O processo de transformação revolucionária no Chile iniciado com a eleição do presidente Allende e a formação do governo de Unidade Popular, em Setembro de 1970, alarmaram os EUA.
Aliado às forças fascistas e ao grande capital chileno o imperialismo não olhou a meios para destruir o processo democrático.
Antes da tomada de posse de Allende, a CIA assassina o Comandante-Chefe do Exército.
Sucedem-se actos de violência visando a desestabilização social e a paralisação da economia do país para minar o apoio popular ao governo.
Não o conseguindo, é desencadeado o golpe de Estado chefiado por Pinochet, de uma bestialidade atroz: dezenas de milhares de mortos, incluindo Salvador Allende, centenas de milhares de presos, torturados ou exilados, o Parlamento dissolvido, o Palácio Presidencial destruído a tiros de canhão e bombas da aviação, os partidos políticos proibidos.
A 11 de Setembro de 1973, no Chile de Salvador Allende (cujo centenário do nascimento se comemora neste ano de 2008), Augusto Pinochet executava a fase final de um golpe. Golpe há muito preparado e anunciado pela comunicação social dominante como «inevitável». Golpe que desde o início foi fomentado, financiado e apoiado pela CIA, obedecendo às ordens da Administração Nixon.
Um ano depois da sangrenta tomada do poder o então Presidente, não eleito sublinhe-se, Gerald Ford foi entrevistado pela revista «Time». Questionado sobre que lei internacional dava aos EUA o direito de tentar desestabilizar um governo constitucionalmente eleito de outro país respondeu lapidar: «Não vou pronunciar-me aqui sobre se isso é ou não permitido por leis internacionais. É um facto reconhecido, no entanto, que tanto historicamente como no presente, tais acções se aplicam no melhor interesse dos países envolvidos. O nosso governo, tal como outros governos, empreende essas acções para ajudar a boa orientação das políticas externas e para proteger a segurança nacional... A CIA tentou ajudar, no Chile, a preservação dos jornais opositores e das rádios e apoiar os partidos da oposição».
António Vilarigues in jornal "Público" - Edição de 19 de Setembro de 2008
Não podemos permitir que a manipulação mediática em torno dos atentados de há dez anos em Nova Iorque atire para o esquecimento a tragédia do 11 de Setembro chileno, sobretudo quando, perante o desenvolvimento de um amplo movimento juvenil e popular, a besta fascista volta a mostrar as garras assaltando a sede do Partido Comunista Chileno. Em tempos que são de violenta ofensiva do grande capital com o propósito de reduzir o mais possível os custos unitários da força de trabalho e recolonizar o planeta, o significado e lições do sangrento golpe militar fascista de 11 de Setembro de 1973 não devem ser esquecidos.
"El 11 de septiembre de 1973 el Ejército Chileno abortaba con fuerza criminal la experiencia socialista del gobierno de la Unidad Popular encabezado por el presidente Salvador Allende, lo que implicó su muerte y la de miles de chilenos. Este golpe de Estado significaría una experiencia inédita y el oscuro preludio de lo que hasta hoy seguiría haciendo Estados Unidos en el resto de América Latina. A continuación, un breve recorrido por los mil días de gobierno socialista en Chile y los sucesos relacionados con el golpe de Estado del 11 de septiembre. La orden del golpe fue dada por Richard M. Nixon, segundada por Henry Kissinger. La preparación del golpe de estado en Chile y demás países latinoamericanos fue impartida desde la Escuela de las Américas instituida en 1946 con sede en Fort-Amador y transferida luego a Fort-Gullik en 1949 en la zona del Canal de Panamá y desde 1963 bajo el mando del comando Sur del Ejército de los Estados Unidos. Por sus aulas pasaron oficiales y suboficiales de los ejércitos de la mayor parte de los países latinoamericanos. Permitió formar ideológica y militarmente a más de 45.000 oficiales de 22 países Latinoamericanos, en especial donde la subversión era considerada de primera magnitud, en particular Brasil, Uruguay, Argentina, Chile, Bolivia y Paraguay. Entre sus alumnos estuvieron los generales golpistas Viola y Videla (Argentina), Somoza (Nicaragua), Pinochet (Chile), Stroessner (Paraguay), Banzer (Bolivia), Melgar Castro (Honduras), Carlos Humberto Romero (El Salvador)".
Trailer for The Wind That Shakes the Barley a Ken Loach film set during the Irish War of Independence (1919--21) and the Irish Civil War (1922--3). Written by long-time Loach collaborator Paul Laverty, this drama tells the story of two County Cork brothers, played by Cillian Murphy and Pádraic Delaney, who join the Irish Republican Army to fight for Irish independence from Great Britain.
Widely praised, the film won the Palme d'Or at the 2006 Cannes Film Festival.
Loach's biggest box office success to date, the film did well around the world and set a record in Ireland as the highest-grossing Irish-made independent film ever.