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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Leitura Obrigatória: Dossier segunda guerra mundial

Dossier Segunda Guerra Mundial     Dossier segunda guerra mundial

 

«Faz agora 70 anos que terminou a maior de todas as guerras que a Humanidade, na sua história milenar, já conheceu: 50 milhões de mortos, muitos milhões de homens em armas, numerosos países envolvidos, destruições incalculáveis na economia, nas riquezas naturais e património cultural acumulado ao longo de séculos.

Para quem acompanhe com alguma atenção os meios de comunicação social, torna-se evidente que as comemorações do fim da Segunda Guerra Mundial servem já hoje, em Portugal e no estrangeiro, a uma grande campanha ideológica da reacção e do imperialismo.

A resposta documentada, concreta e convincente a esta campanha de falsificação exige por isso, não só uma ampla e larga divulgação da verdade histórica sobre os acontecimentos daquela época, como também um combate actualizado e interveniente em defesa da paz mundial, estabelecendo uma permanente e viva relação entre a vitória da coligação anti-hitleriana de Estados e povos e a luta que hoje se trava em defesa da paz.»

In Edições «Avante!»

 

Este Dossier procura dar um contributo para que este objectivo seja alcançado.

 

Minudências...

victory-day-moscow-1945

Ao ler o discurso de Vladimir Putin no dia 9 de Maio fiquei a saber que militares de 10 países - Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, China, Índia, Mongólia, Sérvia,  Quirguízia e Tadjiquistão - participaram ao lado das tropas da Rússia no desfile do Dia da Vitória.

Foi em vão que procurei a notícia na comunicação social dominante. Muitos referiram o agradecimente aos povos que combateram o nazi-fascismo. Nenhum noticiou a sua participação na parada militar.

 

Minudências, dizem eles...

 

O que querem apagar da história?

reichstag_flag_original

Decorreram 70 anos desde o fim da II Guerra Mundial. Passaram 26 anos sobre a queda do Muro de Berlim e 24 anos desde o fim da URSS. Com a sua atitude de não comparecerem em Moscovo no dia 9 de Maio de 2015 nas cerimónias do Dia da Vitória o que querem apagar da História os poderes dominantes?

Querem apagar da História que a política da «solução final» não abrangeu apenas os judeus. Alargou-se aos ciganos e aos eslavos.Em apenas 3 anos (1941-43) 1/3 da população masculina da Bielo-Rússia foi aniquilada. Refira-se dois factos, entre inúmeros outros, nunca citados na historiografia dominante: noventa e nove por cento dos mais de mil campos de concentração nazis foram construídos a LESTE de Berlim! E aí morreram mais de 4 milhões de cidadãos soviéticos.

Querem apagar da História que foram os comunistas que tiveram o triste privilégio de inaugurar os campos de concentração hitlerianos e de neles serem literalmente quase exterminados. O PC Alemão em 1933 tinha centenas de milhares de membros. Em 1945 eram pouco mais de mil.

Querem apagar da História que nos países ocupados pela Alemanha e pelo Japão os comunistas desempenharam um papel essencial, muitas vezes decisivo, na condução da Resistência. De 1940 a 1944, setenta e cinco mil comunistas franceses morreram torturados, fuzilados ou em luta directa com o ocupante. A história repetiu-se em Itália, na Checoslováquia, na Polónia, na Albânia, na Jugoslávia (1 milhão de mortos), na Hungria, na Bulgária, nas Repúblicas Bálticas. Na China, no Vietname, nas Filipinas, etc., etc., etc.. No mínimo exige-se dos seus adversários que respeitem a sua memória.

Querem apagar da História o papel que cada Aliado desempenhou na II Guerra Mundial. A desproporção quer nos meios envolvidos, quer nos consequentes resultados, é evidente. Na URSS os hitlerianos destruíram 1.710 cidades, 70.000 aldeias, 32.000 empresas industriais, 100.000 empresas agrícolas. Desapareceram 65.000 km de vias-férreas, 16.000 automotoras, 428.000 vagons. As riquezas nacionais da URSS foram reduzidas em mais de 30%. No território dos EUA, excepção feita a Pearl Harbour, não caiu uma só bomba, não se disparou um único tiro.

Querem apagar da História que até começos de 1944 na frente sovietico-alemã operaram, em permanência, de 153 a 201 divisões nazis. Na frente ocidental, no mesmo período, de 2 a 21. Em 1945 a mesma proporção era de 313 para 118. De Junho a Agosto de 1944, ou seja, desde o início da Operação Overlord, as tropas fascistas perderam, entre mortos, feridos e desaparecidos, 917.000 na frente Leste e 294.000 na frente ocidental.

Querem apagar da História que a Alemanha perdeu na sua guerra contra a URSS o correspondente a 3/4 das suas baixas totais. Na frente soviética o exército japonês perdeu cerca de 677.000 homens (na sua maioria prisioneiros). Morreram, recorde-se, em todos os cenários da II Guerra, 250.000 norte americanos, 600.000 britânicos, mais de 25.000.000 de soviéticos (3 milhões dos quais membros do Partido Comunista).

Assistimos a um autêntico assassínio da verdade histórica. Querem apagar a natureza de classe das ditaduras nazi-fascistas, ignorar os seus crimes e a cumplicidade das grandes potências capitalistas. Querem silenciar e ocultar que essas mesmas potências fecharam os olhos às agressões à Etiópia, à Espanha republicana, à Áustria, à Checoslováquia. Querem esconder que a Segunda Guerra Mundial foi inseparável e consequência da crise do capitalismo e da ascensão do fascismo como resposta de classe a essa mesma crise. Querem apagar o papel da União Soviética e da resistência dos povos na derrota do nazifascismo.

Bem podem recorrer aos filmes de Hollywwod e às séries de Televisão. Ou, aos documentários (mais ou menos científicos) e às análises escritas e faladas. A realidade, essa «chata», não se deixa apagar.

É por isso que, como já foi dito, a defesa da verdade histórica é parte integrante das lutas que é hoje necessário travar.

 

70.º Aniversário da Vitória sobre o nazi-fascismo

Soldado Bandeira URSS Reichstag Berlin 1945

Em 2 de Maio de 1945, culminando o imparável avanço do Exército Vermelho, a bandeira da União Soviética foi hasteada no Reichstag em Berlim e poucos dias depois a Alemanha nazi assinava a sua capitulação incondicional. O dia 9 de Maio de 1945, cujo 70.º aniversário este ano comemoramos, passou a ser conhecido como o «Dia da Vitória», porque ele simboliza a vitória sobre o nazi-fascismo e o seu sinistro projecto de exploração e opressão dos povos com a instauração da «nova ordem» hitleriana e o fim da maior carnificina da História da Humanidade que foi a 2.ª Guerra Mundial.

Uma guerra em que pereceram mais de 60 milhões de pessoas, na sua grande maioria civis, em que as hordas fascistas semearam o terror e praticaram os piores crimes nos territórios invadidos, em que o bombardeamento indiscriminado de centros urbanos conduziu ao massacre de populações inteiras. Nos campos de concentração nazis, de trabalho escravo para os monopólios alemães e de extermínio em massa, morreram milhões de homens, mulheres e crianças, quatro milhões dos quais em Auschwitz.

Uma guerra em que os povos dos países invadidos pelos nazis, enfrentando a mais cruel repressão e as retaliações mais brutais, resistiram corajosamente às forças de ocupação, provocando-lhes pesadas baixas e em que, na frente de batalha como na organização e na acção da Resistência, os comunistas, com outros anti-fascistas, escreveram páginas de grande heroísmo.

Ler texto integral

 

Tocha da FIR já tem programa em Portugal

URAP2

 A URAP associou-se à iniciativa da FIR (Federação Internacional de Resistentes), na qual é federada, que neste ano de 2015, com o pretexto de assinalar e comemorar o 70º Aniversário do fim da II Guerra mundial e da derrota do Nazi-Fascismo, fará percorrer a sua tocha, a Tocha da Liberdade e da Paz, por vários países da Europa num percurso que terminará em Berlim no mês de Maio.

A Tocha da FIR chega a Portugal a 29 de Janeiro e inaugura as comemorações na Cidade do Porto, onde de manhã ocorrerá uma sessão-aula para alunos da Escola Secundária de Gondomar e da parte da tarde dá-se às 17h a recepção da Tocha na Praça da Liberdade e subsequente partida para os Fenianos, onde ocorrerá uma Sessão Pública alusiva ao 70º aniversário da II Guerra Mundial.

No dia 30 de Janeiro a tocha dirigir-se-á à cidade de Aveiro, onde ocorrerá uma sessão-debate na Escola Secundária de Vagos.

A 1 de Fevereiro a Tocha rumará a Peniche onde (até dia 1 de Fevereiro), com a colaboração da Câmara Municipal de Peniche, sob o lema "Tocha da Liberdade em Peniche – 70º aniversário do final da 2ª Guerra Mundial" vão ocorrer diversas iniciativas tais como uma sessão de poesia na Escola Secundária de Peniche (dia 30, pelas 21:30h), uma visita à fortaleza de Peniche (com recepção da tocha pelas 10:30h de dia 1 de fevereiro), a inauguração de exposições (com destaque para a exposição "70º aniversário do fim da 2ª Guerra Mundial e da vitória sobre o nazi-fascismo", organizada pela URAP e patente até 5 de Abril, na fortaleza de Peniche) e o percurso da Tocha da Liberdade pelo concelho de Peniche (com a participação e colaboração do "Berlengas Bike Team", da Associação Recreativa, Cultural e Desportiva de Ferrel e do "Vespas Clube do Oeste").

Posteriormente até dia 5 de Fevereiro a Tocha percorrerá a cidade de Grândola, a cidade de Loures e na Freguesia de Alhandra, onde a URAP contará com o apoio das Câmaras Municipais de Grândola e de Loures e a União de Freguesias de Alhandra.

No dia 6 de Fevereiro, a Tocha estará na Cidade do Barreiro onde, com a colaboração da Câmara Municipal, da parte da manhã passará por várias zonas operárias do Concelho, sendo depois colocada no largo do mercado 1º de Maio (pelas 10h) onde posteriormente vai decorrer uma pequena sessão solene (pelas 10:05h) e um conjunto de outras actividades que se prolongam até à tarde, momento em que (pelas 15h) decorrerá no espaço J uma sessão-conversa dedicada à Paz e aos 70 anos do fim da II Guerra Mundial, terminando este dia no Cineclube do Barreiro com um Filme sobre a II Guerra Mundial seguido de debate.

Posteriormente é a vez do Seixal a 7 de Fevereiro receber a Tocha da Paz (onde com o apoio da respectiva Câmara Municipal, se inaugurará uma exposição da URAP, haverá o início de um ciclo de cinema e uma sessão-debate) e de Setúbal, a 8 de Fevereiro (contando também com o apoio da respectiva Câmara Municipal).

Entre 10 e 11 de Fevereiro é a vez da cidade de Almada receber a Tocha da FIR, onde com o apoio da Câmara Municipal de Almada estão previstas diversas iniciativas, sendo de destacar a recepção oficial da Tocha nos Paços do Concelho (pelas 10h), o percurso pelas 11 freguesias do concelho e uma sessão solene de encerramento (pelas 21h) no Fórum Romeu Correia.

Finalmente este périplo culminará a 12 de Fevereiro de 2015 na Cidade de Lisboa, onde com a colaboração da União de Sindicatos de Lisboa, ACCL, Voz do Operário, da Casa do Alentejo, do CPPC e de outras organizações, onde haverá, entre outras coisas, uma recepção da Tocha no Rossio, seguida de um cordão humano e que culminará com uma sessão de encerramento das actividades da Tocha da Paz e da Liberdade/FIR, a realizar no Rossio.

URAP1

 

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