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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Os EUA, «Ditadura Democrática» A caminho de um estado totalitário e militar

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O Presidente Barack Obama ofereceu ao povo norte-americano no dia 31 de Dezembro um presente envenenado para 2012: a promulgaçãoa promulgação da chamada Lei da Autorização da Defesa Nacional.

O discurso que pronunciou para justificar o seu gesto foi um modelo de hipocrisia.

O Presidente declarou discordar de alguns parágrafos da lei. Sendo assim, poderia tê-la vetado, ou devolvido o texto com sugestões suas. Mas não o fez.

No dia 24 de Janeiro, o Senado vai votar um projecto, o SOPA, que autoriza a Secretaria de Justiça a criminalizar qualquer Web cujo conteúdo seja considerado ilegal ou perigoso pelo governo dos EUA. De acordo com o texto em debate, a simples colocação de um artigo numa rede social pode motivar a intervenção da Justiça de Washington.

A iniciativa foi já definida por alguns media como um terramoto político.

O pânico que provocou foi tamanho que a Netcoalitioncom, aliança que agrupa gigantes digitais como Facebook, Twitter, Google, e Yahoo, AOL e Amazon admite um «apagão colectivo» durante horas se o Congresso aprovar o projecto.

A lei, teoricamente motivada pela necessidade de combater a pirataria digital, será de aplicação mundial. Por outras palavras, se uma Web europeia, asiática ou africana publicar algo que as autoridades norte-americanas considerem «perigoso» pode ser bloqueada nos EUA por decisão da Justiça de Obama.

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«GOVERNO MILITAR DE TRAJE CIVIL»?

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Despojada da retórica que a envolve, a Lei da Autorização da Segurança Nacional, ora vigente, revoga na prática a Constituição bicentenária do país.

Afirma Obama que a «ameaça da Al Qaeda à Segurança da Pátria» justificou a iniciativa que elimina liberdades fundamentais. A partir de agora, qualquer cidadão sobre o qual pese a simples suspeita de ligações com «o terrorismo» pode ser preso por tempo ilimitado. E eventualmente submetido à tortura no âmbito de outra lei aprovada pelo Congresso.

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Comentando a decisão gravíssima do Presidente, Michel Chossudovsky lembra que ela traz à memória o decreto de Hitler para «a Protecção do Povo e do Estado» assinado pelo marechal Hindemburgo em 1933 após o incêndio do Reichstag.

A escalada de leis reaccionárias nos EUA assinala o fim do regime democrático na grande Republica.

O discurso em que Obama justificou há dias o Orçamento de Defesa, veio confirmar o crescente protagonismo do Pentágono – agora dirigido por Panetta, o ex director da CIA – na definição da estratégia de dominação planetária dos EUA. Ao esclarecer que a prioridade é agora a Ásia, o Presidente afirmou enfaticamente que os EUA são e serão a primeira potência militar do mundo. Relembrou o óbvio. O Orçamento de Defesa norte-americano supera a soma dos dez maiores que se seguem.

A degradação do regime tem-se acentuado de ano para ano. A fascizaçao das Forças Armadas nas guerras imperiais é hoje inocultável.

Observadores internacionais respeitados, alguns norte-americanos, comentando essa evolução, definem os EUA neste início do terceiro milénio como «ditadura democrática».

Chossudovsky vai mais longe, enuncia uma evidência dolorosa ao escrever que nos EUA se acentua a tendência para «um Estado totalitário militar com traje civil».

Desmontar-lhe a fachada é uma exigência para quantos identificam no imperialismo uma ameaça à própria continuidade da vida. Tarefa difícil, mas indispensável.

Significativamente, as leis fascizantes comentadas neste artigo passaram quase desapercebidas em Portugal. Os analistas de serviço da burguesia e os media ditos de referência ignoraram o tema, numa demonstração da vassalagem neocolonial da escória humana que oprime e humilha Portugal.

Vila Nova de Gaia, 6 de Janeiro de 2012

(sublinhados meus)

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6 novas armas usadas para reprimir pessoas desarmadas: Sirene Rompe-Tímpanos

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Entretanto, foram investidos dezenas de milhões de dólares na investigação e desenvolvimento de mais armas «simpáticas para os media» para policiamento e controle de multidões. Chegou-se assim a uma substituição das armas da velha escola por outras de mais exótica e controversa tecnologia. Seguem-se seis das mais abomináveis armas «não-letais» que definirão o futuro do controle de multidões.

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6. Sirene Rompe-Tímpanos

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O Aparelho Acústico de Longo Alcance (Long Range Acoustic Device, ou LRAD) desenvolvido pela American Technology Corporation, «concentra e transmite som até distâncias de centenas de metros», de acordo com David Axe no Danger Room da Wired. O LRAD já existe há anos, mas os americanos tomaram primeiro notícia dele quando foi usado pela polícia de Pittsburgh para repelir os manifestantes na Cimeira dos G-20 de 2009. David Hambling diz que é normalmente usado de duas maneiras: «como megafone para dar ordem de dispersão aos manifestantes, ou, em caso de desobediência, como sirene rompe-tímpanos para os afastar.» Se é certo que o LRAD não será mortal, pode provocar danos permanentes no ouvido.

Blasters sonoros idênticos revelaram-se mortais. Um é o Gerador de Trovões, um canhão de ondas de choque desenvolvido por israelitas que os agricultores usam normalmente para espantar os pássaros que destroem as colheitas. De acordo com um relatório do Defense News do ano passado, o ministério israelita da defesa licenciou a ArmyTec para comercializar o Gerador de Trovões nas versões militar e de segurança.

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Numa breve descrição, Hambling explica que funciona com «gás de garrafa doméstico» misturado com ar. Quando detonado, produz «uma série de rebentamentos de alta-intensidade» a uma distância de 50 metros. «Enquanto os fabricantes insistem que não provoca danos permanentes, avisam ao mesmo tempo que pessoas num raio de 10 metros podem sofrer lesões permanentes ou possivelmente a morte».

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O Impacto
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A aplicação controlada de dor para forçar pessoas a submeterem-se ajuda a alcançar o objectivo que se pretende de gerir a percepção pública, ocultando do público a brutalidade de tais métodos.

Talvez esta táctica menos-letal de controlo de multidões resulte em menos ferimentos, mas enfraquece também significativamente a nossa capacidade de levar a cabo a mudança política. As autoridades vão conseguindo mais meios criativos de gerirem o descontentamento, numa época em que a necessidade de mudança através da exigência popular é vital para o futuro da nossa sociedade e do planeta

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6 novas armas usadas para reprimir pessoas desarmadas: Micro-Ondas Estridentes

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O colapso económico global, associado às imprevisíveis e cada vez mais catastróficas consequências das alterações climáticas e da escassez dos recursos, juntamente com a nova era de austeridade caracterizada pelo desemprego galopante e por uma desigualdade gritante, levaram já a protestos massivos em Espanha, na Grécia, no Egipto e até em Madison, no Wisconsin. Desde a época do progresso até à Grande Depressão e ao movimento dos direitos cívicos, os americanos têm uma história rica de mobilização de rua para exigirem mais igualdade.

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5. Micro-Ondas Estridentes

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Há investigadores que desenvolvem actualmente o Dissuasor de Multidões com Audio Silencioso (Mob Excess Deterrent Using Silent Audio ou MEDUSA, da mitologia grega), o qual usa um «feixe de micro-ondas para induzir sensações auditivas de desconforto craniano.» O aparelho «explora o efeito áudio das micro-ondas, pelo qual curtos impulsos de micro-ondas rapidamente aquecem os tecidos, provocando uma onda de choque dentro do crânio que pode ser sentida pelos ouvidos», explica David Hambling no New Scientist. O efeito áudio do MEDUSA é suficientemente forte para provocar incómodo ou mesmo incapacitação. Pode também provocar pequenas lesões no cérebro devido à onda de choque de alta intensidade criada pelo impulso de micro-ondas.

A finalidade intencional do MEDUSA é dissuadir multidões de entrarem num perímetro protegido, como um sítio nuclear, e incapacitar temporariamente indivíduos indesejáveis. Até agora, a arma mantém-se na fase de desenvolvimento e é financiada pela Marinha.

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6 novas armas usadas para reprimir pessoas desarmadas: Agentes Calmantes

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Os rápidos avanços actuais nas tecnologias dos media e das telecomunicações permitem mais do que nunca às pessoas registarem e tornarem públicas imagens e vídeos mostrando o uso indevido da força. As autoridades estão conscientes de como as imagens de violência têm importância junto do público. Num relatório conjunto de 1997 o Pentágono e o Departamento de Estado avisavam:
«Um aspecto que afecta o modo como os militares e a manutenção da ordem aplicam a força é a maior presença de elementos dos media ou outros civis que observam, ou mesmo registam a situação. Mesmo o uso da força de forma legal pode ser mal representada ou mal entendida pelo público. Mais do que nunca, os polícias e militares têm que ser muito discretos quando aplicam a força.»
 

(...)

4. Agentes Calmantes para Controle de Motins

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O Projecto Sunshine, organização transparente e responsável, define como calmantes os «agentes químicos ou biológicos com efeitos sedativos, indutores do sono ou outros efeitos psico-activos semelhantes.» Embora a Convenção de Armas Químicas de 1997 proíba o uso de agentes de controlo de motins na guerra, a JNWLP e o NIJ têm considerado os calmantes para aplicações tanto militares, como para manutenção da ordem, dispersão de multidões, controle de motins ou controle de agressores rebeldes.

Os agentes de controlo de motins mais conhecidos e mais utilizados são o gás lacrimogéneo (CS) e a cloroacetofenona (CN), também conhecida como mace. Algumas maneiras de administrar calmantes não-letais mais avançados, dependendo do ambiente de manutenção da ordem, incluiriam «a aplicação tópica ou transdérmica na pele, o spray aerosol, o dardo intramuscular ou a bala de borracha cheia de agente inalável», de acordo com a pesquisa do NIJ.

No número de março de 2010 da revista Harper, Ando Arike fornece um vasto panorama da tecnologia de controlo de multidões no seu artigo «Matar com Suavidade: Novas Fronteiras da Dor com Gentileza». Escreveu:

O interesse do Pentágono nos «agentes avançados de controlo de motins» foi desde sempre um segredo aberto, mas quão próximos estamos de ver estes agentes em campo é o que foi revelado em 2002 quando o projecto Sunshine, um grupo de controlo de armas com base em Austin no Texas, divulgou na Internet um achado de documentos do Pentágono desclassificados pelo Acto da Liberdade de Informação. Entre eles, estava um estudo de cinquenta páginas intitulado «Vantagens e Limites dos Calmantes para Utilização como Técnica Não-Letal», conduzido pelo Laboratório de Investigação Aplicada de Penn State, sede do Instituto das Tecnologias de Defesa Não-Letal patrocinado pelo JNLWD.

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Os investigadores da Faculdade de Medicina de Penn State acordaram, contra os princípios aceites pela ética médica, que «o desenvolvimento e utilização de técnicas calmantes não-letais são não só alcançáveis, como desejáveis», e identificaram uma grande quantidade de drogas candidatas promissoras, incluindo as benzodiazepinas como o Valium, os inibidores de recaptação de serotonina como o Prozac, e derivados opiáceos, como morfina, fentanilo e carfentanilo, o último dos quais largamente utilizado pelos veterinários como sedativo de animais de grande porte. Os únicos problemas que viram foi o desenvolvimento de veículos de subministração eficientes e a regulação das dosagens, mas tais problemas podiam ser devidamente resolvidos, conforme sugeriram, através de parcerias estratégicas com a indústria farmacêutica.

Pouco mais se ouviu sobre o programa do Pentágono «agente avançado de controlo de motins» até 2008, quando o Exército anunciou que se encontrava programada a produção do seu «projéctil não-letal de supressão pessoal» XM1063, um projéctil de artilharia que rebenta no ar sobre o alvo, espalhando 152 latas numa área superior a 9 mil metros quadrados, cada uma delas dispersando um agente químico durante a queda em paraquedas. Há várias indicações de que a carga que se pretende é um calmante como o fentanilo – literalmente, um opiato para o povo.

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6 novas armas usadas para reprimir pessoas desarmadas: O Taser de Esteróides

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A procura de armas não letais (ANL) tem explicação no aumento de importância da televisão. Nos anos 60 e 70, foi esse meio que permitiu aos americanos testemunharem as tácticas violentas que foram usadas para reprimir os movimentos dos direitos civis e antiguerra.

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3. O Taser de Esteróides

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O Departamento da Polícia de Albuquerque tem agora espingardas Taser no seu arsenal. A maior parte de nós conhece os tasers manuais e percebe que apenas funcionam se a polícia estiver suficientemente próxima (cerca de 6 metros).

Mas, a Taser desenvolveu o Taser X12, uma espingarda de calibre 12 que em vez de disparar balas cilíndricas letais está desenhada para disparar projécteis Taser cilíndricos. Conhecida por Projéctil Electrónico de Longo Alcance (XREP), a cassete XREP, tal como descrita no sítio da Taser, é um «projéctil compacto sem fios que desenvolve o mesmo bioefeito de incapacitação muscular [maneira fantasiosa de dizer electrochoque] que um Taser manual, mas chegando a 30 metros de distância.»

De acordo com uma folha de imprensa de 21 de julho, a Taser International levou a XREP para o nível seguinte, acordando com a empresa australiana de espingardas electrónicas Metal Storm uma melhoria através do acessório Multi-Shot de calibre 12 (MAUL).

As duas empresas combinam a tecnologia MAUL de empilhamento de projécteis da Metal Storm para «proporcionar um fogo semi-automático com a rapidez do pressionar sobre o gatilho pelo operador», o que eleva o recarregamento completo da arma a cinco ciclos em menos de dois segundos. Imaginem-se cinco ciclos de cassetes Taser XREP voando em menos de dois segundos até 30 metros de distância – é esse o plano.

Em setembro de 2010, a Raw Story relatou que a taxa de mortes relacionadas com o Taser estava a subir. A história citava um relatório de 2008 da Amnistia Internacional que descobriu «351 mortes nos EUA relacionadas com o Taser, entre junho de 2001 e agosto de 2008, uma taxa ligeiramente acima de quatro mortes por mês.» Cerca de 90 por cento das vítimas estavam desarmadas e não mostravam representar qualquer ameaça, de acordo com um artigo na Boston Review. O relatório da Amnistia assinala que os Tasers são «inerentemente propensos a abusos, uma vez que são de porte fácil, fáceis de usar e podem infligir forte dor só com o carregar de um botão, sem deixar marcas significativas.» No relatório US 2010 da Amnistia, a lista de mortes relacionadas com o Taser tinha aumentado para 390. Se o disparador combinado MAUL-Taser seguir para os departamentos de polícia no resto do país, isso não vai augurar nada de bom para a taxa de mortes relacionadas com o Taser.

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Outro projecto da Taser International descrito por Ando Arike é o Sistema de Negação de Área por Onda de Choque, «que varre uma área significativa com dardos electrificados e um projéctil Taser sem fios com alcance de 100 metros, próprio para eliminar ‘cabecilhas’ de multidões rebeldes.» Em 2007, o distribuidor francês da Taser anunciou planos para um disco voador equipado com uma arma eléctrica que dispara dardos contra «criminosos suspeitos ou multidões amotinadas», a qual no entanto ainda não foi revelada. Claramente, não há limites para a criatividade da Taser International.

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6 novas armas usadas para reprimir pessoas desarmadas: O ‘Dazzler’ Laser

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A designação aprovada pelo Pentágono para estas armas é «não-letal» ou «menos-letal», sendo destinadas a ser usadas contra pessoas não-armadas. Projectadas para «controlar multidões, desimpedir ruas, dominar e conter pessoas e para a segurança de fronteiras», são a versão séc.XXI do cassetete, do spray de pimenta e do gás lacrimogéneo. Conforme o jornalista Ando Arike põe a questão, «O resultado é como se fosse a primeira corrida aos armamentos na qual o adversário é a população em geral.»

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2. O ‘Dazzler’ Laser para Cegar

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A espingarda PHASR é um disparador laser de potência. A tecnologia PHASR está a ser estabelecida em conjunto pelo Instituto Nacional de Justiça (INJ), pelo Programa Conjunto de Armas Não-Letais (JNLWP) e pelo Gabinete do Secretário da Defesa, e está a ser desenvolvida pelo Laboratório de Investigação da Força Aérea. Enquanto o JNLWP está interessado na tecnologia para aplicações militares, o INJ está concentrado na sua utilização para a manutenção da ordem.

Então, qual a finalidade deste brinquedo disparador de luz? Bom, não mata, mas cega temporariamente – ou, como o INJ prefere dizer, «encandeia» para desorientar – atingindo as pessoas com dois lasers funcionando com díodos de baixa potência.

O Protocolo IV, Protocolo do Laser de Encandeamento da Convenção das Nações Unidas sobre Armas Convencionais, estabelece que «A utilização de armas laser especificamente projectadas, como única função de combate ou como uma das suas funções de combate, para provocar cegueira permanente da visão natural não-potenciada fica proibida

Depois de os EUA terem concordado com o Protocolo do Laser de Encandeamento em 1995 no mandato do presidente Clinton, o Pentágono foi obrigado a cancelar vários programas de armas laser de encandeamento em curso. Contudo, a espingarda PHASR pode tornear esse regulamento, porque o efeito de cegar é aparentemente temporário devido à baixa intensidade do laser.

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De acordo com uma folha de factos da Força Aérea dos EUA, «A luz laser do PHASR incapacita temporariamente os agressores, entontecendo-os com um dos comprimentos de onda. O segundo comprimento de onda provoca um efeito de rejeição que dissuade os agressores de avançarem.» O sítio da rede do JNLWP afirma que «se exige ainda uma parte significativa de investigação e experimentação para se adquirir completa compreensão da eficiência militar, da segurança e das limitações destas futuras capacidades.»

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6 novas armas usadas para reprimir pessoas desarmadas: O Active Denial System

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A dominação de classe recorre a meios repressivos cada vez mais sofisticados e agressivos. Os EUA estão na vanguarda do desenvolvimento de armas que envolvem uma notável variedade de tecnologias e que parecem pertencer a um thriller hollywoodesco de ficção científica. Dos explosivos de energia em micro-ondas e dos feixes laser encandeantes, até aos agentes químicos e aos explosivos sónicos ensurdecedores, estas armas estão na crista da onda do controlo de multidões.

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1. O Raio de Dor Invisível: «Santo Graal do Controle de Multidões»

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Parece uma arma da Guerra das Estrelas. O Sistema de Negação Activa (Active Denial System, ADS) funciona como um forno micro-ondas aberto que projecta um feixe de radiação electromagnética concentrada que aquece a pele dos alvos até 130ºC. Cria-se uma sensação intolerável de queimadura forçando os que são apanhados no caminho a instintivamente fugirem (resposta que a Força Aérea alcunha de «efeito adeus»).

O Programa Conjunto de Armas Não-Letais (JNLWP) do Pentágono diz, que «Esta capacidade vai contribuir para se conseguir deter, dissuadir e fazer recuar um adversário em avanço, proporcionando uma alternativa à força letal.» Embora o ADS seja descrito como não-letal, um relatório de 2008 do físico especialista em armas «menos-letais» Dr. Jürgen Altmann indica outra coisa:

«… o ADS oferece a possibilidade técnica de provocar queimaduras de 2º e 3º grau. Como um feixe com mais de 2 m de diâmetro é maior que o tamanho de uma pessoa, essas queimaduras dão-se numa parte considerável do corpo, em mais de 50% da sua superfície. Queimaduras de 2º e 3º grau em mais de 20% da superfície do corpo constituem potencialmente risco de morte, devido a produtos tóxicos resultantes da degenerescência dos tecidos e a uma maior vulnerabilidade a infecções, e requerem cuidados intensivos em unidades especializadas. Sem dispositivo técnico que previna com segurança um novo disparo sobre o mesmo sujeito-alvo, o ADS tem potencial para provocar danos permanentes ou a morte

A arma foi inicialmente testada no Afeganistão, mas mais tarde retirada devido a uma combinação de dificuldades técnicas com preocupações políticas, incluindo o receio de que o ADS pudesse ser usado como instrumento de tortura tornando-o «não defensável politicamente», de acordo com um relatório do Defense Science Board (Junta de Ciência da Defesa). As dezenas de milhões de dólares gastos no desenvolvimento do ADS não foram necessariamente para o lixo, contudo.

Enquanto esta arma pode ser demasiado controversa para a utilização em combate, dá a impressão não haver limites para o sadismo contra os prisioneiros nos EUA, dado o ADS ter sido modificado pela Raytheon para versão mais pequena a utilizar na manutenção da ordem. No ano passado, o rebaptizado Sistema de Intervenção de Assalto (SIA) foi instalado na Instalação Correccional do Condado Norte do Centro de Detenção de Pitchess na dependência do Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles (DXLA). O anterior comandante do DXLA, Charles “Sid” Heal tinha feito campanha pelo Raio de Dor durante anos, chamando-lhe o «Santo Graal do Controle de Multidões», devido à «capacidade de dispersar as pessoas quase instantaneamente

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O dispositivo é operado por um funcionário da cadeia com um joystick e destina-se a destroçar motins prisionais ou brigas entre detidos e a evitar assaltos aos funcionários. O Xerife Lee Baca acrescentou que permitia aos funcionários «intervirem rapidamente» sem terem que entrar fisicamente na área para dominarem os prisioneiros.

A ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis – N.T.) alega que o uso do dispositivo nos prisioneiros americanos é «equivalente à tortura». A organização enviou mesmo uma carta ao xerife de serviço, pedindo-lhe que nunca use essa arma de energia contra os detidos. «A ideia de que uma arma militar projectada para provocar dor intolerável poderia ser usada contra detidos na prisão do condado é totalmente errada», disse Margaret Winter, directora associada do Projecto Nacional de Prisões da ACLU. «Infligir desnecessariamente dores severas e correr riscos desnecessários com a vida das pessoas é uma violação clara da Oitava Emenda e da correspondente cláusula processual da Constituição dos EUA

A utilização do raio de dor no Centro de Detenção de Pitchess constitui um programa piloto. Se bem sucedida, a arma seguiria para outras prisões no país. O Instituto Nacional de Justiça expressou também interesse por uma arma manual de curto alcance tamanho de espingarda «que pudesse ser eficiente a poucas dezenas de metros para uso pelos agentes de manutenção da ordem

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WikiLeaks e Portugal

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2. Embora considerado um pais amigo, Portugal não deixa de ser apreciado pelos EUA, através dos relatórios da embaixada da Av. das Forças Armadas em Lisboa. De acordo com o jornal «El País», daqui foram enviados para Washington 722 dos mais de 250 mil documentos disponibilizados pelo WikiLeaks.
Eis, em resumo, alguns dos documentos enviados a partir da Embaixada de Lisboa e publicados pelo jornal espanhol «El País» e respectivos links
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Afeganistão: Cercados...

Rodeados, Manel Fontdevila

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- Claro que me queixaria, mas... e se nos dizem que a culpa é nossa por estarmos aqui no meio?

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«Os EUA confirmaram a existência de reservas minerais milionárias no Afeganistão e preparam o saque daqueles recursos naturais. Os depósitos inexplorados no subsolo afegão incluem gigantescas quantidades de ferro, cobalto, cobre, ouro e, sobretudo, lítio, um metal fundamental na produção de baterias para telemóveis e computadores portáteis. Um relatório do Pentágono, baseado numa pesquisa efectuada por geólogos ao serviço do governo de Washington, afirma mesmo que o país é a «Arábia Saudita do lítio», podendo as jazidas ultrapassar as conhecidas na Bolívia, maior produtor mundial daquele bem

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adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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Vou para o trabalho e faço coisas más... vou para casa e vou à igreja...

Um ano depois os bombardeamentos repetem-se...

Um documentário da CBS:

"Drones": A Nova Força Aérea dos EUA

«Muitas pessoas conhecem-nos como "drones"; A Força Aérea [dos EUA] chama-lhes "veículos aéreos sem piloto". E, agora memo, há dúzias deles nos céus do Iraque e do Afeganistão [e do Paquistão], abatendo insurgentes, cada minuto de cada dia».

«São controlados por controle remoto, a partir de milhares de quilómetros de distância [nos EUA]».

«De facto estamos a comprar mais "drones" do que aviões pilotados pela primeira vez na história da Força Aérea [dos EUA]».

Para Ver e Ouvir :

«Increasingly, the U.S. military is relying on un-manned aircraft to track and destroy the enemy, sometimes controlled from bases thousands of miles away from the battlefront. Lara Logan reports».

Para Ler:

(CBS) «Every so often in the history of war, a new weapon comes along that fundamentally rewrites the rules of battle. This is a story about a revolution in unmanned aviation that is doing just that.

Most people know them as drones; the Air Force calls them "unmanned aerial vehicles." And right now, there are dozens of them in the skies over Iraq and Afghanistan, hunting down insurgents, every minute of every day.

They've become one of the most important planes in the United States Air Force - and yet, the pilot is nowhere near the aircraft or the battlefield. They are controlled by remote control, from thousands of miles away.

Many of the details of this weapons program are classified, but our 60 Minutes team was given secret clearance and unprecedented access to bring you this story».

(...)

The Air Force now has 28 Reapers, each one costing about $11 million. It can fly as high as 50,000 feet, sit over a target for 15 hours straight, and is as dangerous as a fighter jet.

The Reaper is the Air Force's newest and most lethal unmanned plane, carrying 500 lb. bombs and Hellfire missiles.
(...)

The Air Force also has 116 Predators. The Predator is smaller than the Reaper, but it can stay up in the air even longer, 24 hours at a time. It can be miles away from its target, flying undetected through the clouds, while zooming in on an unsuspecting enemy.

(...)

In spite of that clarity, unmanned planes and Air Force jets are criticized in Afghanistan for killing innocent civilians, including an incident just this week that is under military investigation.

Across the border in Pakistan, where the CIA operates, they're blamed for even more deaths.

(...)

"To go and work and do bad things to bad people is, and then when I go home and I go to church and try to be a productive member of society, those don't necessarily mesh well", Gough told Logan.

(...)

Chambliss told Logan he thinks the power of these unmanned planes is just beginning to be tapped. "Next year is gonna be a watershed year. We'll actually buy more unmanned aircraft than we buy manned aircraft for the first time in the Air Force’s history", he explained.»

(...)

Fatheya al-Jarah, a única sobrevivente da sua família do ataque de um "drone" israelita.

Para Ler:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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