«Cuando la migración era de norte a sur no habían muros, no habían visas. Cuando la migración era de norte a sur aquí acaparaban miles de hectáreas, saqueaban nuestros recursos naturales, hemos sido realmente pacientes y nos hemos complementado. Cuando la migración es de norte a norte entre ellos resuelven sus problemas, pero ahora cuando la migración es de sur a norte piensan construir muros» dijo el Jefe de Estado en breve diálogo con la prensa, tras el acto de entrega de 20 computadoras a la Federación de Estudiantes de Secundaria de La Paz (FES).
«En el marco de una visita oficial a España, el Presidente de Bolivia, Evo Morales, prometió ante más de 10 mil bolivianos en Madrid que trabajará por la legalización de todos los inmigrantes. Cuando los españoles y los europeos llegaban a América, nuestros abuelos nunca dijeron que eran ilegales. Declararlos ilegales es un grave error, dijo el mandatario entre aplausos y vítores en la plaza de toros de Leganés. Como se en el país ibérico, cerca de 100 mil inmigrantes bolivianos, radican y trabajan de forma legal, mientras que cerca de 150 mil lo hacen sin los papeles en regla».
Em 2008, os emigrantes enviaram para Portugal cerca de 7 milhões de euros por dia, incluindo os sábados, domingos e feriados. Estamos, pois, a falar de um valor anual global de 2558 milhões de euros. Donde vem esse dinheiro? Vem um pouco de toda a parte, embora tais remessas estejam, em cerca de 90%, concentradas em apenas 8 países (França, Suíça, EUA, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Luxemburgo e Canadá).
Em termos de ranking o país líder no plano das remessas é a França, com 996 milhões de euros, seguido da Suíça com 558 milhões de euros.
Estes dois países são, de longe, aqueles que mais contribuem com a transferência das poupanças dos emigrantes, sendo responsáveis por 61% do total das remessas.
Em 3.º lugar estão os EUA com 176 milhões de euros e em 4.º lugar a Alemanha com 157 milhões de euros.
A Espanha, aqui mesmo ao lado, ocupa a 5.ª posição, responsável pelo envio de 148 milhões de euros, valor que supera o Reino Unido e a soma conjunta do Luxemburgo e do Canadá.
A importância da Espanha é, contudo, superior aos dados atrás referidos.
Com efeito, temos de ter presente a actividade transfronteiriça, bem com a actividade laboral pendular (idas e vindas semanais dos trabalhadores) através das quais são processadas transferências directas, sem recurso a terceiros, ou seja, ao sistema financeiro.
A Espanha é, (ou era) pelo atrás exposto, um caso singular que pouco tem (ou tinha) a ver com a evolução das remessas dos emigrantes.
Estas, no seu conjunto, estão em regressão, se tomarmos como ponto de referência o que se passava, por exemplo, há 15 anos, ou até mais recentemente, como seja o ano de 2001.
Em 1993, as remessas totalizaram cerca de 3352 milhões de euros, valor que sobe aos 3737 milhões euros em 2001.
Em 2008 foi o que se viu, apenas 2558 milhões de euros, ou seja uma quebra nominal de 1179 milhões de euros relativamente ao ano atrás referido, valor que sobe a cerca de dois mil milhões de euros se considerarmos, nesse período de sete anos, a taxa de inflação verificada em Portugal.
Qual a explicação para a redução do envio das remessas?
Haverá, seguramente, muitas razões: desemprego, redução do salário real, fixação definitiva nos países de acolhimento, alteração nos padrões de consumo, razões familiares.
Mas haverá também uma outra razão estrutural ligada aos comportamentos das classes dominantes, ou seja, uma menorização por parte do Governo pela importância estratégica das remessas, a que se soma a ganância de lucro por parte dos banqueiros ao negarem um juro rentável às poupanças dos emigrantes, tudo isto a par do efeito concorrencial dos off-shores espalhados por esse mundo fora, cujos mandantes não são, como Lula da Silva expressou na sua metáfora a propósito da crise do capitalismo, «os homens brancos com olhos azuis», mas antes seres que não se pautam por factores biológicos mas sim pela máxima exploração de quem vive do trabalho.
Manuela Pinto Ângelo, do Secretariado do PCP, chamou a atenção para análise feita pelo Organismo de Coordenação na Emigração/Europa do PCP sobre a situação e os problemas com que estão confrontadas as Comunidades portuguesas nos diversos países na Europa, sublinhando que a ofensiva do Governo abrange todos os sectores da vida das Comunidades nomeadamente a reestruturação consular, o ensino português, a redução do porte-pago, a eliminação da conta de poupança emigrante e a não regulamentação da lei que reconhece aos ex-militares o direito à contagem do tempo de serviço para efeitos de reforma.