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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

1º Maio 1974 - 1º Maio 2020

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Viva o 1º de Maio!

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O Futuro
 
Isto vai meus amigos isto vai
um passo atrás são sempre dois em frente
e um povo verdadeiro não se trai
não quer gente mais gente que outra gente.


Isto vai meus amigos isto vai
o que é preciso é ter sempre presente
que o presente é um tempo que se vai
e o futuro é o tempo resistente.

Depois da tempestade há a bonança
que é verde como a cor que tem a esperança
quando a água de Abril sobre nós cai.

O que é preciso é termos confiança
se fizermos de Maio a nossa lança
isto vai meus amigos isto vai.
                                                

José Carlos Ary dos Santos

 

1º Maio 1974 - 1º Maio 2014

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Todos ao 1º de Maio!

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O Futuro    
 
Isto vai meus amigos isto vai
um passo atrás são sempre dois em frente
e um povo verdadeiro não se trai
não quer gente mais gente que outra gente.


Isto vai meus amigos isto vai
o que é preciso é ter sempre presente
que o presente é um tempo que se vai
e o futuro é o tempo resistente.

Depois da tempestade há a bonança
que é verde como a cor que tem a esperança
quando a água de Abril sobre nós cai.

O que é preciso é termos confiança
se fizermos de Maio a nossa lança
isto vai meus amigos isto vai.

                                                

José Carlos Ary dos Santos

                                        

Tertúlia evocou Mulheres de Abril

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Ah, amigas! A liberdade é um bem tão precioso!” palavras de Hermínia Sousa Santos, ontem, 26 de Abril, ditas por Rosa Oliveira e Ana Lopes, perante algumas dezenas de participantes na Tertúlia Mulheres de Abril.

Integrada nas comemorações populares do 25 de Abril em Viseu, esta iniciativa promovida pelo MDM – Viseu, abriu com uma História de Luta e de Coragem, uma história real ocorrida a 13 de Abril de 1964, em pleno regime ditatorial. O relato arrepiante de uma prisão realizada pela PIDE. A descrição dos dias passados por uma mãe e o seu bébé na cadeia de Caxias, retrato da profunda desumanidade fascista.

Seguiu-se a actuação das «Segue-me à Capela» que, recriando ambientes sonoros de trabalho, romaria e folia, mostraram que a música também é resistência. O canto de raíz popular, belíssimo na harmonia das vozes e na alegria sincera que trouxeram, foi um hino de homenagem a muitas mulheres anónimas que lutaram e lutam pela afirmação da voz e da identidade femininas. Vozes de Mulheres de Abril que cantando afirmam a identidade portuguesa.
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É que o povo é que faz a história” como disse Margarida Barbedo, falando da sua experiência como militante clandestina de um partido político, o único que se manteve em actividade, durante os negros dias salazaristas, o Partido Comunista Português. Foi um relato recheado de afectos, a lembrar momentos significativos de um percurso de vida marcado por actos de resistência. Uma excelente ilustração da coragem necessária para ser mulher, para se ser mulher militante quando o crime é apenas pensar que é possível um mundo mais justo e mais humano.

Foi também esta coragem que António Vilarigues evocou ao falar de sua mãe, Maria Alda Nogueira, figura incontornável da resistência ao fascismo. Lembrou a mulher de Abril, que dedicou a vida à luta pela igualdade, pela justiça social e pela paz, a mulher MDM. Mas também a aluna brilhante da Faculdade de Ciências, que trocou o trabalho com Irène e Frédéric Joliot-Curie, pela clandestinidade, tendo passado 9 anos nas cadeias da ditadura. António Vilarigues viveu a dura experiência de a visitar na prisão, onde apenas três vezes em cada um dos anos era possível o contacto físico, momentos raros consentidos pela PIDE. Aos dezassete anos, é a vez de ele próprio ser levado a uma vida clandestina durante a qual nasceu a sua filha mais velha, cuja mãe, a jornalista Lígia Calapez, também conheceu a dureza das cadeias políticas. A prisão e a clandestinidade marcaram toda a sua vida, mas também o exemplo da coragem no feminino.

Maria José Gomes, que integra o Conselho Nacional do MDM, evocou nomes como Virgínia Moura e Maria Keil, entre muitas outras mulheres de Abril. Falou das muitas mulheres anónimas que não desistiram nunca de enfrentar a repressão, clamaram pela liberdade de expressão, o fim da guerra colonial, disseram não aos trabalhos penosos e à exploração, ao papel de menoridade atribuído às mulheres. Lembrou a importância que o MDM desempenhou na organização da luta das mulheres antes da revolução dos cravos, falando também da sua passagem pelas cadeias da PIDE. Num apelo a que as mulheres de Viseu se unam na luta pelos seus direitos, afirmou que não basta evocar o passado, é preciso ter presente que os tempos que vivemos são também de combate à desigualdade consequente à austeridade que afecta profundamente a vida das mulheres portuguesas.

Filomena Pires, moderadora da tertúlia, encerrou a iniciativa reafirmando esta ideia e convidando todos os presentes a visitar as exposições MDM que, nas instalações do IPDJ, celebram o 25 de Abril e o 1 de Maio: “Passos de desigualdade” e “Um Século de Luzes e Sombras”.

2013/04/27

MDM - Núcleo de Viseu

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José Carlos Ary dos Santos: As Portas que Abril abriu

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