Ludo Martens: Balanço do colapso da União Soviética
Balanço do colapso da União Soviética
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Balanço do colapso da União Soviética
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O Grande Salto Atrás (Henri Alleg)
Sumário
Moscovo new look
Instantâneos
«O maior hold-up de todos os tempos»
Instantâneos
«Nostalgia? Foi nostalgia que disse?»
Instantâneos
Uma perestroika sumida nas areias
Instantâneos
As conjuras, verdadeiras e falsas por um poder em perdição
Instantâneos
Três homens embrenhados num bosque
Instantâneos
O sonho do homem do Kremlin
Instantâneos
O grande silêncio dos proletários
Instantâneos
Da «abertura» ao abismo
Instantâneos
Interrogações para hoje e para amanhã
Em quarto lugar, nós, os comunistas portugueses, não tínhamos realizado em todos os seus elementos, e muito menos explicado antes da derrocada da URSS e noutros países do leste da Europa análises e críticas que actualmente fazemos. Tivemos esperança (que os acontecimentos mostraram ser demasiado optimista) numa correcção dos apontados aspectos negativos da evolução e da política nesses países.
A evolução da situação na URSS e países do leste da Europa comprovaram infelizmente as reservas e atitudes do PCP relativamente ao processo em curso da “perestroika”. A derrocada e liquidação da URSS e a catastrófica situação que foi criada nesses países, a mudança da correlação de forças a nível mundial, e o aproveitamento da nova situação pelo imperialismo para tentar de novo impor a sua hegemonia mundial, contra a luta libertadora dos trabalhadores e dos povos, utilizando todas as armas (económicas, financeiras, políticas, diplomáticas, militares), as ingerências, intervenções, agressões e guerras a que diariamente assistimos indicam que não só subsiste como se reforça a necessidade da luta dos comunistas por aqueles objectivos que foram através do século a razão de ser da sua existência e da sua luta.
Ao anunciar-se a “perestroika” na União Soviética esses objectivos foram apontados como objectivos fundamentais e isso explica a posição favorável e a atitude solidária que o PCP então adoptou para com o PCUS. Explica também as reservas que desde a primeira hora adiantámos em relação à atitude negativista relativamente ao passado, a novas formulações ideológicas e principalmente às concepções, objectivos, forças e processos contra-revolucionários, visando a destruição do socialismo e a restauração do capitalismo que logo começaram a desenvolver-se à sombra da “perestroika” e que adquiriram extrema gravidade por partirem das mais altas instâncias do poder do Estado e do partido, de dirigentes que traíram os seus compromissos e deveres.
Ex-URSS: Um Novo Terceiro Mundo (Gérard Streiff)
Gérad Streiff estava em Moscovo na altura dos trágicos acontecimentos do Verão de 1991, na qualidade de enviado especial do jornal do Partido Comunista Francês, L´Humanité. Foi correspondente deste jornal na URSS entre 1982 e 1986 e é autor do livro La Dynamique Gorbatchev (1986).
Trata-se, portanto, de uma testemunha particularmente atenta e informada, que nos comunica aqui as suas reflexões, ainda «a quente», naturalmente discutíveis, sobre acontecimentos de profundas repercussões para o mundo inteiro.
Quais os obstáculos que se colocaram à perestroika? Será fatal passar de um «socialismo burocrático» a um «capitalismo selvagem»? O evoluir da situação, em profunda e diária mutação, poderá já ter desactualizado o texto em aspectos de pormenor. Nem por isso o livro de Gérard Streiff deixa de dar úteis pistas para a reflexão necessária sobre o sentido do que se passou e está a passar na ex-URSS.
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