«É COVID-19, estúpidos»*
Ela foi comunicada oficialmente à OMS no dia 31 de Dezembro (se tivesse sido mais tarde, seria Covid-20…), quando havia poucas dezenas de casos de uma doença ainda desconhecida (WHO Situation Report 1).
Durante dois meses, quando parecia que a epidemia se confinava à China, Irão e países vizinhos, a comunicação social entretinha-se a denegrir a China e os seus esforços de contenção e combate à epidemia.
Tudo era ‘culpa do regime’.
Falavam do «momento Chernobil de Xi Jinping» e anteviam o «colapso».
Mas a realidade é que, com medidas firmes, apoiadas em mecanismos de protecção social, a China foi capaz de conter a epidemia essencialmente numa única província, e pode bem vir a ser dos países menos afectados (em relação à sua população) pela pandemia.
Não fez as manchetes, mas no final duma notícia do New York Times (20.3.20) lê-se que «não se conhece nenhum caso, entre os 42 000 trabalhadores da saúde enviados para Wuhan, de infecção com o coronavirus. Os Estados Unidos não estão a proteger os trabalhadores da saúde com a mesma determinação: parecem estar a traí-los».
* A frase já dita e repetida «é a economia, estúpido» foi da autoria do estratega de Bill Clinton nas eleições presidenciais nos USA de 1992, James Carville, especialista em marketing político, que gizou a estratégia ganhadora de Clinton sobre Bush Pai.