China: Guerra de propaganda
«A União faz a força» Foto Mário Cruz/Agência Lusa
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Face à acção e ao papel da China no combate à COVID-19, seja no plano nacional, seja no plano internacional, os sectores mais reaccionários e anticomunistas, têm intensificado a guerra de propaganda contra a China, em que a Administração Trump assume a dianteira com particular ferocidade, talvez para esconder a sua responsabilidade na ausência de resposta adequada ao surto epidémico no seu próprio país.
Uma guerra de propaganda que utiliza a mais baixa injúria para tentar decretar a estigmatização e a responsabilização da China pelo surto epidémico – recorde-se a xenófoba utilização por Trump da expressão «vírus chinês» para referir o novo coronavírus –, e depreciar e esconder a solidariedade e a cooperação da China com outros países no combate ao surto epidémico.
Fingindo ignorar as interrogações que se colocam sobre as origens do vírus e as análises daqueles que, incluindo nos próprios EUA, colocam a possibilidade da COVID-19 ter surgido inicialmente neste país, Mike Pompeo – secretário de Estado norte-americano e antigo director da CIA –, doutrina aos servis e aos incautos do mundo que o Partido Comunista da China é a «ameaça número um dos nossos tempos».
No entanto, a evolução da situação em cada país, o combate à pandemia e o papel nela desempenhado pela China, têm contribuído para desmascarar a guerra de propaganda promovida pelos EUA (e também papagueada pelos seus serviçais em Portugal). EUA que, no actual contexto de emergência sanitária mundial, não têm pejo em manter e intensificar o bloqueio contra Cuba e as sanções ilegais contra outros países, como o Irão, a Síria ou a Venezuela, dificultando-lhes intencionalmente e de forma criminosa o acesso a medicamentos e a equipamentos médicos.
Exemplos da guerra propagandística contra a China não faltam, incluindo em Portugal. Face à operação contra a China desenvolvida por órgãos de comunicação social no Reino Unido, um porta-voz da embaixada chinesa neste país realçou que as infundadas e falsas notícias difundidas ignoram por completo os enormes esforços e sacrifícios realizados pela China e o seu povo na luta contra a epidemia e negam a significativa contribuição do seu país para a defesa da saúde noutros países. Recordou que, após o aparecimento do surto de COVID-19, a China rapidamente identificou o patogénico do vírus, partilhou a sua sequência genética com a OMS e adoptou todas as medidas adequadas para conter a propagação da doença. Além disso, a China partilhou a sua experiência e ofereceu assistência a mais de 120 países, incluindo o Reino Unido. Em vez de distorcerem e difamarem os esforços e as contribuições da China, o diplomata chinês apontou que os órgãos de comunicação social deveriam abandonar a sua arrogância e preconceitos e ver objectivamente os esforços e resultados da China na luta contra a COVID-19 e na ajuda a outros países.
O mundo tem os olhos postos na China. A sua capacidade para ultrapassar dificuldades criadas pelo surto da COVID-19 à sua economia é da maior importância, não só para o povo chinês – com a concretização dos objectivos de desenvolvimento apontados pelo Partido Comunista da China e o Governo chinês –, mas também para a economia mundial. Reconhecer, como a Organização Mundial de Saúde reconheceu, o papel decisivo da República Popular da China para combater e derrotar o surto epidémico, e desenvolver acções de solidariedade e cooperação no plano internacional – incluindo com Portugal – é da mais elementar seriedade e justiça.»
Sublinhados meus