Não, não vamos ficar todos bem (III)
- Em abril de 2019,
- mais de 1 em cada 4 trabalhadores recebia o Salário Mínimo Nacional;
- um em cada cinco trabalhadores com contratos precários;
- metade dos desempregados sem proteção social de desemprego, devido sobretudo à precariedade laboral;
- elevado desemprego de longa duração;
- 10% de trabalhadores pobres.
«um quarto das pessoas de famílias que ganhavam até 650 euros perdeu todo o rendimento», enquanto que «nas categorias de rendimentos superiores a 2500 euros apenas 6% das pessoas perderam o seu rendimento». (INE)
Os muito falados 15,5 mil milhões de euros que Portugal pode vir a receber do novo fundo de recuperação da União Europeia não só são inferiores aos mais de 25 mil milhões de euros em juros da divida que Portugal no mesmo período de quatro anos vai pagar, como tal fundo se traduzirá, no futuro, em novos encargos nacionais e em novas cedências de soberania como vão anunciando.
A principal e mais importante condição de retoma económica é a da defesa do tecido económico, da valorização dos salários, pensões e rendimentos dos trabalhadores e do povo.
Porque a pobreza não é uma fatalidade histórica e social, é indispensável enfrentá-la no presente para a eliminar no futuro.