

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«No Livro Primeiro, foram investigados os fenómenos que o processo capitalista de produção, tomado por si, oferece como processo imediato de produção; aí abstraiu-se ainda de todas as influências secundárias sobre ele [operadas] por circunstâncias alheias. Mas este processo imediato de produção não esgota o curso de vida do capital. No mundo real, ele é complementado pelo processo de circulação, e este formou o objecto das investigações do Livro Segundo. Aí se mostrou — nomeadamente, na terceira secção, aquando da consideração do processo de circulação como [processo] da mediação do processo social de reprodução — que o processo capitalista de produção, considerado no [seu] todo, é unidade de processo de produção e de processo de circulação. Neste Livro Terceiro, aquilo de que se trata não pode ser de fazer reflexões gerais acerca dessa unidade. Trata-se antes, de encontrar e de expor as formas concretas que crescem a partir do processo de movimento do capital, considerado como [um] todo. No seu movimento real, os capitais enfrentam-se em formas concretas tais que para elas a figura do capital no processo imediato de produção, tal como a sua figura no processo de circulação, apenas aparecem como momentos particulares. As configurações do capital, tal como as desenvolvemos neste Livro, aproximam-se, portanto, progressivamente, da forma em que elas próprias ocorrem à superfície da sociedade, na acção dos diversos capitais uns sobre os outros, na concorrência e na consciência habitual dos próprios agentes da produção.»

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In Edições «Avante!»

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As FARC-EP lutam pela Paz, o governo simula negociar

As FARC-EP lutam pela Paz, o governo simula negociar

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«O presidente Juan Manuel Santos, um oligarca neofascista, sentiu a necessidade de abrir o diálogo de paz com as FARC, opção que ao tomar posse qualificava de impensável. Mudou de atitude na convicção de que não há solução militar para o conflito e também alarmado com o êxito alcançado pela Marcha Patriótica e com a adesão de milhões de colombianos à campanha promovida pelo movimento «Colombianos por la Paz».
Trata de ganhar tempo. Juan Manuel Santos sabe que Washington se opõe a uma paz negociada com as FARC e são fortíssimas as pressões da oligarquia e das transnacionais para impedir que a mesa de diálogo de Havana atinja os objectivos do Acordo assinado. Sabotar a Agenda é agora a tarefa de Humberto Calle e do general Mora.
Do outro lado estão as heroicas FARC-EP, assumindo na mesa de diálogo o mesmo papel que na luta armada sempre definiram como seu: defender o povo e a democracia, defender uma Colômbia de progresso e de paz.
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Publicado neste blog:

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Sem organização não há vitória possível (extractos)

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1. O Partido insiste em que a tarefa de organizar é uma tarefa central e decisiva. Insiste na necessidade, não só de fortalecer a sua própria organização, a organização do Partido, mas de fortalecer todas as formas de organização não partidária (…)

 

(…) o trabalho de organização oferece numerosas dificuldades. Exige grande tenacidade, paciência, método e imaginação. Exige que se saiba dar apreço aos pequenos êxitos, pois muitas vezes é necessário caminhar passo a passo. Exige a um tempo prudência e audácia. Disciplina e iniciativa.

Por todas as dificuldades que apresenta, o trabalho de organização não é do agrado daqueles que pretendem resolver os complexos problemas de uma revolução vitoriosa sem grande trabalho preparatório. Quando ouvem dizer que é necessário organizar (…), e organizar os operários, e organizar os camponeses, e organizar os pescadores, e organizar os estudantes, e organizar os intelectuais, e organizar os militares, e organizar os jovens, e organizar as mulheres, e organizar as lutas sejam pequenas ou grandes, acham decididamente que se trata de um trabalho demasiado moroso e difícil e dizem que «assim nunca mais se lá chega». A verdade é a inversa. A verdade é que chegaremos se soubermos organizar, e nunca chegaremos se não o soubermos. (…)

 

(…) Nós, comunistas, (…) sabemos por experiência própria que da organização depende o êxito.

Ao dizermos que da organização depende o êxito, não nos referimos apenas à constituição de organizações partidárias. Referimo-nos também à organização das lutas económicas e políticas, à constituição de variados organismos de unidade para conduzirem tais lutas, à utilização de organizações legais para reforçar o contacto com as massas, alargar o movimento de massas e dirigi-lo no melhor sentido.

O Partido Comunista não é apenas o mais forte da Oposição pelo facto de ser o Partido dos trabalhadores e estar armado com a ideologia revolucionária do proletariado: o marxismo-leninismo. Sabe-se haver países onde o Partido marxista-leninista está longe de ser o mais forte. O nosso partido é o mais forte e distingue-se com vantagem de todos os outros da Oposição porque, ao contrário dos outros, tem uma organização partidária sólida e estruturada, e porque essa organização partidária, por sua vez, assenta a sua actividade num mais largo trabalho de organização não partidária.

A organização não é uma palavra mágica de que resultem efeitos pelo facto de muitas vezes se proferir. Se se diz mil vezes que é necessário organizar e nada se organiza, mais vale estar calado. A organização é trabalho concreto e quotidiano. A propaganda da necessidade de organizar só tem valor, se é acompanhada de um trabalho de organização efectivo.

Sem organização podem «fazer-se coisas». Mas não se podem lançar grandes lutas, dar-lhes continuidade, elevá-las a um nível superior. A agitação pode por as massas em movimento, mas não pode manter com elas o contacto, encabeçá-las, dirigi-las, orientá-las ante as surpresas que a cada passo surgem. Isto que é válido em relação a qualquer luta reivindicativa económica, a qualquer manifestação de rua, com mais razão é válido em relação à tarefa grandiosa que as forças democráticas portuguesas têm diante de si: conduzir o povo até ao levantamento nacional, até à insurreição armada, que ponha fim à ditadura e instaure uma ordem democrática.

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2. (…) Para impulsionar decididamente as lutas reivindicativas da classe operária é indispensável o fortalecimento da organização do Partido e a organização audaciosa, enérgica, virada para a perspectiva revolucionária, dessas lutas. (…)

        

(…) A luta em cada fábrica ou empresa é sem dúvida de decisiva importância. Há sempre em cada fábrica ou empresa problemas próprios e reivindicações próprias dos que aí trabalham. Além disso, a fábrica ou outro local de trabalho é o sítio onde os trabalhadores vivem em comum diariamente muitas horas no dia, onde discutem naturalmente a sua situação e os seus interesses, onde podem encontrar-se e combinarem o que fazer. (…)

 

Na organização da luta reivindicativa, seja numa só empresa, seja num conjunto de empresas, uma preocupação determinada pela experiência deve ter-se presente: quanto mais larga participação de trabalhadores tiver lugar na preparação e na condução da luta, quanto mais reuniões de trabalhadores forem realizadas, quanto mais comissões forem criadas, quanto mais trabalhadores pertencerem às comissões, mais poderoso será o movimento, mais estarão ao abrigo da repressão os seus dirigentes, mais condições haverá de dar continuidade à luta e conduzi-la até um desfecho vitorioso. (…)

 

(…) Quando se consegue, numa luta reivindicativa, criar uma organização em que participam muitas dezenas e mesmo centenas de operários e operárias, tem-se uma condição fundamental para lutar até alcançar a vitória. (…)

 

(…) tem mostrado a necessidade e a vantagem de grande maleabilidade, da escolha em cada momento das formas de organização mais apropriadas à situação, aos objectivos, à disposição das massas, ao grau da sua radicalização, às posições do Partido. (…)

 

(…) As greves não se decretam, mas decidem-se e declaram-se. Para o fazer com êxito é necessário conhecer de perto a disposição das massas, conhecer a evolução da luta e escolher o momento justo. A percepção revolucionária e a audácia dos militantes representam um importante papel. (…)


4. (…) A organização é um insubstituível instrumento para a acção política. (…)

 

(…) A organização tem de ser actuante, voltada para a acção popular e voltada para o seu próprio alargamento.

5. A organização política deve significar a organização da acção política. Pequenas ou grandes, todas as lutas políticas, para serem eficientes, têm de ser organizadas. (…)

        

Mesmo para lançar uma grande acção política é indispensável organizá-la. Mas, para o êxito, não basta lançar a acção. É necessário dirigi-la. (…) Se, na preparação de uma grande luta foi débil o trabalho de organização, não só a mobilização das massas é limitada, como depois, com facilidade, no decurso dela, falta a informação, não se conhece dia a dia e hora a hora a disposição das massas, deixa-se de poder orientar e dirigir. Ao contrário, quando uma luta política é convenientemente organizada, não só se consegue lançar, como se pode acompanhar e dirigir.

Há quem tenha, em relação às lutas políticas, o culto da espontaneidade. Pensam alguns que a questão se resolve com apelos. Pensam que se faz um apelo «à greve!» e se faz a greve. Um apelo «à manifestação» e se faz a manifestação. E até há quem pense que a mais complexa de todas as lutas políticas, a insurreição, se pode resolver da mesma forma. Um apelo «à insurreição!» e ai a temos. Não. Hoje uma greve ou uma manifestação ou outra qualquer luta política, amanhã a insurreição, só podem ser bem sucedidas se convenientemente organizadas. (…)

 

Aqueles que «assistem» às grandes lutas populares de massas e se pronunciam sobre elas sem nada saberem da sua preparação, muitas vezes imaginam que elas aparecem por encanto, apenas como resultado da indignação espontânea do povo, ou, quando muito, de alguns apelos exaltados. A verdade é que só uma cuidadosa organização pode garantir o sucesso. (…)

 

(…) Ao estudarem-se estas grandes lutas políticas de massas, quem aparece com razão? Aqueles que dizem que, se é necessário um trabalho de organização em profundidade, «nunca mais se chegará lá», ou o Partido que defende e mostra na prática que só com tal trabalho «lá se pode chegar»? (…)

 

(…) A própria agitação, para ser eficaz, para tocar largas massas, precisa também de ser organizada. (…)

 

(…) a agitação, para poder ser eficiente, necessita de uma cuidadosa organização e não basta, como cuidam alguns «espectadores», que meia dúzia de pessoas se resolvam a escrever os apelos, a editá-los e a distribui-los. (…)

 

A organização de uma luta pressupõe a existência anterior de uma organização política em condições de realizar aquela. (…)

 

Assim como as massas se educam e preparam na luta diária para lutas superiores, assim só na organização diária das lutas as forças democráticas e as massas populares ganham hábitos e experiências de organização indispensáveis para uma fase superior do movimento antifascista. Não basta que um pequeno núcleo de direcção política esteja organizado. É necessário criar toda uma ampla e forte organização enraizada nas massas, é necessário ter centenas e milhares de dirigentes da luta popular enquadrados num trabalho organizado, com fins determinados de acção de massas, é necessário chamar cada dia novos lutadores de vanguarda à direcção do movimento de massas, é necessário levar até às massas a prática da organização.

Que se não diga que «não há gente»! Algumas grandes lutas políticas, quando bem conduzidas, desmentem uma tal afirmação. A experiência mostra que, para a condução das grandes lutas políticas, é necessário, possível e decisivo, atrair à sua preparação e direcção centenas de lutadores de vanguarda. (…)

In Álvaro Cunhal, Rumo à Vitória, Edições «Avante!», 1964, págs. 181-195

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A situação na Colômbia e o projecto das FARC-EP

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Influentes media nos EUA manifestam preocupação face à situação socio-política e militar na Colômbia. Têm muitas razões para essa súbita preocupação: divergências no interior do regime; denuncia publica de envolvimento de chefes militares com a rede narco paramilitar; agravamento da crise económica; os efeitos dos Tratados de Livre Comercio impostos pelos EUA e pela União Europeia; o avolumar do descontentamento popular e, sobretudo, uma série de derrotas infligidas pelas FARC-EP a forças do Exército e da Polícia Nacional.

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«Os recentes acontecimentos de profunda repercussão nacional evidenciam que a imagem de uma Colômbia paradisíaca, que os últimos governos se encarregaram de difundir a nacionais e estrangeiros, não passa de uma criação mediática e virtual, inventada com o objectivo de atrair o capital de investimento transnacional em crise noutras latitudes, e é animada pelo objectivo deliberado de enriquecer uma elite local privilegiada, com grave prejuízo para os interesses das grandes maiorias colombianas e da nossa própria existência como nação soberana.»

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FARC: 48 anos de luta Revolucionária

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Não há precedente na história da América Latina para uma saga revolucionária comparável à das FARC. Fundada há quase meio século, a guerrilha das FARC luta contra o mais poderoso exército do Sul do Hemisfério, armado e financiado pelo imperialismo estado-unidense.

Sucessivos governos anunciaram ao longo dos anos em Bogotá o seu fim iminente. Mas não há calúnia nem discurso dos presidentes e generais da oligarquia colombiana que possa esconder o óbvio: as FARC-EP - guerrilha-partido marxista-leninista - prosseguem a luta por uma Colômbia independente, democrática e progressista.

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NATO, ameaça à paz mundial!

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Por iniciativa do PCP, Partidos Comunistas e Operários de todos os continentes tornaram pública uma posição comum que alerta para os grandes perigos que a NATO representa para a paz e em que se apela ao desenvolvimento da luta pela paz, contra a corrida aos armamentos, pelo fim das agressões e ingerências do imperialismo e pela dissolução da NATO.

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Marx, a Comuna de Paris e o projecto Comunista (Manuel Gusmão)

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A Comuna de Paris foi a primeira revolução na qual a classe operária era claramente reconhecida como a única que ainda era capaz de iniciativa social, mesmo pela grande massa da classe média parisiense. Essa mesma parte da classe média tinha participado no esmagamento da insurreição operária em Junho de 1848; e tinha sido de imediato sacrificada aos seus credores.

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Destruir maternidades também é negócio!

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(...) é necessário encerrar a Alfredo da Costa para criar clientes às maternidades privadas e para que os recursos públicos que nela são investidos possam ser desviados para os grupos económicos que querem ganhar ainda mais dinheiro com a saúde (e, já agora, para entregar à especulação imobiliária os terrenos da Maternidade no centro da capital do País).

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