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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Dulce Pontes canta Ary dos Santos / Guilherme Inês: Filho Azul

Filho Azul

Viver vida sem ter esperança
Viver morte sem morrer
Ver nuns olhos de criança
A vontade de crescer

Mas quem espera sempre alcança
E eu não posso entardecer
Sem ter visto uma criança
Não só de parto nascer

Há-de ser um filho azul
Das altas marés do mar
Filho tempo, vento sul
Temporal do verbo amar

In DulcePontes.net

José Carlos Ary dos Santos / Guilherme Inês

Para ver e ouvir Dulce Pontes a cantar «Filho Azul» de Ary dos Santos e Guilherme Inês clicar AQUI  

                                                                   

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                   

Elis Regina canta Ivan Lins / Vitor Martins: Cartomante


Cartomante

Nos dias de hoje é bom que se proteja
Ofereça a face pra quem quer que seja
Nos dias de hoje esteja tranqüilo
Haja o que houver pense nos seus filhos

Não ande nos bares, esqueça os amigos
Não pare nas praças, não corra perigo
Não fale do medo que temos da vida
Não ponha o dedo na nossa ferida

Nos dias de hoje não lhes dê motivo
Porque na verdade eu te quero vivo
Tenha paciência, Deus está contigo
Deus está conosco até o pescoço

Já está escrito, já está previsto
Por todas as videntes, pelas cartomantes
Tá tudo nas cartas, em todas as estrelas
No jogo dos búzios e nas profecias

Cai o rei de Espadas
Cai o rei de Ouros
Cai o rei de Paus
Cai não fica nada.

Ivan Lins / Vitor Martins – 1978

 

Para ver e ouvir Elis Regina a cantar «Cartomante» de Ivan Lins e Vitor Martins clicar AQUI   

 

 

 Para Ler:

Histórico: Conforme o próprio Ivan Lins, essa música chamava Está Tudo nas Cartas: «Uma jornalista da revista Veja usou uma declaração do meu parceiro, Vitor Martins, que ele deu em off, e ela publicou. Nessa declaração o Vitor não falava boas coisas sobre o chefe da Censura Federal, mas isso não fazia parte da entrevista. Essa jornalista traiu o Vitor. Ela fez isso com a intenção de prejudicá-lo e fazer sensacionalismo. Eu nem quero falar o nome dela, mas é uma pessoa bastante conhecida aqui em São Paulo. Depois dessa entrevista do Vitor, Está Tudo nas Cartas entrou na lista de "vetada definitivamente" pela censura. Só que a gravação já estava pronta na voz da Elis Regina. Alguém da gravadora Phillips foi à Brasília e conseguiu liberar a música, mas com uma condição: era preciso mexer no título. Mudamos pra Cartomante. A Rosalyn Carter, esposa do presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, recebeu cartas da presidente do comitê feminino dos Direitos Humanos falando sobre os direitos humanos no Brasil. O nome da música Está Tudo nas Cartas ficou parecendo que a gente estava insinuando alguma coisa sobre essas cartas que foram entregues pra Rosalyn. Na época, isso deu uma confusão danada. Misteriosamente, liberaram a música com a condição de alterarmos o título.»

                                                                   

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                   

Uma bela prenda para fãs de discos... 1001 CD's a partir da década de 50

     1001 CD's completos a partir da década de 50. Explorem bem este sítio na Internet. Aqui vão algumas dicas:

1 - Ao colocar a setinha do rato no nome do CD, espere um pouco nessa posição sem mexer o rato e vai aparecer a capa do CD. 

2 - Clicando no nome do CD, vai aparecer a relação das músicas desse CD que podem ser ouvidas.

3 - Clicando numa bolinha branca e preta do lado direito do nome da música, aparece uma nova janela com a letra da música.

                                                         

adaptado de um e-mail enviado pelo Raimundo                       

                            

Billie Holiday canta Abel Meeropol - «Strange Fruit»

Strange Fruit

 

Southern trees bear strange fruit,
Blood on the leaves and blood at the root,
Black bodies swinging in the southern breeze,
Strange fruit hanging from the poplar trees.

Pastoral scene of the gallant south,
The bulging eyes and the twisted mouth,
Scent of magnolias, sweet and fresh,
Then the sudden smell of burning flesh.

Here is fruit for the crows to pluck,
For the rain to gather, for the wind to suck,
For the sun to rot, for the trees to drop,
Here is a strange and bitter crop.

 

Abel Meeropol

 

A fotografia referida pelo compositor como tendo sido a inspiradora da canção: Thomas Shipp and Abram Smith, August 7, 1930.

O filme: «Strange Fruit»

 

 

Para ver e ouvir Billie Holiday a interpretar «Strange Fruit» de Abel Meeropol clicar AQUI e AQUI       

 

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge  
                      

Joan Baez canta «Joe Hill»

 
Joe Hill
                   
I dreamed I saw Joe Hill last night,
Alive as you and me.
Says I "But Joe, you're ten years dead"
"I never died" said he,
"I never died" said he.
                
"In Salt Lake, Joe," says I to him,
him standing by my bed,
"They framed you on a murder charge,"
Says Joe, "But I ain't dead,"
Says Joe, "But I ain't dead."
            
"The Copper Bosses killed you Joe,
they shot you Joe" says I.
"Takes more than guns to kill a man"
Says Joe "I didn't die"
Says Joe "I didn't die"
              
And standing there as big as life
and smiling with his eyes.
Says Joe "What they can never kill
went on to organize,
went on to organize"

From San Diego up to Maine,
in every mine and mill,
where working-men defend their rights,
it's there you find Joe Hill,
it's there you find Joe Hill!

I dreamed I saw Joe Hill last night,
alive as you and me.
Says I "But Joe, you're ten years dead"
"I never died" said he,
"I never died" said he.
 

 

 

Para ver e ouvir Joan Baez a cantar «Joe Hill» no Operation Ceasefire Concert em Washington DC a  24 de Setembro de 2005, clicar AQUI

 

adaptado de um e-mail enviado pelo Rogério

 

Joan Baez e Bob Dylan há 44 anos

With God On Our Side

 

Oh my name it is nothin'
My age it means less
The country I come from
Is called the Midwest
I's taught and brought up there
The laws to abide
And that land that I live in
Has God on its side.

Oh the history books tell it
They tell it so well
The cavalries charged
The Indians fell
The cavalries charged
The Indians died
Oh the country was young
With God on its side.

Oh the Spanish-American
War had its day
And the Civil War too
Was soon laid away
And the names of the heroes
I's made to memorize
With guns in their hands
And God on their side.

Oh the First World War, boys
It came and it went
The reason for fighting
I never did get
But I learned to accept it
Accept it with pride
For you don't count the dead
When God's on your side.

In a many dark hour
I've been thinkin' about this
That Jesus Christ
Was betrayed by a kiss
But I can't think for you
You'll have to decide
Whether Judas Iscariot
Had God on his side.

So now as I'm leavin'
I'm weary as Hell
The confusion I'm feelin'
Ain't no tongue can tell
The words fill my head
And fall to the floor
And if God's on our side
He'll stop the next war.

Para ver e ouvir Joan Baez e Bob Dylan a cantarem «With God On Our Side» clicar AQUI e AQUI          

adaptado de um e-mail enviado pelo Rogério

 

Sara Tavares canta Ary dos Santos / Frederico de Brito: Nova Feira da Ladra

                                                    

Nova Feira da Ladra

                 

É na Feira da Ladra que eu relembro
uma toalha velha, toda em linho,
que já serviu uma noite de Dezembro,
e agora cheira a Setembro,
como o Outono sabe a vinho.
Não valem muito mais que dois pintores
os quadros das paisagens
que eu já sei,
mas valem, pelos frutos, pelas flores
que em São Vicente das Dores,
fora de mim, eu pintei.
             
O que é que eu vou roubar à Feira?
Um beijo de mulher trigueira.
Aqui um coração, ali uma gravura.
É a Feira da Ladra ternura.
O que é que eu vou trazer da Feira?
Um corpo de mulher braseira.
Aqui está um lençol, bordado como dantes.
Esta Feira da Ladra é dos amantes.
              
E na Feira da Ladra nos vingamos
dum pouco desse tempo que morreu.
Em cada botão velho que compramos
há sempre uma corja de amos
que em Abril, Abril venceu.
Agora não compramos velharias,
tudo passado é lastro do futuro.
Nascemos para o sol todos os dias,
na nossa Feira da Ladra
já não há ladrões no escuro.
                       
O que é que eu vou roubar à Feira?
Um beijo de mulher trigueira.
Aqui um coração, ali uma gravura.
É a Feira da Ladra ternura.
O que é que eu vou trazer da Feira?
Um corpo de mulher braseira.
Aqui está um lençol, bordado como dantes.
Eis a Feira da Ladra dos amantes.

                                               

                                

Frederico de Brito / Ary dos Santos

                                                             

                                            

Para ouvir Sara Tavares a cantar «Nova Feira da Ladra» de Ary dos Santos clicar AQUI    

                                              

Carmen París canta Pablo Neruda: Para que tú me oigas


                                        

Poema 5 (Para que tú me oigas)

                              

PARA que tú me oigas
mis palabras
se adelgazan a veces
como las huellas de las gaviotas en las playas.

Collar, cascabel ebrio
para tus manos suaves como las uvas.

Y las miro lejanas mis palabras.
Más que mías son tuyas.
Van trepando en mi viejo dolor como las yedras.

Ellas trepan así por las paredes húmedas.
Eres tú la culpable de este juego sangriento.

Ellas están huyendo de mi guarida oscura.
Todo lo llenas tú, todo lo llenas.

Antes que tú poblaron la soledad que ocupas,
y están acostumbradas más que tú a mi tristeza.

Ahora quiero que digan lo que quiero decirte
para que tú las oigas como quiero que me oigas.

El viento de la angustia aún las suele arrastrar.
Huracanes de sueños aún a veces las tumban.
Escuchas otras voces en mi voz dolorida.
Llanto de viejas bocas, sangre de viejas súplicas.
Ámame, compañera. No me abandones. Sígueme.
Sígueme, compañera, en esa ola de angustia.

Pero se van tiñendo con tu amor mis palabras.
Todo lo ocupas tú, todo lo ocupas.

Voy haciendo de todas un collar infinito
para tus blancas manos, suaves como las uvas.
                                                   

                                                      

 

                                                      

Para ver e ouvir Carmen París no álbum "Neruda en el corazón" a cantar «Para que tú me oigas» de  Pablo Neruda clicar AQUI  

                        

Amália Rodrigues canta José Afonso - Grândola Vila Morena



Grândola vila morena

Grândola vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti ó cidade
Dentro de ti ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

José Afonso


Para ver e ouvir Amália Rodrigues a cantar «Grândola Vila Morena» de José Afonso clicar AQUI e AQUI
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