«Foram atrás dos operários e propuseram ao partido comunista a introdução conjunta do regime soviético. Fizeram-no num momento em que a burguesia, assustada com as exigências da Entente, não queria assumir a responsabilidade pela ruína do país e ofereceu o poder político aos líderes sociais-democratas da classe operária. E assim surgiu a República Soviética da Hungria sem que o partido comunista tivesse conseguido construir a sua organização à semelhança do partido russo; com a instauração do poder soviético até dissolveu algumas das suas mais importantes organizações e, fundindo-se com o partido social-democrata, fundou o Partido Socialista-Comunista. Deste modo, durante aconstrução da República Soviética da Hungria faltou precisamente aquele factor que desempenha um papeldecisivo na Rússia: um partido comunista organizado»
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Páginas desconhecidas (ou quase) da história da luta dos trabalhadores
Quem conhece a existência da República Soviética da Hungria?
600 mil pessoas foram arrancadas da pobreza extrema em cinco anos, sublinhou o presidente do país, Evo Morales, durante uma cerimónia oficial de entrega de terras a camponeses pobres a propósito do Dia da Revolução Agrária.
Nas áreas rurais, a pobreza extrema foi reduzida de 62 por cento para 42 por cento entre 2006 e 2011, e a pobreza em 12 por cento no mesmo período, precisou Morales, citado pela Prensa Latina.
O presidente boliviano sublinhou, ainda, que desde 2006 já foram entregues 62 milhões de hectares de terras a camponeses e cooperativas que delas careciam.
Ariovaldo Umbelino analisa nesta entrevista ao jornal brasileiro "Correio da Cidadania" problemas relacionados com a alta do preço dos alimentos e as suas causas
Em face de mais uma crise mundial que parece explosiva, com a fome e a inflação de alimentos se tornando noticiário nos vários cantos do planeta, conversamos com o professor do departamento de Geografia da USP Ariovaldo Umbelino.
Para Umbelino, a actual situação não deixa a menor margem para diagnósticos ilusionistas: a crise alimentar resultou da total incapacidade do mercado para conduzir à segurança e à soberania alimentar. No Brasil, a ausência de reforma agrária foi também determinante, e a situação é tendencialmente explosiva em função da escalada dos bio-combustíveis.
Correio da Cidadania: A que se pode atribuir, pensando globalmente, o actual problema da fome: à formação especulativa de estoques, à queda de safras, à tomada de terras para os cultivos agro-industriais, todos eles comprometendo a produção de alimentos? Ariovaldo Umbelino: Em primeiro lugar, há de se levar em conta que a falta da produção de alimentos na actual conjuntura tem uma série de motivos, que vou tentar enumerar.