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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Notícias dos EUA: A política externa

     A Secretária de Estado, Hillary Clinton, está a realizar a sua primeira visita oficial. A parte da Ásia (Japão, Indonésia, Coreia do Sul e China). 

É uma novidade. É a primeira vez que um Secretário de Estado americano não começa por visitar a Europa.

Mas é, também, um sinal de mudança. Depois de uma era de fixação obsessiva no "terrorismo", no mundo árabe, na necessidade de conseguir apoios europeus para as suas agressões militares, no apoio a Israel e à sua política expansionista e desestabilizadora e no desconhecimento do mundo (abandono de África, desprezo pela América Latina, ocupação do Médio Oriente, controlo do Paquistão), sopram ventos de mudança na política externa.

Estaremos para ver.

Anunciada que está a retirada do Iraque, ainda está por se saber se se confirma uma mudança estratégica no Afeganistão, com um enfoque especial, mais no desenvolvimento e no apoio às populações e menos nas acções militares.

A questão dos dois Estados, Israel e Palestina, está em cima da mesa. Como irão evoluir as relações com o Irão, a Síria, o Egipto?

Os crimes do Darfur continuam. Será que África vai continuar a ser ocupada por interesses chineses e desinteresses generalizados?

O bloqueio de Cuba continua. E, como a história mostra, essa acção tem servido para reforçar o apoio internacional e, principalmente, regional a essa mesma Cuba. Como irá evoluir a Organização dos Estados Americanos? Permanecerá a relação privilegiada com a Colômbia, em detrimento de todos os outros estados da região?

    Depois de um século XX marcado pelo fim dos impérios tradicionais, pelo início do neo-colonialismo, pela que parecia ser a eterna disputa entre dois sistemas políticos e militares, pela globalização e as euforias bolsistas das novas sociedades da comunicação, entrámos numa nova era. 

É difícil perceber o que se passa porque estamos, precisamente, dentro da arena. Somos mais participantes do que espectadores. Mas uma coisa é certa, na minha opinião. Faltam, a nível mundial e regional, políticas e líderes que apontem novos caminhos de entendimento e desenvolvimento universais.

Uma vez mais falta valorizar as utopias, os sonhos, as práticas culturais e políticas baseadas no respeito pelas diferenças e na valorização dos objectivos comuns.

Um abraço para todos,

(sublinhados meus)

           

Fernando

                 

Notícias AQUI

                            

Notícias dos EUA: A crise económica

    Para além de diversas questões importantes que foram imediatamente abordadas por Obama logo que tomou posse (encerramento da prisão de Guantánamo, regulamentação das obrigações dos membros do gabinete impedidos que estão de participar em actividades de lobbying, informação on-line a todos os cidadãos das actividades do governo) o foco tem sido posto nas medidas de combate à crise: desemprego assustadoramente crescente (mais de 3 milhões de empregos perdidos no período de um ano); continuada crise no sector da habitação (sub-prime, especulação, etc); desastre em que se encontram as infraestruturas (estradas, pontes, maios de comunicação); calamidade na educação (principalmente nas escolas oficiais, completamente degradadas); sistema de saúde que deixa de fora dezenas de milhões de cidadãos, enquanto privilegia o escasso número de famílias que podem pagar, através do negócio das seguradoras e dos hospitais; necessidades de investimento em sectores fundamentais (informática e comunicação, novas formas de energia, educação a todos os níveis); e, claro, suporte para um sistema financeiro que ruiu como baralho de cartas provocando um imenso e universal tsunami!

O pacote de medidas de início de reanimação da economia foi aprovado, com muita polémica à mistura e muita baixa política e muita ignorância e muita manipulação, com grande maioria na House of Representatives e a maioria necessária no Senado (61 votos, num total de 100). Como o Partido Democrático tinha 58 Senadores eleitos (ainda faltava o tal senador de Minnesota) foi preciso que 3 Senadores do Partido Republicano votassem favoravelmente. Tudo isto depois de semanas de discussões, especulações, chantegens e ameaças. Finalmente o pacote foi aprovado. Cerca de 800 mil milhões de dólares!   

     Tudo isto irá conduzir ao agravamento acentuado da dívida externa americana que, no passado recente, tem tido a contribuição "generosa" dessa pátria da democracia que dá pelo nome de República Popular da China. Só que esta, por sua vez, a conta com crescentes problemas internos, já anunciou que os 600 mil milhões de dólares que tinha reservados para investir no estrangeiro seriam aplicados dentro do país e que, por outro lado, não compraria mais títulos da dívida pública americana.  

Estamos, pois, perante um problema tradicional, desde que se inventaram as mantas e os cobertores. Tapa-se a cabeça, destapam-se os pés. Aquecem-se os pés, arrefecem os braços. Usa-se crédito e fica-se sem ele. Não se usa o crédito e morre-se de fome...  

Assim vão os frutos do ultraliberalismo económico e financeiro e da desregulamentação e descontrolo iniciados na era Reagan e que arrastaram na sua queda parte importante do sistema financeiro global. Se houvesse alternativa à vista ainda se poderia desejar "paz à sua alma"... O problema é que, nos últimos anos, todo o mundo tem andado distraído com outros assuntos (o futebol, soccer, ou o futebol americano, o "terrorismo", o petróleo e os petro-dólares, as criancinhas que desaparecem, os acidentes de aviação ou comboio, os desastres, o crime organizado, o frio no inverno e o calor no verão, as enchentes e as secas, os incêndios, os casamentos das princesas da Hola, os filhos das artistas de cinema, etc), enquanto os comuns dos mortais tratam da sua própria e difícil sobrevivência...

(sublinhados meus)

           

Fernando

                 

Notícias dos EUA: A lentidão do processo

     Como se sabe as eleições presidenciais realizaram-se em 4 de Novembro passado. Até agora decorreram 104 dias, mais de 3 meses! Esta é a primeira nota. "Alguma coisa está podre no reino da Dinamarca!". Como é possível que na maior potência militar da actualidade e no centro do Império se passe tanto tempo antes de se criarem condições de governabilidade?

Não sei se sabem, ou se o assunto é comentado por aí, mas o Senado ainda não está constituído porque falta eleger um Senador (no Estado de Minnesota)! Houve recontagem da totalidade dos mais de 3 milhões de votos!, muita discussão!, muito trabalho!, e o caso acabou nos tribunais! Parece que hoje terá havido uma decisão (que não sei se poderá ser sujeita a mais um recurso, ou mais uma manobra dilatória) no sentido de reconhecer a vitória do candidato do Partido Democrático (Al Franken), com mais 225 votos do que o seu principal opositor e até agora Senador Coleman, do Partido Republicano. Com esta decisão a composição do Senado será de 59 Senadores do Partido Democrático e 41 do Partido Republicano. O Partido Democrático fica a um voto de conseguir a maioria qualificada de dois terços que lhe permitiria governar sem temer bloqueios por parte da oposição.

O que importa referir, na minha opinião, são as razões que estão por detrás deste longo caso.

    Primeira. O processo eleitoral precisa de ser revisto e melhorado. De dois em dois anos há eleições simultâneas para eleger os mais diversos representantes e, até, para fazer referendos. Tudo no mesmo boletim de voto, um enorme "linguado" difícil de preencher. Não quero especular dizendo que isso é feito de propósito para desmotivar a participação cívica nos actos eleitorais. Mas não estarei longe da verdade se afirmar que, de facto, essa é uma razão histórica. Por aqui é hábito haver afluências às urnas de 10 a 20% dos eleitores inscritos, sendo que, como a inscrição nos cadernos eleitorais não é obrigatória, isso significa uma participação popular inferior a 10% dos cidadãos com capacidade eleitoral! A única excepção é a das eleições presidenciais em que a participação tem rondado os 50%! Se no nosso país houvesse uma abstenção de 50% o que não se diria! Justificadamente!

Segunda. O sistema não está preparado, nem para uma participação plural e democrática das inúmeras organizações políticas e partidárias que por aqui pululam, nem para "empates técnicos" como o que se verificou, agora, em Minnesota e, com grande escândalo e repercussão, nas eleições de 2000 na Florida em que Al Gore foi roubado e, depois das quais, foi declarada a vitória fraudulenta de George W. Bush! O primeiro aspecto tem a ver com uma ditadura, não do Partido Único, mas dos dois Partidos Quase Únicos. Ninguém fala dos outros! Até parece que não existem! O segundo aspecto tem a ver com a própria forma de preencher os boletins de voto, de os contar e, eventualmente, recontar. As experiências que têm sido feitas com a utilização do voto electrónico (sem possibilidade de controlo) e os votos por correspondência são um cancro no sistema.

Mas, quando me refiro a lentidão, não estou apenas a referir o caso de Minnesota (em 2008) ou da Florida (em 2000). Quero, sobretudo, salientar o tempo demasiado que decorre entre o dia 4 de Novembro e o dia da tomada de posse do novo Presidente (que aqui tem as funções, também, de Presidente do Governo) em 20 de Janeiro. Depois disso, o imenso tempo que leva a constituir o Governo. Não sei se é surpresa para vós, mas o Governo ainda não está constituído! Falta preencher, entre outros casos menores, a importante pasta do Comércio! O primeiro nome (Governador de New Mexico) indicado por Obama saiu da corrida por haver uma acusação de fraude e corrupção que está em processo de análise e o segundo (membro do Partido Republicano) desistiu do lugar depois de ter andado a desenvolver acções de lobbying para o conseguir! Apresentou como justificação que não poderia ocupar o cargo porque viria a ter muitas divergências e discussões com o Presidente...

Cada membro do Governo e outros nomeados (Presidente da CIA, por exemplo) têm de prestar contas, caso-a-caso, perante o Senado, em processos longuíssimos e em que se analisam as contas bancárias, os escândalos sexuais e outros pormenores de grande importância para o futuro da humanidade.

(sublinhados meus)

           

Fernando

                 

Eleições EUA: Colégio Eleitoral

    Como e quando se reune o Colégio Eleitoral? O Colégio Eleitoral reúne sempre na primeira segunda-feira depois da segunda quarta-feira de Dezembro

A reunião é feita nas capitais de cada Estado! Isto é, o Colégio Eleitoral nunca se reúne como um todo. Há 51 reuniões distintas! As dos 50 Estados mais a da capital, Washington DC.

Nestas reuniões os eleitores votam (por voto secreto) no Presidente e no Vice-Presidente.

Findas as votações e as contagens de votos, as respectivas actas são enviadas para o Presidente do Senado (que é por inerência de funções o Vice-Presidente em funções, neste caso Dick Cheney) por correio registado.

À medida que as actas (Certificates of Votes) vão chegando são classificadas por ordem alfabética e guardadas em duas caixas especiais. Numa, ficarão os resultados de Alabama até Missouri, incluindo Washingtom DC. Noutra, ficarão os resultados dos restantes Estados, de Montana a Wyoming.

Todos estes documentos servirão para a contagem dos votos e a declaração do vencedor, o que ocorre sempre, numa sessão especial do Congresso a realizar no sexto dia do mês seguinte ao da votação no Colégio, isto é, em Janeiro.

Se se registar um empate na contagem de votos entre os candidatos a Presidente, será a House of Representatives que desempatará. Isto aconteceu duas vezes nas eleições americanas (em 1801 e em 1825).

...   

PS: O Presidente toma posse no dia 20 de Janeiro (numa cerimónia chamada United States Presidential Inauguration, ou mais simplesmente Inauguration Day). Só a partir dessa data é que é o novo Presidente dos EUA. Fala-se que estarão presentes (nas ruas de Washington DC) 4 milhões de pessoas... Mais um record a juntar a outros em que estas eleições foram pródigas...

(sublinhados meus)


Fernando

 

Notícias AQUI

                    

Eleições EUA: 16 dias depois... finalmente... há fumo branco...

    1. Imagine-se que o Presidente da República de Portugal só era sabido 16 dias depois das eleições. Seríamos uma República das Bananas, pelo menos...

2. Falemos agora desta República...

Finalmente, sabe-se a composição do Colégio Eleitoral que elegerá o próximo Presidente dos EUA: 365-173

Foi reconhecida a vitória a McCain no Estado de Missouri, tendo em conta que os votos que faltava contar são em número inferior à diferença de votos entre os dois principais candidatos. Quanto aos outros candidatos, continua a nada saber-se.

Outro assunto de que se não fala é do processo eleitoral no Estado do Nebraska, que elegeu 4 delegados de McCain e um de Obama. Ainda não sei a razão que leva este Estado a ser diferente de todos os outros. Certamente porque, um dia, assim decidiram. Mas, o que gostaria de saber (e ainda o virei a saber) é a razão porque é assim.

Feitas as contas, Obama terá 365 votos no Colégio Eleitoral e McCain terá 173. Isto é, Obama, que teve 53% dos votos a nível nacional, terá 68% dos votos no Colégio Eleitoral. McCain, que teve 46% dos votos, terá 32% na votação do Colégio Eleitoral. Argumentará muita gente "Isso que interessa... de qualquer forma Obama ganhou..." e é verdade. Pela simples razão que ganhou com margem suficiente para não haver dúvidas.

Mas recordemos 2000. Gore teve mais 500 mil votos do que Bush a nível nacional. E Bush ganhou, porque teve mais votos no Colégio Eleitoral...

3. Fica a questão. Será possível que, um dia, a eleição do Presidente dos EUA seja directa e decidida pelos cidadãos que, de facto, votam?

Será possível haver uma reforma do sistema eleitoral?

(sublinhados meus)

 

Fernando

 

Notícias AQUI         

                        

Missouri e Portugal; Alaska, Minnesota e Georgia; quem ganhou?

   1. Na noite das eleições costumamos ouvir os discursos de sempre.

Uns cumprimentam os vencedores, esquecendo os nomes que lhes chamaram.

Outros cumprimentam os vencidos e dizem-se representantes de todos.

Os mesmos todos que tecem loas à democracia.

Os jornalistas (quase todos) ajudam à festa.

E preparam-se para partir para outra porque esta já não tem "interesse jornalístico". 

2. Dos cinquenta Estados Americanos só há 8 com mais população do que Portugal: California (mais de 36 milhões), Texas (>23), New York (>19), Florida (>18), Illinois e Pennsylvania (>12), Ohio (>11) e Michigan (>10).

Portugal seria, em número de habitantes, o nono Estado. 

Agora imaginem que, passados nove dias das Eleições Presidenciais em Portugal, ainda não se soubesse quem era o futuro Presidente.

Aconteceu em 2000, entre Gore e Bush, no meio das trapalhadas das eleições na Florida.

Está a acontecer de novo, em 2008, no Estado de Missouri, onde ainda não se sabe quem ganhou! 

Pelos vistos ninguém se incomoda. Não tem interesse jornalístico... 

    3. Missouri tem, segundo o último censo, 5 878 415 habitantes. Pouco mais de metade de Portugal. Como não estão contados todos os votos e há dúvidas nos que foram contados, não se sabe quem ganhou! Neste momento, McCain tem mais 4 990 votos do que Obama. Em pouco mais de 2 milhões e oitocentos mil votos contados... 

Se isto se passasse em Portugal o que se diria! 

Por aqui, aguarda-se a contagem e recontagem e o anúncio do vencedor... 

4. O mais grave de tudo isto é que se provou, uma vez mais, que o sistema eleitoral americano não está preparado para resultados equilibrados. A margem de erro do sistema é superior a pequenas diferenças no número de votos. Se Obama não tem ganho claramente na Florida, no Ohio, na Virgínia, em Nevada, no Colorado, em New Mexico, na Pennsylvania, etc, estaríamos de dedo na boca à espera dos resultados.

Acham que é normal? 

Aqui é!  

5. Mas há mais. No dia 4 de Novembro houve eleições para alguns lugares no Senado, para alguns lugares na House of Representatives (câmara baixa do Congresso), para Sheriffs, para os mais diversos cargos e ainda para referendos às Constituições de vários Estados.

Um dos assuntos referendados era o da proibição de casamentos entre homossexuais, por exemplo. 

    6. Na Georgia paira um mistério. Parece que terão desaparecido votos! Nada se sabe. 

Mas, meus amigos, depois de haver filas para votar, durante semanas, em que os eleitores esperavam mais de 4 ou 5 horas (havendo casos de esperas superiores a 8 horas!), parece que o número de votantes terá sido mais ou menos o mesmo de há 4 anos atrás!

Essa mesma Georgia onde se ergue, orgulhosa, à beira da auto-estrada principal que a atravessa, uma enorme bandeira dos Estados do Sul, racistas, do tempo da Guerra Civil...

7. Na Georgia há já, no entanto, uma certeza. No dia 2 de Dezembro vai haver eleições novamente, desta vez para eleger um senador. É que, segundo as leis eleitorais deste Estado, para que um candidato seja eleito tem de ter mais de metade dos votos entrados nas urnas. Como o candidato do Partido Republicano não o conseguiu, haverá uma segunda volta.

Adivinhem quem anda pela Georgia a fazer campanha eleitoral...

McCain, Romney, Giuliani, Huckaby e montes de outras ilustres personalidades do Partido Republicano... 

Andam de cabeça perdida... 

A equipa de Obama está em força na Georgia, a fazer o trabalho de sapa que andámos, pelo país todo, a fazer durante dois anos.

Essa mesma Georgia onde se ergue, orgulhosa, à beira da auto-estrada principal que a atravessa, uma enorme bandeira dos Estados do Sul, racistas, do tempo da Guerra Civil... 

Não é engano. Fui eu que repeti a frase. Vocês podem não compreender, mas eu vi, com os meus próprios olhos, a enorme bandeira desafiadora!  

    8. No Alaska a história é outra. 

Foi anunciada a vitória do candidato Republicano ao Senado (aliás, o mais antigo Senador Republicano). Tinha uma vantagem de uns milhares de votos. Mas faltava contar dezenas de milhares de votos... 

Eram votos que davam uma maioria a Obama e ao candidato do Partido Democrático e que, a partir de certa altura, deixaram de ser contados.

Por força do controlo democrático houve que recomeçar a contar votos.

Ontem foi anunciado que faltava contar ainda 35 mil votos e que o candidato do Partido Democrático estava com mais 3 votos que o velho Republicano.

Continuamos a aguardar! 

9. Aliás há outra história dentro desta história.

O tal velho senador Republicano tem um processo às costas por corrupção e, mesmo que seja eleito, será expulso do Senado! 

Se perder as eleições (parece que é o que vai acontecer) o assunto fica arrumado.

Mas se ganhasse e fosse expulso do Senado teria de ser substituído. A mais forte candidata ao lugar seria uma senhora que está em bicos dos pés para o conseguir, depois de afirmar que o cargo de Governadora do Alaska é o melhor emprego do mundo!

Sarah Palin, claro! A Sarah do Alaska, como ela gosta de se chamar!!!

   10. Em Minnesota a história é, ainda, outra. 

Passa-se o mesmo que na Florida 2000! Há recontagem de votos.

Ontem dizia-se que se saberá o resultado final antes do Natal! Deste ano, penso eu...

O candidato do Partido Democrático está a 205 votos da vitória (votaram mais de 2 milhões e 800 mil pessoas). Ele tem 1 211 359 votos, enquanto o candidato do Partido Republicano tem 1 211 565 e um terceiro candidato tem 437 389. 

11. A parte interessante deste romance eleitoral para o Senado é que, se os candidatos do Partido Democrático ganharem estas 3 eleições, passará a haver uma maioria qualificada no Senado (60 Senadores do Partido Democrático e 40 do Partido Republicano). Esta correlação de forças impedirá o Partido Republicano de travar processos legislativos que exijam uma maioria de 2/3 dos votos no Senado!

Aqui está, talvez, uma das explicações para tanta trafulhice...

12. Por hoje é tudo.

A conversa vai longa e a crise não deixa de se aprofundar.

As previsões da OCDE e do FMI para as economias americana e europeia são dramáticas.

Teremos um próximo ano de recessão.

Sem fim à vista.

E há ainda muita gente que insiste em meter a cabeça na areia e esperar que a tempestade passe. O mais grave é que algumas destas avestruzes estão nos poleiros dos poderes...

(sublinhados meus)


Fernando (2008/11/13)

                 

Notícias AQUI

           

Bailout???

Aconselho vivamente que vejam este vídeo...

E, depois, quem quiser, pode continuar a estudar o assunto.

                                 

Fernando

                   

Eleições EUA: O PCP

     A gigantesca operação produzida a propósito das eleições presidenciais nos EUA não pode ser desligada da actual crise do capitalismo – que tem tido particular expressão nos EUA – e das várias tentativas em curso que procuram reabilitar o sistema capitalista e o papel da potência hegemónica que os EUA constituem no plano internacional. 

Não ignorando diferenças entre os candidatos republicano e democrata, a verdade é que ambas as candidaturas não disfarçam o seu vínculo a um projecto de dominação no plano económico, ideológico e militar do mundo.

Para o PCP a eleição de Barack Obama como presidente dos EUA está longe de corresponder às expectativas que a gigantesca campanha mediática mundial procurou criar para construir a ilusão de uma mudança e de uma viragem na política dos EUA e do seu papel na esfera internacional.

 

In Nota do Gabinete de Imprensa do Partido Comunista Português

 

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Eleições EUA: O resumo de 11 meses

 

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Eleições EUA: Algumas histórias...

    Chamo a atenção para o facto de as eleições já estarem a decorrer em 35 Estados com o chamado "earling voting". Nalguns deles já se está a verificar uma enorme afluência. Por exemplo: em Nevada já votaram mais de metade dos eleitores inscritos; no Colorado votou quase metade; na Florida já votaram mais de um milhão e meio de pessoas; na Georgia há quem espere horas (nalguns sítios, oito!) para votar...

Vamos às histórias. Sem comentários. Não deixem de ver a última, a número 4.

1. ARMAS...

O Presidente e principal accionista de um dos maiores fabricantes de armas de caça do Estado de Montana, decidiu, apoiar Obama. Imediatamente se formou um movimento de clientes a apelar ao boicote a esta empresa.

O Conselho de Administração, por maioria, decidiu retirar o apoio ao Presidente.

Este acabou por demitir-se apresentando como razão fundamental o facto da sua presença na empresa pôr em risco os postos de trabalho.

2. HALLOWEEN...

O dia 31 de Outubro é um dos principais feriados nacionais dos EUA. Festa religosa e pagã, herdeira de tradições celtas, foi o primeiro feriado nacional a ser declarado neste país, desde o século XIX.

Um dos costumes ("trick-or-treating") consiste em grupos de miúdos mascarados baterem às portas das casas e receberem rebuçados e doces.

Na Carolina do Sul, uma criança com 12 anos, acompanhado pelos pais, foi bater à porta de uma moradia. Foram recebidos a tiro de arma automática. A criança foi assassinada. O autor dos disparos, de 22 anos, está preso a aguardar julgamento. Disse que tinha utilizado a arma porque pensava que se tratava de um assalto.

As televisões não falam das cores das peles dos intervenientes, certamente para não agravarem mais a situação.

3. CARTA ANÓNIMA...

Durante a última semana não estive na Florida. Fui a Massachussets e andei pela zona de Boston.

Decidimos emprestar um dos nossos carros à campanha do Obama. O pedido tinha sido feito por um antigo Mayor de uma cidade do Texas, agora reformado e a viver em Minnesota (junto com a fronteira do Canadá), que, nas últimas eleições presidenciais (2000, 2004 e 2008), tem vindo para a Florida, durante o último mês, para ajudar.

É um dos 200 mil voluntários que, na Florida, têm estado a trabalhar para registar novos eleitores, organizar sessões de esclarecimento, transportar pessoas para votar (principalmente as que não têm meios próprios para o fazer).

Pedimos-lhe que nos deixasse um placard do Obama para o colocarmos na relva, em frente da nossa casa. Na nossa rua há mais de uma dúzia de cartazes do McCain e quatro do Obama.

Quando chegámos ontem à noite a casa tínhamos a seguinte carta anónima na caixa do correio: "Do you realize when you vote for Obama you are supporting his first order of business which will be PRO CHOICE? He will sign into law... Abortion on Demand, using our tax dollars... Thousands of unborn children's blood will be on the hands of all who support Obama. And yes someday you will stand before God and give an account of why you would support murder of unborn children. Mr. Obama will also take away all parents rights of children under 18 to sign for such a procedure. He will also make it illegal for a healthcare worker not to participate in abortion. Is this the CHANGE you want???"

Traduzo. "Você compreende que ao votar em Obama está a apoiar a sua primeira decisão: PRO CHOICE? (Nota pessoal: Cá, como aí, há dois movimentos, PRO LIFE, encabeçado pela igreja católica, que é contra a despenalização do aborto, etc, e a PRO CHOICE, que é pela despenalização do aborto, etc). Ele transformará essa opção em lei... Aborto livre, usando os nossos impostos... O sangue de milhares de crianças por nascer estará nas mãos de todos os que apoiam Obama. E, um dia, você estará perante Deus e terá de justificar porque apoiou o assassinato de crianças por nascer. O Sr. Obama também retirará todos os poderes aos pais de menores de 18 anos, para permitir o livre acesso ao aborto. Ele também tornará ilegal a recusa de qualquer profissional de saúde em participar num aborto. É esta MUDANÇA que você quer???"

4. CONVERSA TELEFÓNICA ENTRE SARAH PALIN E O "PRESIDENTE FRANCÊS"...

Dois conhecidos actores canadianos do Quebec decidiram telefonar a Sarah Palin e fingir que se tratava de uma chamada do Presidente Sarkozy.

Envio o link para o youtube.

Apetece comentar, mas, como prometi, não o farei. Limito-me a chamar a atenção para o "conselheiro" do Presidente (chamado Johnny Halliday), para a caça às focas bébés do Alaska e para o John the Plumber (João, o soldador) que tem vindo a ser utilizado pela campanha do McCain para fingir que apoiam a classe média...

            

Fernando

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