Definição da defesa da floresta portuguesa como prioridade da acção política
As causas deste flagelo:
- desinvestimento, desordenamento, falta de limpeza das matas, escassez dos meios permanentes e dos meios especiais de combate aos fogos,
causas mais determinantes
a ausência de políticas de apoio ao desenvolvimento da agricultura, aos pequenos e médios agricultores e produtores florestais,
o sistemático afrontamento das comunidades dos baldios,
a destruição da agricultura familiar,
a desertificação do interior incentivadas por falta de actividade produtiva com garantia de rendimento para os produtores,
- a eliminação de serviços públicos (em particular, escolas e serviços de saúde)
e que se acentuaram no mandato do anterior Governo PSD/CDS, com
a aprovação da chamada Lei da Eucaliptização, que levou ao aumento significativo das áreas de eucalipto plantadas,
com a aprovação de uma nova lei dos baldios visando a sua expropriação aos povos,
- ou com o desvio de mais de 200 milhões de euros do PRODER para outras áreas.
O PCP reitera hoje o que vem afirmando há décadas.
O problema dos incêndios florestais só pode ser resolvido
com uma efectiva política de ordenamento florestal,
contrariando as extensas monoculturas,
de limpeza da floresta,
de plantação de novas áreas de floresta tradicional,
combatendo a hegemonia do eucalipto – que passou a ser a espécie que ocupa mais área no País, à frente do pinheiro bravo e do sobreiro –,
de abertura de caminhos rurais e aceiros,
de valorização da agricultura e da pastorícia,
- de ocupação do espaço rural.