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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

A agricultura no nosso país caminha para a ruína por culpa de PSD/CDS e PS (3)

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(continuação)

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3. Na segunda-feira, na União das ADS da Beira Alta, envolvendo 10 OPP de 6 Cooperativas e 4 Associações de Produtores Pecuários, ficámos a saber que, apesar de todos os alertas, escritos e orais, do Grupo Parlamentar do PCP, nomeadamente em todas as audições com a sra. ministra da Agricultura, a meio do ano de 2012 as associações não só não receberam o que falta de 2011, e é muito (65%/70%), como ninguém lhes diz como vai ser em 2012!

Trata-se de estruturas que têm de pagar salários, segurança social, produtos veterinários, transportes e outros custos da actividade de sanidade animal! A sra. ministra criou uma taxa para obter receitas para pagar a sanidade animal! E quando vão pagar? Não se sabe! E quanto vão pagar? Não se sabe! Lembra-se que PSD e CDS eram, há pouco mais de um ano, contra a passagem dos custos de sanidade animal para cima dos produtores! Mas é o que está a acontecer!

Estamos a falar de pôr em causa um património de saúde animal que significou o investimento de muitos milhões de euros de fundos públicos. Falamos da falta de resposta a problemas que têm implicações na saúde pública, e que podem penalizar gravemente a nossa exportação de produtos pecuários! De que está o governo à espera para agir? De algum desastre? A situação é insustentável, dizem os responsáveis pela sanidade animal de centenas de explorações pecuárias da Beira Alta!

(sublinhados meus)

(continua)

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A agricultura no nosso país caminha para a ruína por culpa de PSD/CDS e PS (2)

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(continuação)

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2. Na segunda-feira, na principal organização de produtores de maçã da Beira Alta, fiquei a saber que a região, que podia dar um forte contributo para colmatar as cerca de 200 mil toneladas de maçã que o País importa, não o faz porque o Estado Português não assegura condições mínimas necessárias para que a produção se expanda.

Precisam de mais 15 a 20 mil toneladas de frio e o ProDer ainda não foi capaz de assegurar a ajuda necessária. Precisam de seguro de colheitas acessível e eficaz. Mas se o anterior sistema não era bom, este governo alterou tarde, mal e a más horas, agravando brutalmente os custos dos prémios e mantendo um sistema desadequado para a região. Os agricultores produzem 40/50 toneladas/ha mas as companhias de seguros acham que eles só devem produzir 25/toneladas/ha, valor máximo que aceitam segurar. E o Estado, moita carrasco! Na vinha, na grande maioria dos casos, nesta e na região do Douro, pura e simplesmente não se fez. E nos hortofrutícolas como no tomate, as companhias recusam-se a fazê-lo.

As verbas disponíveis apenas permitem segurar 10% da produção de uma fileira que vale 250 milhões de euros, 90% para exportar! Mas o Governo acha mesmo que o seguro agro-pecuário pode ser um instrumento apenas dependente das partes???

Os agricultores para produzir maçã precisam de água, e como resultado das promessas/disputas de anos do PS e PSD locais, nem grande barragem nem pequenas charcas! Precisam de Investigação e Desenvolvimento e sucessivos governos (e este nada faz para recuperar) deixaram degradar/desactivar a estação fruteira da Estação Agrária de Viseu. Precisam de uma concepção de fileira, e o que há, é o vazio dos serviços oficiais depauperados de meios e recursos humanos! E pairam no ar e na terra, os riscos de fogo bacteriano, que já atingiram fortemente pomares do distrito mais a Sul, sem resposta adequada do governo!

(sublinhados meus)

(continua)

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A agricultura no nosso país caminha para a ruína por culpa de PSD/CDS e PS (1)

Vídeo

A agricultura no nosso país caminha para a ruina por culpa de PSD/CDS e PS

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1. Na segunda-feira estive no distrito de Viseu com dirigentes da Cooperativa Agrícola de Távora/Moimenta da Beira e da União das ADS/OPP (Associações de Defesa Sanitária/Organizações de Produtores Pecuários) da Beira Alta. E estranha é a sensação de que os problemas detectados na visita à mesma região há um ano tenham sido congelados. Eram os mesmos. (Os mesmos aliás de uma visita da Comissão de Agricultura há 6 anos!) Os mesmos, com um pequeno/grande pormenor. Há um ano havia expectativas, que hoje se frustraram, se esvaziaram completamente. Bastou um ano Srs. Deputados!

Tantas promessas, srs. deputados do PSD e CDS! Tanta e quase sempre justa oposição à política agrícola do governo PS/Sócrates! Tanta crítica e propostas alternativas, para depois de um ano, de governo, certamente com outra encenação, reproduzirem o essencial dessa política, argumentarem como argumentava o PS, fazerem o que fazia o Ministério da Agricultura do PS. Isto é, pouco! Zero!

Com situações, como no Douro ou na sanidade animal que, não tendo sido sanadas, se agravaram brutalmente.

PSD e CDS sabiam o que fazer na agricultura! Hoje não sabem. Desaprenderam rapidamente!

(sublinhados meus)

(continua)

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O PCP e a política de direita na agricultura no distrito de Viseu

   De passagem pelo distrito de Viseu, a deputada do PCP no Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo, quis dar conta, em conferência de imprensa, da sua intervenção a favor da Agricultura Familiar e do Mundo Rural no Parlamento Europeu e assinalou as consequências das políticas da União Europeia e do Governo Português neste distrito, designadamente:


- As assimetrias regionais aprofundadas por uma política de crescente abandono do interior, com a eliminação de uma série de serviços públicos ai sedeados e a redução no investimento público nestas regiões, bem como a profunda crise que atravessa o tecido empresarial das micro, pequenas e médias empresas (tecido absolutamente dominante no nosso distrito), a concentração do comércio em grandes superfícies comerciais com consequências desastrosas para o pequeno comercio/comercio tradicional, a facilidade com que se deslocalizam empresas, a asfixia da agricultura familiar fazem deste distrito um distrito em situação de grave crise económico-social.
- Orientações políticas voltadas contra o interesse das populações deste distrito levaram, ainda, a que nunca tivessem sido criadas algumas infra-estruturas que, a nosso ver, seriam factores promotores do desenvolvimento regional, como é o caso, entre outros, do Matadouro Público de Viseu ou da ligação por ferrovia da cidade de Viseu à rede ferroviária nacional e como será, certamente, o caso do anunciado prolongamento da A24, entre Viseu e Coimbra, obra cuja construção urge acelerar, mas que só faria sentido e poderia adquirir importância, no quadro regional, se fosse uma auto-estrada sem portagens tal como a A25, o que está longe de ser garantido pelo Governo, que se prepara para fazer destas auto-estradas vias com portagens.
Por outro lado, a destruição da agricultura vem retirando a milhares de agricultores o seu rendimento, empurrando-os para fora da Segurança Social (milhares de agricultores já não conseguem pagar as suas contribuições á Segurança Social), para a emigração ou para as periferias dos pólos urbanos onde vivem desenraizados.
O agravamento dos problemas sociais tem feito crescer o caldo de cultura dos fenómenos de exclusão, marginalidade, prostituição, alcoolismo, violência e criminalidade com consequências visíveis na insegurança dos cidadãos.


O ABATE DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Acresce a estes problemas o facto de o governo ter vindo a desenvolver uma politica de sistemático abate de serviços públicos essenciais para a vida das populações, que tem contribuído para esta preocupante fragilização do tecido social deste distrito. De facto, o encerramento do matadouro de Viseu, de diversos serviços de apoio à agricultura, da maternidade de Lamego, dos SAP’s em vários concelhos, o encerramento de centenas de escolas, o e a anunciada intenção do governo de continuar a encerrar serviços (SAP’S, escolas repartições de Finanças, serviços de Justiça ou tribunais, serviços do ministério da agricultura) torna ainda mais preocupante esta situação e acrescenta mais fragilidade à já frágil dimensão económico-social da vida neste distrito.


O ABANDONO E ASFIXIA DA AGRICULTURA FAMILIAR


No plano económico-social, preocupa-nos ainda a situação de abandono e asfixia em que se encontra a agricultura familiar, a desprotecção desta actividade mesmo em regiões e áreas com especial potencialidade produtiva ou com reconhecidas produções de qualidade: Região do Douro, Região de Dão-Lafões, variadas produções no domínio das frutas, vinho, carne, hortícolas e floresta.


UM CASO CARREGADO DE PROFUNDO SIGNIFICADO: O ABATE CRIMINOSO DO MATADOURO DE VISEU


À medida que o tempo passa, vai-se tornando mais claro para todos que o “velho” Matadouro de Viseu foi abatido, num processo fraudolento e criminoso.
Milhares de pequenos criadores de gado ficaram privados desta importante infra-estrutura de fundamental importância para a actividade agro-pecuária da nossa região.
Entretanto, já lá vão anos, e não foi ainda construído nenhum novo matadouro, apesar de várias vezes prometido.
Entretanto, muitos criadores de gado da nossa região abandonaram a actividade agro-pecuária por não conseguirem suportar os custos com o transporte e abate dos seus animais nos Matadouros de Aveiro ou Oliveira do Hospital (os mais próximos).


A REGIÃO DO DOURO


No caso da região do Douro, é lamentável a atitude do Governo de completa desprotecção aos pequenos produtores de vinho daquela região e a passividade com que o Governo assiste à destruição da Casa do Douro, importante instrumento de protecção aos pequenos e médios produtores daquela região, para favorecer a concentração da produção e comercialização do vinho do Porto nas mãos das grandes Casas Exportadoras/Comércio Multinacional do Vinho do Porto.
Trata-se de uma região com 35.000 viticultores, hoje ameaçados pelas políticas do Governo PS/Sócrates: Estrangularam financeiramente a Casa do Douro não lhe pagando o Governo o que lhe deve; mandam executar judicialmente a Casa do Douro por dívidas que não estão confirmadas ou não existem; não cumpriram nem fazem cumprir os Protocolos solenemente assinados, por Governos, Associações de Exportadores e Casa do Douro; apoiam o roubo do Cadastro Vitivinícola, património inalienável dos agricultores durienses, pelo IVDP (Instituto do Vinho do Douro e Porto), onde mandam as Casas Exportadoras; aprovaram na União Europeia uma Reforma da Organização do Mercado do Vinho, apoiada na liberalização do plantio e do comércio, que pode pôr em causa a vinha dos pequenos proprietários e levar ao fim do benefício.


OUTROS PROBLEMAS


Outros problemas afectam igualmente a vida das populações e, em particular, as populações que vivem e trabalham no Mundo Rural, neste distrito, como é o caso da crescente privatização da água, as deficientes redes de transportes públicos, a falta de acessibilidades, os reduzidos mecanismos de apoio à inclusão das pessoas com deficiência, a reduzida cobertura de redes de saneamento básico, diversos problemas ambientais.


REFORMA DA PAC


A deputada Ilda Figueiredo alertou para a necessidade de se estar muito atento à proposta de Reforma da PAC (Política Agrícola Comum) que a Comissária irá enviar ao Parlamento Europeu, já no final do mês de Abril, insistindo em mais liberalizações, visando favorecer o complexo agro-industrial e as empresas que dominam o comércio internacional de produtos alimentares contra os interesses dos pequenos e médios agricultores portugueses e da agricultura portuguesa.
A deputada Ilda Figueiredo manifestou a sua oposição a esta reforma neoliberal da PAC, reafirmando o seu permanente empenhamento na defesa da Agricultura Familiar e dos pequenos e médios agricultores portugueses.

                  

Viseu, 17 de Abril 2008
A DOR Viseu do PCP

                                       

In Organização Regional de Viseu do PCP
                

Ver AQUI notícias sobre investimentos de Portugal e Espanha no Douro

         

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