Canção Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar; - depois, abri o mar com as mãos, para o meu sonho naufragar Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas, e a cor que escorre de meus dedos colore as areias desertas. O vento vem vindo de longe, a noite se curva de frio; debaixo da água vai morrendo meu sonho, dentro de um navio... Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça, e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça. Depois, tudo estará perfeito; praia lisa, águas ordenadas, meus olhos secos como pedras e as minhas duas mãos quebradas .
Alain Oulman e AQUI / Cecília Meireles
Para ver e ouvir Amália Rodrigues a cantar « Canção » de Cecília Meireles e Alain Oulman :
Para Ler :
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
publicado às 12:06
Um ensaio musical muito interessante entre duas grandes figuras:
Parte deste ensaio foi reproduzido no filme Fados de Carlos Saura .
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
publicado às 12:11
Gaivota Se uma gaivota viesse trazer-me o céu de Lisboa no desenho que fizesse, nesse céu onde o olhar é uma asa que não voa, esmorece e cai no mar. Que perfeito coração no meu peito bateria, meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia perfeito o meu coração. Se um português marinheiro, dos sete mares andarilho, fosse quem sabe o primeiro a contar-me o que inventasse, se um olhar de novo brilho no meu olhar se enlaçasse. Que perfeito coração no meu peito bateria, meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia perfeito o meu coração. Se ao dizer adeus à vida as aves todas do céu, me dessem na despedida o teu olhar derradeiro, esse olhar que era só teu, amor que foste o primeiro. Que perfeito coração no meu peito morreria, meu amor na tua mão, nessa mão onde perfeito bateu o meu coração.
Alain Oulman e AQUI / Alexandre O'Neil
Para ver e ouvir Amália Rodrigues a cantar «Gaivota » de Alexandre O'Neil e Alain Oulman :
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
publicado às 12:09
Como observa aqui Um fado brasileiro: «Mãe Preta» e «Barco Negro» o comentador Sitônio Pinto, "Mãe Preta " é anterior a 1954. É, muito provavelmente, de 1943, quando Caco Velho tinha 23 anos. Ver: Dicionário Cravo Albin de MPB
Para Ler :
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
publicado às 12:04
Mãe Preta neste blog
publicado às 12:02
Meu Amor, Meu Amor (Meu Limão De Amargura)
Meu amor meu amor meu corpo em movimento minha voz à procura do seu próprio lamento. Meu limão de amargura meu punhal a escrever nós parámos o tempo não sabemos morrer e nascemos nascemos do nosso entristecer. Meu amor meu amor meu nó e sofrimento minha mó de ternura minha nau de tormento este mar não tem cura este céu não tem ar nós parámos o vento não sabemos nadar e morremos morremos devagar devagar.
Alain Oulman e AQUI / Ary dos Santos
Para ver e ouvir Amália Rodrigues a cantar «Meu Amor, Meu Amor (Meu Limão De Amargura) » de Ary dos Santos e Alain Oulman :
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
publicado às 12:04
Texto:
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
publicado às 18:04
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
publicado às 18:08
Texto:
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
publicado às 18:08
Abandono
(Este fado ficou conhecido como Fado Peniche )
Por teu livre pensamento
Foram-te longe encerrar
Tão longe que o meu lamento Não te consegue alcançar E apenas ouves o vento E apenas ouves o mar Levaram-te a meio da noite A treva tudo cobria Foi de noite numa noite De todas a mais sombria Foi de noite, foi de noite E nunca mais se fez dia. Ai! Dessa noite o veneno Persiste em me envenenar Oiço apenas o silêncio Que ficou em teu lugar E ao menos ouves o vento E ao menos ouves o mar.
David Mourão-Ferreira / Alain Oulman e AQUI
Referências ao Forte de Peniche :
Para ver e ouvir Amália Rodrigues a cantar «Abandono » de David Mourão-Ferreira e Alain Oulman clicar AQUI e AQUI (e no blogue Porto Croft )
publicado às 12:19