Para os devidos efeitos demagógicos está dito e (re)dito: «os portugueses vivem acima das suas possibilidades».
Embora tal formulação não tenha sido publicada em nenhuma série do Diário da República nem tenha passado pelo circuito institucional de uma qualquer promulgação, a verdade dos factos é que ela aí está omnipresente nas televisões e nos jornais.
Eles são governantes, patrões, professores universitários, economistas, jornalistas, comentadores, enfim, uma tropa fandanga a repetir à exaustão o estribilho: «os portugueses vivem acima das suas possibilidades», «os portugueses vivem acima das suas possibilidades», «os portugueses vivem acima das suas possibilidades».
Este estribilho é de tal forma recorrente que faz lembrar a teoria dos reflexos condicionados dos cães de Pavlov.
No caso em apreço não há cães a salivar em resposta comportamental ao tilintar das campainhas, conforme a experiência daquele cientista. O que há é gente a bolsar disparates sempre que a propósito de tudo e de nada vem a terreiro o défice orçamental, a dívida pública e a dívida externa, entre outros temas afins.
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