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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Hipocrisia

        No rescaldo do El Niño Colombiano, que rapidamente atravessou o oceano Pacífico, chegando à RDP da Coreia (Norte), à China, à Rússia para se dissipar na Bielo-Rússia, é possível retirar algumas ilações.

 
O que realmente estava em causa era (e é) o impacto da Festa do «Avante!».
Assumidamente a Festa do «Avante!» é a maior iniciativa político-cultural que se realiza no nosso pais. «Não há festa como esta», diz-se.
Festa que é o imenso mar de gente de todas as idades e das mais diversas condições sociais e opções políticas e ideológicas.
Festa que é a confirmação concreta de que somos muitos e de que temos muita força.
Festa que é uma importante jornada de luta contra o passado de que é feita a política de direita e pelo futuro que Abril nos mostrou ser possível.
Por isso a Festa os incomoda. Por isso eles têm medo da Festa. Por isso eles prosseguem, hoje, a ofensiva, iniciada em 1976, visando acabar com a Festa. Trata-se de uma ofensiva em que, todos os anos, vale tudo.
Para a maioria esmagadora dos bloguistas a realidade colombiana em geral e a situação de Ingrid Bettancourt e todos os outros raptados pelas FARC em particular foi meramente instrumental. A atestá-lo o silêncio anterior. E o mais que previsível mutismo que aí vem.
A atestá-lo o facto de vários analistas e comentadores, com coluna em jornais e revistas, a insistirem nesses meios de comunicação social na mentira e na calúnia. Depois de nos blogues já saberem que as FARC não tinham sido convidadas.
Confesso que fiquei surpreendido. Defender posições ideológicas antagónicas, analisar e comentar é uma coisa. Mentir deliberadamente aos leitores que neles confiam é outra bem diferente. Será que não têm vergonha na cara?   

 

O que o Tiago não sabe…

    O Tiago mantém a conhecida táctica de atribuir ao adversário ideias que não são as dele e, a partir daí, criticá-lo. A desonestidade intelectual ganha assim novos contornos.


1. O Tiago não sabe que o PCP SEMPRE criticou, desmascarou e combateu a doutrina Maoista em geral e a chamada «revolução cultural» em particular? Não sabe que, na altura mais aguda de quase confronto armado da China com a URSS, quem deu a mão a Mao foi o imperialismo americano (via Presidente Nixon e embaixador Bush pai)? Não sabe que em Portugal quem apoiava o Maoismo se chamava Pacheco Pereira, Helena Matos, Durão Barroso, Jorge Coelho, Saldanha Sanches, José Manuel Fernandes e muitos e muitos outros? Não sabe que os comunistas, obviamente, não lhes assacam culpas pelos crimes cometidos por outrem?
2. O Tiago não sabe que o criminoso e sanguinário regime de Pol-Pot SEMPRE foi criticado pelo PCP? Não sabe que os chamados «khmers vermelhos» desde que conquistaram o poder SEMPRE foram apoiados pelas sucessivas administrações dos EUA? Não sabe que o seu derrube só foi possível pela intervenção militar do Vietname com o apoio da URSS?
3. O Tiago não sabe que ao longo da liderança romena encabeçada por Nicolau Ceaucescu houve acentuadas divergências políticas e ideológicas entre o PC da Roménia e o PCP? Não sabe que em Portugal o apoio político lhe chegou via Mário Soares, Sá Carneiro e tutti quanti? Não sabe que, a nível internacional, Ceaucescu foi idolatrado por TODOS os governos da Europa capitalista de então, bem como pelas administrações americanas? Já agora o Tiago por acaso sabe que o chamado massacre de Timisoara que conduziu ao cobarde fuzilamento de Ceaucescu foi uma «inventona» de um canal público de televisão da França de François Mitterand?
4. O Tiago não sabe que o PCP, pela sua prática interna, pela sua história, pelo seu projecto de sociedade, esteve e está nos antípodas das violações da legalidade socialista e dos crimes cometidos na URSS? Não sabe que o PCP se pronunciou inúmeras vezes nos seus Congressos, nas deliberações dos seus organismos dirigentes e nas intervenções dos seus secretários-gerais nesse sentido? Não sabe que tal desiderato está plasmado quer no seu Programa, quer nos seus Estatutos?
5. O Tiago não sabe que coube aos militantes do PC Alemão (mais de 500 mil em 1933 e 5,4 milhões de votos), logo em 1934, a triste honra de inaugurar os campos de concentração nazis? Não sabe que em 1945 só restavam cerca de mil militantes comunistas? Não sabe que quem apoiava Hitler em Portugal era Salazar e o seu governo? Não sabe que muitos agentes da PIDE passaram pelas escolas da Gestapo? E que muitos dirigentes e quadros da Legião Portuguesa estagiaram nas SS?


O Tiago aparentemente é um ignorante. Mas será? Ou está apenas a mentir conscientemente com quantos dentes tem na boca?
Nota final: segundo o Tiago há muitos partidos e políticos por esse mundo fora que estão no poder sem o saberem!!! É que, pasme-se, apoiar e estar no poder é a mesma coisa...

Por mim assunto encerrado. Com estes Tiagos a discussão nunca poderá ser séria.


Comício da Festa do «Avante!»

    O Secretário-Geral do PCP, no comício da Festa do «Avante!», depois de saudar todos os que desde a concepção, construção e realização contribuíram para o seu êxito, sublinhou que a Festa se realizou «num contexto internacional carregado de grandes perigos mas também de grandes potencialidades libertadoras». Jerónimo de Sousa, para além da situação internacional, abordou na sua intervenção os múltiplos aspectos da situação política nacional, chamando a atenção para a ofensiva que o Governo se prepara para ampliar «contra os direitos laborais nucleares dos trabalhadores» visando nomeadamente a facilitação dos despedimentos sem justa causa, a liberalização dos horários e a redução dos salários e remunerações.

 

         

 

«A Festa, como a luta, continua»

    Para vocês todos, vindos de todo o País e das emigrações; vindos de dezenas de outros países da Europa, da América, da África, da Ásia; para vocês todos, construtores e visitantes da Festa do Avante - um abraço do tamanho do mundo.
Cá estamos em mais uma Festa do Avante! – a mais bela de todas as até agora realizadas e que só será superada pela do próximo ano. Cá estamos, em nome do colectivo do nosso Avante! – o jornal que dá o nome à Festa – a saudar quem deve ser saudado. E não se trata de saudações formais, para cumprir regras de etiqueta: trata-se, sim, da expressão sentida da nossa camaradagem, da nossa amizade, da nossa alegria pela presença de todos os que aqui quiseram vir.

 

Texto Integral

 

Abertura da 31ª Festa do «Avante!»

    Jerónimo de Sousa, na abertura da Festa do «Avante!», saudou os militantes do PCP e da JCP, os amigos do Partido e da Festa, o apoio das instituições que projectaram e ajudaram a construir esta cidade onde pulsará a realização política, cultural, humana, solidária e internacionalista, sublinhando que a «generosidade e empenhamento, onde cada um age por vontade própria e trabalhando organizadamente, são expressão e elemento constitutivo do que o camarada Álvaro afirmou sobre o grande colectivo partidário. Generosidade e empenhamento que reflectem o ideal comunista, as suas causas e valores, esta forma diferente de estar na política e o entendimento do exercício da democracia participativa».

 

Leitura Obrigatória (XI)

    O Rosto da Reforma Agrária (Américo Lázaro Leal)

Possuidor de uma imensa e detalhada informação, como este seu livro evidencia, Américo Leal deixa-nos, neste ano em que se perfazem trinta anos da Reforma Agrária, um testemunho vivo e vivido desta realização histórica do Portugal democrático. Do avanço dos trabalhadores para a terra e das suas causas remotas e próximas, da oposição que enfrentaram dos agrários e das forças de direita, das dificuldades encontradas e dos esforços realizados na criação das novas unidades produtivas, dos êxitos económicos e sociais alcançados. [...]

Carlos Amaro

 

Américo Lázaro Leal, filho de operários, nasceu em Sines a 20 de Janeiro de 1922. Operário corticeiro, com a 4.ª classe do ensino primário, ficou órfão de pai e mãe aos 13 anos de idade, atribuindo a sua sobrevivência aos elevados sentimentos de solidariedade dos «putos da rua».
Pela sua participação na greve de Julho/Agosto de 1943, foi preso e levado para a cadeia do Aljube onde permaneceu 45 dias. Entrou para o PCP em 16 de Agosto de 1944, passando pouco depois a desempenhar tarefas no Organismo da Direcção Regional do Alentejo Litoral (RAL).
Fez parte da Comissão do Movimento de Unidade Democrática (MUD) de Sines. Em 1945 integrou a delegação de corticeiros que foi a Lisboa reivindicar junto do Secretário de Estado um Acordo Colectivo de Trabalho para a classe corticeira.
Passou à clandestinidade em 1947 e com a sua companheira, Sisaltina Maria dos Santos, entrou no quadro de funcionários do PCP, realizando tarefas nas províncias do Algarve, Alentejo, Estremadura, Beiras, Porto, Minho e Trás-os-Montes. Cooptado para o Comité Central do PCP em 1956, nele permaneceu durante cerca de 30 anos.
Integrou os organismos da Direcção Regional do Alentejo, da Margem Sul do Tejo, de Lisboa e do Norte, tendo em 1952 dirigido a greve dos ceifeiros da região de Pias, Vale de Vargo e Vila Nova de S. Bento.
Regressado a Sines em 1974, participou na formação da Comissão Concelhia do PCP e da Comissão do Movimento Democrático Português de Sines, de que fez parte. Passou a integrar a Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP.
Foi deputado do PCP pelo círculo de Setúbal na Assembleia Constituinte e nas duas primeiras legislaturas da Assembleia da República.

 

In Edições «Avante!»

 

Leitura Obrigatória (X)

    Evocação da Obra de Álvaro Cunhal (José Casanova e Filipe Diniz)

Nesta edição reúnem-se os textos lidos na Sessão Evocativa da Obra de Álvaro Cunhal promovida pela Editorial «Avante!» em Junho de 2006.

 

In Edições «Avante!»

 

Leitura Obrigatória (IX)

    Dossier Tarrafal (Vários Autores)

Este Dossier Tarrafal pretende assinalar os 70 anos da abertura do Campo de Concentração do Tarrafal, ocorrida a 29 de Outubro e 1936, com a chegada ao campo da primeira leva de prisioneiros composta por 152 antifascistas transferidos das prisões políticas do Continente e da Fortaleza de Angra do Heroísmo, nos Açores – muitos deles condenados a penas correccionais e, em número significativo, já com as pena cumpridas. É quase todo ele constituído por documentos da época, nomeadamente artigos do Avante!, testemunhos de ex-presos do Tarrafal sobre o regime prisional ali vivido e algumas cartas clandestinas trocadas entre a Direcção do PCP e a Direcção da Organização Prisional Comunista no Tarrafal, que pela primeira vez se publicam.

 

In Edições «Avante!»

 

Leitura Obrigatória (VIII)

    Diálogo Com a História Sindical. Hotelaria. 
                                  De criados domésticos a trabalhadores assalariados

No percurso que nos propomos, faremos referência às principais etapas da história do Movimento Sindical Português, à constituição de associações na hotelaria, seus fins, respectiva linha ideológica, às suas alterações organizativas, de orientação política e de poder.

Américo Nunes

 

In Edições «Avante!» 

 

Leitura Obrigatória (VII)

    Como o CHE Enganou a CIA (José Gómez Abad)

Quando se assinala o 40.º aniversário da saída de Che Guevara de Cuba para a Bolívia, conheça este fantástico documento

«Fui participante em grande parte dos factos relatados neste livro: de outros fui testemunha ou sei como aconteceram
José Gómez Abad

José Gómez Abad trabalhou durante trinta anos na Direcção Geral de Informações do Ministério do Interior de Cuba.
Fez parte da equipa designada para levar a cabo os trabalhos que asseguraram a chegada à Bolívia do comandante Ernesto Che Guevara e dos combatentes cubanos que o acompanharam.

 

In Edições «Avante!»

 

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