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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

2011 ficará como mais um ano negro para a agricultura nacional

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Os recentes dados do INE não deixam margem para dúvidas, 2011 é mais um ano negro para a agricultura nacional com uma quebra no rendimento da actividade agrícola que deverá chegar aos 10,7% e o desaparecimento de mais 16.000 UTAs (unidades de trabalho ano) de mão-de-obra agrícola.

Mas estes dados, mais do que nos indicar um mau ano agrícola por situações conjunturais, traduzem a continuação de más políticas agrícolas e o caminho do definhamento da agricultura nacional que levou ao desaparecimento, nestes últimos 20 anos, de 295 mil explorações (metade das que existiam em 1989) e de 10% da Superfície Agrícola útil e ao actual défice agro-alimentar nacional.

É esta realidade que leva a CNA a reafirmar que continua a haver uma profunda contradição entre o discurso dos diversos Órgãos de Soberania e a prática política, ou, por vezes, a inoperância política, em face da crise que se vive na agricultura nacional

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BCE dá aos bancos o que nega aos estados

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O Banco Central Europeu (BCE) definiu, em meados do mês, um conjunto de novas «medidas não convencionais para facilitar o acesso do sector bancário à liquidez e melhorar o funcionamento do mercado interbancário».

Além de ter reduzido a taxa de juro para um por cento, o BCE decidiu conceder empréstimos à banca por um período inusitadamente longo de três anos, em vez de um, diminuindo também as garantias habitualmente exigidas para a concessão dos créditos.

Face a tais condições, que representaram um gordo presente de Natal para os banqueiros, os pedidos ultrapassaram todas as previsões: 523 bancos europeus requisitaram um total de 489 190,75 milhões de euros, qualquer coisa como três vezes o Produto Interno Bruto de Portugal.

Com esta fartura de liquidez, os bancos podem investir no sumarento mercado da dívida soberana, onde os elevados juros cobrados aos estados, pagos pelos povos com língua de palmo, lhes garantirão abundantes lucros, permitindo recuperar as colossais perdas sofridas com o rebentamento da chamada bolha do suprime.

De resto, dizem os especialistas do sector, esta ajuda tão generosa foi providencial para afastar «o espectro da falência das instituições financeiras», cuja dívida, só na zona euro, ascende a mais de 600 mil milhões de euros, dos quais 230 mil milhões atingem a maturidade já no primeiro trimestre de 2012.

Mas os senhores da finança sabem que nada têm a temer. O presidente do BCE, Mário Draghi, já anunciou que vai realizar outra operação deste tipo a 20 de Fevereiro.

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O Governo tem dinheiro para os banqueiros, mas rouba nos salários e pensões

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Afinal sempre há excepções aos sacrifícios. A banca e os grandes grupos económicos estão sempre isentos, são sempre beneficiados pelos governos e são beneficiados por este Governo.

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Para a banca:

  • a entrega de um montante 12 mil milhões de euros

  • nacionalizar os prejuízos e manter os activos e os lucros nos accionistas privados

  • o Estado põe o dinheiro, mas não toca na gestão

  • o Estado, mais uma vez, endivida-se para proceder à recapitalização

Para os trabalhadores:

  • cortam mais de 2000 milhões de euros em salários e reformas

  • aumenta-se o IVA, incluindo em bens essenciais, em mais de 2000 milhões de euros

  • cortam 1000 milhões de euros na saúde

  • e mais de 1500 milhões de euros na educação

  • só o aumento pretendido de meia hora de trabalho por dia significaria a transferência de cerca de 7,5 mil milhões de euros para o capital

Às medidas restritivas deste orçamento «não haverá excepções»...

PQP!!!

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Notícias AQUIAQUI

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Onde é que já ouvi isto?

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«Itália não merece ser punida nos mercados».

«A crise na Itália deve-se à confiança e à especulação»

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Onde é que já ouvi isto?

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A Cimeira dos Países da Zona Euro

Forçados pelo desastre a que foi conduzida a Grécia e para que estão a ser encaminhados outros países da Europa, designadamente Portugal e a par do risco de alastramento do incumprimento à Itália e à Espanha, a Reunião Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da Zona Euro de 22 de Julho tomou decisões que constituem um novo e mais grave passo no sentido da limitação da soberania dos Estados, uma resposta no sentido da garantia dos interesses do capital financeiro e das principais potências europeias, um factor de agravamento da situação do país e de limitação ao seu desenvolvimento e progresso.

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Vivemos o maior roubo organizado da história da humanidade

     Há mais de 2 anos escrevia: «Dez biliões de euros (10.000.000.000.000) em 20 meses. Mais de 50 vezes o PIB de um país como Portugal. Ou 30 apartamentos com 150 metros quadrados de área cheios de notas de 500 euros até ao tecto. Tal é a verba injectada pelos bancos centrais e pelos governos, só no sistema financeiro, desde Agosto de 2007. Há um ano este número, a todos os títulos obsceno, era dez vezes menor. E não se vislumbra quando parará de crescer.» E ainda não parou…

Os governos acorreram a salvar o capital financeiro na primeira explosão da actual crise. A banca, as sociedades financeiras, as companhias de seguro, os fundos, receberam dos cofres dos Estados milhões de milhões de Euros. De mão beijada, à borla. As dívidas privadas foram assim transformadas em dívidas públicas.

Em consequência os Estados endividaram-se. Mas o saque não parou.

Na zona euro, onde o roubo organizado assume requintes de cinismo, os governos não podem contrair empréstimos junto do Banco Central Europeu (BCE). Como resolver a questão? Fácil!

O BCE empresta aos bancos privados a uma taxa de juro de 1%. Ou seja, por cada 1 milhão que pedem emprestado pagam 10 mil euros de juros. De seguida «emprestam» aos Estados a taxas de juro de 7, 8, 9, 10% e mais. Isto é, por cada 1 milhão que «emprestam» recebem em troca 70, 80, 90, 100 mil euros ou mais. Traduzido: um lucro entre 600 e 900 por cento!!! Ou mais…

Quem não gostaria de ter um negócio assim? Mas a coisa não fica por aqui. De seguida, pegam nos títulos da dívida, os tais que segundo eles são um grande risco e daí as elevadas taxas de juro que cobram, e vão apresentá-los como garantia junto do BCE para novos empréstimos. É a agiotagem no seu melhor.

E o roubo prossegue através da manutenção dos enormes privilégios fiscais de que continuam a gozar os grupos económicos. Segundo o Relatório do Orçamento do Estado, o governo de Portugal prevê PERDER, só em 2011, 1.370 milhões de euros (!!!) de receita fiscal resultante de benefícios fiscais concedidos a empresas (no período 2005/2011, são 12.263 milhões de euros). Acresce que uma grande parte (como os resultantes das isenções de mais-valias e de lucros distribuídos que não são tributados), não é contabilizada.

Como tentam pagar todo este saque? Transferindo para os trabalhadores e os povos os custos do roubo.

É disto que trata o Pacto entre as Troikas. Dele falaremos em próximo artigo.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In "Jornal do Centro" - Edição de 24 de Junho de 2011

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A Crise do Sistema Capitalista: Fusão explosiva

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É mentira sim senhor!

    A mentira descarada e despudorada, propalada aos quatro ventos, é o sinal de marca da troika de partidos – PS, PSD e CDS – que nos desgovernam há 35 anos.

Há um ano, finais de Março de 2010, era aprovado na Assembleia da República o dito Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC 1). Na altura os partidos do chamado «arco do poder» aldrabaram-nos conscientemente. Disseram e escreveram que o PEC 1 era para reduzir o défice e baixar as taxas de juro que os chamados mercados financeiros nos estavam a cobrar (então entre 3 e 4%).

Isto quando sabiam perfeitamente que se multiplicavam os sinais de um rápido agravamento da crise do sistema capitalista. Quando conheciam, ao pormenor, que os muitos milhares de milhões entregues pelos governos à grande finança tinham apenas sustido temporariamente o colapso e preservado os lucros. Mas sem resolver os problemas de fundo. E, além disso, criando um novo factor de crise: o endividamento incomportável da generalidade dos estados. Sabiam, mas esconderam a realidade e mentiram-nos.

Os comunistas portugueses, pelo seu lado, falaram a linguagem da verdade. Como sempre fizeram, fazem e farão. O PCP previu e preveniu que o PEC seria o «desastre económico e social do País». Afirmou e demonstrou que «O que o Governo apresenta não é um programa de estabilidade, nem de crescimento, mas sim um programa de instabilidade, de retrocesso e de declínio nacional». Na Assembleia da República foi assumido que o PEC 1 «deixará o País em 2013 em situação ainda pior do que aquela em que está hoje». Pouco mais de 1 ano passado a realidade aí está a dar-lhes razão.

Ao mesmo tempo, o PCP apresentou propostas e políticas alternativas que, a terem sido aprovadas e aplicadas, hoje a situação económica e social do País estaria bem diferente. Para melhor.

E a mentira continua. Por estes dias, falam em «ajuda» do FMI/BCE e União Europeia a Portugal e aos portugueses. Só que os objectivos do «Acordo» não deixam margem para dúvidas:

Impor brutais sacrifícios aos mesmos de sempre, aos que não têm a mínima culpa na situação existente. Aumentar as benesses aos mesmos de sempre, aos que estão na origem da crise e que dela sempre têm retirado lucros fabulosos.

É tempo de as políticas de mentira darem lugar a políticas de verdade. Em política, como na vida, existem sempre alternativas. Votar CDU no dia 5 de Junho é o melhor caminho para começarmos a retirar Portugal do atoleiro em que o mergulharam.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In "Jornal do Centro" - Edição de 13 de Maio de 2011

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A Crise do Sistema Capitalista: Implosão do mercado dos Títulos do Tesouro dos EUA no 2º semestre de 2011

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Leitura Obrigatória (CCXXXIII)

São de leitura obrigatória os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal:

«Um estudo recente do próprio FMI, publicado este ano, veio confirmar as consequências graves de uma consolidação orçamental tão grande (4,6% do PIB), feita num período tão curto (apenas 2 anos), e em condições tão desvantajosas para Portugal como é aquela que o governo, com apoio do PSD, pretende fazer. As consequências são tão nefastas para os portugueses e para o futuro do País, que alterar rapidamente essa politica é uma exigência sentida pela maioria dos portugueses, como mostrou a dimensão da adesão à greve geral.

Segundo esse estudo do FMI, "em dois anos, uma consolidação fiscal equivalente a 1% do PIB tende a reduzir o PIB em aproximadamente 0,5%, aumenta o desemprego em cerca de 0,3%, e reduz a procura interna (consumo e investimento) em aproximadamente 1%".»

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