XVIIICongresso do PCP - Por Abril, pelo Socialismo um Partido mais forte
Através da leitura dos documentos, entre eles a Resolução Política do XVIII Congresso, pode conhecer-se o carácter das posições do PCP, o seu papel ímpar no plano nacional e internacional, as razões da força dos seus ideais e valores e a actualidade do seu projecto de liberdade, democracia e socialismo para Portugal.
«Parece-me ser este o mérito maior da obra do escritor Fernando Miguel Bernardes: transmitir ao leitor, com especialidade ao jovem leitor, através da efabulação das vivências reais da sua experiência de resistente antifascista, os atropelos e sevícias perpetrados pelos marginais que se profissionalizaram, com o bem-haja dos governos ditatoriais de Salazar e Caetano, na repugnante função de torcionários do povo. «Porque é disto realmente que se trata no livro Escrito na Cela (Testemunho e Narrativa).
O livro de Fernando Miguel Bernardes é uma valiosa achega para o conhecimento verídico do que foi o martírio dos presos nas cadeias políticas do tempo do fascismo em Portugal.»
Giovanni Pesce, comunista, resistente da primeira hora, conta neste livro a história empolgante e comovente dos GAP – Grupos de Acção Patriótica – que, de armas na mão, foram um dos pontos mais altos da resistência ao ocupante nazi e aos traidores fascistas nas cidades do Norte da Itália.
Esta história é, realmente, uma história das grandes aventuras em que o homem dá o melhor de si próprio inserindo-se na luta mais geral de todo um povo, ainda que actue em pequenos grupos ou até sozinho.
O autor escreve todos os espantosos acontecimentos de que foi testemunha ou protagonista com um rigor e uma contenção que fazem deste livro também uma obra literariamente perfeita.
E recorda, muitas vezes, alguns episódios dramáticos e decisivos da Guerra de Espanha.
Em suma, este é um livro de grande riqueza humana, de uma surpreendente variedade de situações e de um profundo sentido político.
Um livro que, além de mais, prende firmemente o leitor.
Um Dia e Uma Noite é um romance, mas um romance escrito com factos rigorosamente verídicos e com protagonistas bem reais. Pode-se dizer que é um testemunho romanceado da vida dos Franceses durante a ocupação nazi, que submergiu a França de 1939 a 1944, dos métodos da Gestapo e da coragem e tenacidade dos resistentes que nunca se deixaram vencer.
O autor entrelaça num dia e numa noite acontecimentos autênticos que se desenrolaram num tempo bastante mais largo. Ele próprio – com dezasseis anos – viveu o calvário dos interrogatórios que tão cruamente narra, e soube encontrar a força de resistir. Entrelaça também, como que numa montagem de sequências cinematográficas, dramas e lutas que se passam em locais diferentes e que convergem para nos dar um painel exaltante da dignidade do homem quando colocado em situações extremas. É todo o friso de personagens quotidianas que perante a bestialidade nazi, se elevam à altura da grandeza do momento histórico e preservam um futuro humano.
Em suma, este livro é um documento impressionante, cheio de aventuras mais ricas de peripécias capazes de prenderem o leitor do que tanta ficção sensacionalista que por aí anda. E aventuras comprovadamente verdadeiras – que não devem ser esquecidas.
[...] Uma coisa são as novas tecnologias e as suas extraordinárias potencialidades para o bem dos homens, outra coisa é o manto dissimulador e anestesiante de uma «era da informação» encarada como uma espécie de «desígnio global da humanidade», perante o qual todos os homens teriam a mesma situação e os mesmos interesses, mas que mal dissimula motivações e objectivos de natureza diversa -mercantil, política, ideológica, sem esquecer as estratégias pessoais e de grupo.[...]
A «Aldeia-Mundo» e o seu Castelo - Ensaio Contra o FMI, a OMC e o Banco Mundial(Philippe Paraire)
Até onde irá a mundialização? Há cinquenta anos que o FMI, o Banco Mundial e o GATT (hoje substituído pela Organização Mundial do Comércio) pretendem regular, a partir do coração das metrópoles imperiais, o desenvolvimento dos países pobres e as práticas comerciais do planeta inteiro.
O que se vê em toda a parte é o aumento da dívida, o recuo dos direitos sociais, conflitos étnicos, degradação do meio natural, desenvolvimento selvagem e desigualdades em único benefício de um Capital que se tornou global.
A antiga coordenação das instituições ditas de «Bretton Woods» vai-se transformando numa autoridade integrada: está-se a estabelecer, sob o nome de ajustamento estrutural, uma política comum de agressão contra os pobres do mundo inteiro e contra os trabalhadores dos países ricos. Este desvio autocrático, oficialmente apresentado como o esboço de uma administração mundial pretensamente necessária, não é aceite pelos povos que procuram preservar a sua independência. Destas lutas depende o futuro de urna nova democracia social e internacional, a única a poder trazer soluções concretas nos problemas económicos, sociopolíticos e ecológicos do século XXI.
Philippe Paraire é docente. Quando das suas muitas viagens pelos países pobres, aprofundou os seus conhecimentos sobre os problemas reais dos povos vítimas das políticas de «ajuda ao desenvolvimento» e de programas de «ajustamento». Doutorado em Filosofia e especialista em questões de ambiente e de desenvolvimento, é autor de vários artigos e obras pedagógicas e criticas sobre este tema.
Gérad Streiff estava em Moscovo na altura dos trágicos acontecimentos do Verão de 1991, na qualidade de enviado especial do jornal do Partido Comunista Francês, L´Humanité. Foi correspondente deste jornal na URSS entre 1982 e 1986 e é autor do livro La Dynamique Gorbatchev (1986). Trata-se, portanto, de uma testemunha particularmente atenta e informada, que nos comunica aqui as suas reflexões, ainda «a quente», naturalmente discutíveis, sobre acontecimentos de profundas repercussões para o mundo inteiro. Quais os obstáculos que se colocaram à perestroika? Será fatal passar de um «socialismo burocrático» a um «capitalismo selvagem»? O evoluir da situação, em profunda e diária mutação, poderá já ter desactualizado o texto em aspectos de pormenor. Nem por isso o livro de Gérard Streiff deixa de dar úteis pistas para a reflexão necessária sobre o sentido do que se passou e está a passar na ex-URSS.