A crise não toca a todos: Três fortunas à portuguesa
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Texto Anselmo Dias
Na edição do Avante! de 13 de Agosto analisámos, genericamente, a estrutura de rendimentos dos portugueses na base das declarações, em sede de IRS, reportadas a 2007. Foi, então, referido que os rendimentos de 4 433 280 agregados familiares totalizaram 79 671 milhões de euros. Isto significa, estatisticamente, que a cada agregado familiar correspondeu um valor anual de 17 970 euros. Se dividirmos esse valor pelo número médio de pessoas, por família (de acordo com o último Censo) e por 12 mensalidades, chegaremos à conclusão de que o rendimento per capita anda à volta dos 527 euros.
Estamos a falar de um valor estatístico que, na prática, poderá apenas contemplar casos pontuais, pelo que se impõe, em nome do conhecimento, desdobrar aquele valor pelos distritos e regiões autónomas.
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As grandes fortunas portuguesas cresceram 35,8 por cento este ano face a 2006, um aumento influenciado pelas movimentações e investimentos na bolsa portuguesa, segundo um ranking da revista Exame.
As 100 maiores grandes fortunas de Portugal valem, este ano, 34 mil milhões de euros, um valor que equivale a 22,1 por cento do produto interno bruto (PIB) português (a preços correntes) e que supera os cerca de 25 mil milhões registados em 2006.
Este crescimento é, em parte, justificado pelo desempenho do PSI 20. Depois de ter subido 29,9 por cento em 2006, o principal índice da bolsa portuguesa cresceu, nos primeiros seis meses deste ano, 18,8 por cento.
Um cenário de desempenho que influenciou não só a riqueza dos milionários que costumam ser nomes habituais desta lista mas também as novas fortunas presentes neste ranking. Belmiro de Azevedo, o dono da holding Sonae, continua a ser o homem mais rico de Portugal, tendo duplicado este ano a sua fortuna de 1779,5 milhões de euros para 2989,3 milhões de euros.
(sublinhados meus)
Está visto que a crise não é para todos! Depois alguns destes senhores ainda têm a suprema lata de propor BAIXA de salários, ou aumentos de 1,5%, ou...
In jornal "Público" - Edição de 15 de Agosto de 2007
A história que se segue mostra à saciedade, se preciso fosse, que isto de lidar com bufos e queixinhas é muito mais uma questão de carácter do que um objecto político e ideológico.
Há uns anos um dos administradores do universo de empresas do grupo Sonae foi cabeça de Lista da CDU à Presidência da Câmara de Santa Comba Dão.
Logo uns pressurosos “laranjinhas”, armados em bufos, correram a escrever a Belmiro de Azevedo. Que não se compreendia como é que permitia que um dos seus administradores fosse um comunista. Talvez não o soubesse, escreveram.
O patrão da Sonae até podia não lhes ter respondido. Aceitava-se perfeitamente. Mas não. Entendeu dar o devido troco às queixinhas. Respondeu que se houvesse lá por Santa Comba mais comunistas como aquele, com as suas competências e capacidades, agradecia que o informassem…
Qualquer semelhança com factos recentes é pura coincidência!
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