Mais um contributo de Belmiro de Azevedo para o aumento da produtividade em Portugal...
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«Os salários só podem aumentar - e oxalá que isso aconteça -- quando, de facto, um trabalhador português fizer uma coisa igual, parecida, com um trabalhador alemão ou inglês, seja o que for», afirmou Belmiro de Azevedo, à margem da cerimónia de entrega dos diplomas dos finalistas do MBA Executivo da Porto Business School.
Esqueceu-se de explicar o porquê de os trabalhadores portugueses estarem entre os mais produtivos na Alemanha e em todos os países de Europa onde estão emigrados. PORQUE SERÁ?
Jerónimo de Sousa explica:
(...)
Desde logo porque a produtividade e competitividade não se podem resumir como se pretende à produtividade do trabalho e nem esse é o “factor” principal e determinante da nossa baixa produtividade e competitividade.
As suas falsas reformas ditas estruturais não são para resolver os nossos verdadeiros problemas, os que pesam de facto na produtividade e competitividade do país, sejam
os da nossa fraca especialização produtiva;
das debilidades que apresenta a nossa economia na criação e difusão de tecnologia;
a deficiente organização e gestão das empresas e do processo produtivo;
a educação e a formação, incluindo, nomeadamente, as de empresários e quadros dirigentes.
(...)
A redução dos custos
da energia,
água,
combustíveis,
das comunicações,
dos transportes
e do dinheiro
em muito casos superiores em relação à média comunitária, em resultado de uma política de privatizações e de favorecimento dos grandes grupos económicos e financeiros.
Não é a intensificação do trabalho, nem a redução dos salários que resolverá o problema da menor produtividade e competitividade do país.
(...)
Perceberam quais são os factores que, de facto, pesam na produtividade e na competitividade?
Ou precisam de um desenho?...
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