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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Há 40 anos, em Portugal - O golpe contra-revolucionário do 25 de Novembro

Pavilhao_desportos_1975-08-14

Desde as primeiras horas do 25 de Abril, à medida que o processo revolucionário avançava, levantaram-se forças saudosistas que, pelos mais diversos meios – sabotagens, campanhas de calúnias e intrigas, boicotes, conspiração, golpes – procuraram a «révanche» fascista.

A seguir ao golpe do 11 de Março, reagindo ao impetuoso avanço antimonopolista da Revolução com o aprofundamento das suas conquistas e procurando paralisar o processo de descolonização já em marcha, a reacção desencadeou uma ofensiva de grandes proporções, que ganhou novo alento após as eleições para a Assembleia Constituinte (25 de Abril de 1975) com o confronto e a ruptura entre o processo eleitoral e a dinâmica revolucionária.

 

Apresentação do 5º Volume das Obras escolhidas de Álvaro Cunhal

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Clicar na imagem para ampliar

 

Este 5º Volume das “Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal”, debruça-se sobre o período que vai de Abril/Maio de 1974 a Dezembro de 1976, contendo documentos únicos para a compreensão do 25 de Abril e do processo contra-revolucionário que se lhe seguiu.

 

25 de Novembro: A verdade dos factos (conclusão)

   A preparação e a execução do golpe militar contra-revolucionário de 25 de Novembro realizou-se no quadro complexo e movediço de alianças diversas e contraditórias, de arrumações e desarrumações de forças em movimento, de objectivos políticos e militares diferenciados e incompatíveis no que respeita ao que cada qual pretendia como resultado final do golpe.

Mário Soares e o PS participaram com importante contribuição na formação da grande aliança contra-revolucionária anticomunista e anti-MFA, que conduziu ao golpe. Mas pela identificação dos seus objectivos e pela sua colaboração estreita e prioritária com as forças mais reaccionárias, estiveram à margem do processo efectivo de preparação do golpe e não conseguiram desencadear o que apelidavam de «contra-golpe», nem conseguiram o seu objectivo de reprimir e ilegalizar violentamente o PCP e o movimento operário.

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25 de Novembro: A verdade dos factos (2)

   Na medida em que avançava a preparação do golpe militar contra-revolucionário, travou-se acesa luta política em torno dos trabalhos e das funções da Assembleia Constituinte.
Soares pretendia (tal como Freitas do Amaral) que a Assembleia Constituinte, sem aprovar a Constituição, se transformasse de imediato num órgão do poder para fazer leis gerais e escolher novo governo. Pretendia no imediato, tendo Mário Soares como Primeiro-Ministro, formar governo em substituição do VI Governo Provisório.

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25 de Novembro: A verdade dos factos (1)

   O capítulo 8 do livro «A verdade e a mentira na Revolução de Abril: A contra-revolução confessa-se», de Álvaro Cunhal, é dedicado ao 25 de Novembro. De forma objectiva, o livro do ex-secretário-geral do PCP põe a nu a história deste golpe militar contra-revolucionário que, 38 anos volvidos, continua a ser manipulada e branqueada por quantos têm como principal objectivo denegrir o PCP. Dada a sua extensão, o capítulo será publicado em três partes, na certeza de que será um valioso contributo para repor a verdade dos factos.

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Leitura Obrigatória (CXIV)

    O Abalo do Poder (Jaime Serra)

Neste livro o autor passa em revista os principais acontecimentos deste período tão rico e conturbado do nosso passado recente, opondo-se, com factos e argumentos, às tentativas de deturpação da verdade histórica, hoje tão em voga.

           

In Edições «Avante!»

             

A anedota da semana (II)

   Este senhor na foto chama-se Pedro Moutinho e é, por estranho que possa parecer, o actual líder da Juventude Popular.

Segundo refere a Lusa: «No almoço do CDS-PP que assinalou o aniversário da operação militar do 25 de Novembro de 1975, na Amadora, Pedro Moutinho disse ser preciso "apontar com frontalidade" alguns dos principais responsáveis por actos como os "sequestros e incêndios às sedes do CDS-PP logo após a revolução de Abril de 1974 e que continuam hoje no activo".

"Falo do actual presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que mais tarde se renderia às virtudes do capitalismo. Falo também das bombas das FP 25 de Abril e políticos actuais como Francisco Louçã, Luís Fazenda, Jerónimo de Sousa, Odete Santos e Bernardino Soares".»

Confesso que quando vi um resumo da notícia a passar em rodapé no noticiário de domingo na RTP1 me deu um ataque de gargalhadas.

Não sei onde é que Pedro Moutinho estudou história. E em que estado tinha a cabeça neste almoço. Mas gostaria de saber. Registe-se que:

  1. O actual líder parlamentar do PCP, Bernardino José Torrão Soares, nasceu no dia 15 de Setembro de 1971, tendo por isso quatro anos quando se deu o 25 de Novembro de 1975;
  2. Em relação às Forças Populares 25 de Abril não consta que existissem em 1975, muito menos que tenham actuado nesse ano. Esta organização foi formalmente fundada em 1980 (no período do primeiro Governo da Aliança Democrática, liderado por Francisco Sá Carneiro), ano em que começou a desenvolver a sua actividade;
  3. Jerónimo de Sousa e Odete Santos tinham muito mais que fazer do que andar a assaltar sedes do CDS (ainda não era PP...). Actos que, inequivocamente, o PCP SEMPRE condenou. Quer em comunicados da sua direcção, quer em intervenções públicas dos seus dirigentes.
  4. Já a inversa não é verdadeira. Seria aliás muito  interessante que Pedro Moutinho nos esclarecesse sobre a participação de dirigentes e activistas do CDS nos assaltos, mortes e destruição verificados nos Centros de Trabalho do PCP nesse mesmo ano de 1975.
  5. Com dirigentes desta qualidade que credibilidade espera ter a Juventude Popular?

O meu agradecimento ao autor. Ri-me até me doer a barriga…
   

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