A crise capitalista
Carlos Carvalhas
«Pediram-me uma intervenção sobre a crise capitalista.
Relembro que logo após o rebentar da bolha bolsista em 2007, afirmámos publicamente contra a opinião dominante, que a crise estava para durar, que era uma crise profunda que atingia o coração do capitalismo, que não se situava apenas no imobiliário e no sistema financeiro, mas que atingiria a chamada economia real. Afirmámos também que a crise era “sistémica” isto é, de alcance planetário e que se iria aprofundar à medida que os investidores se dessem conta que os pacotes de títulos com nomes criativos, não passavam de pirâmides do tipo D. Branca! Creio que os factos deram razão ao PCP e que se na altura tivessem sido tomadas medidas, algumas foram há pouco decididas, estaríamos numa situação bem mais confortável.
Dissemos ainda procurando contrariar explicações desculpabilizantes ou que apenas se ficavam pela superfície das coisas de que a razão mais profunda da crise se situava no facto de há muito se ter procurado criar uma procura efectiva, isto é o consumo das massas, não pelo aumento do poder de compra dos seus salários, mas pelo endividamento . Na verdade procurou-se substituir a falta de poder de compra em resultado de uma contínua distribuição do Rendimento Nacional em detrimento dos trabalhadores pelo crédito mais acessível, baseado em hipotecas que iam valorizando artificialmente e com a criação sucessiva de títulos e mais títulos, de tal maneira que ela se transformou, como então foi afirmado com ironia na principal produção dos EUA.»
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