Há (???) um milhão de terroristas em todo o mundo
WASHINGTON, 14 Jul 2008 (AFP e Reuters) - Os Estados Unidos têm uma lista de um milhão de terroristas ou suspeitos de terrorismo, revelou nesta segunda-feira uma organização americana de defesa das liberdades civis.
A American Civil Liberties Union (ACLU) disse que teve acesso a esse número num relatório do departamento da justiça relativo ao 'Terrorist Screening Center', da Polícia federal americana (FBI), que reúne as informações sobre os suspeitos de terrorismo.
O centro "tinha mais de 700.000 nomes no seu banco de dados de abril de 2007, e 20.000 novos suspeitos eram acrescentados à lista a cada mês", segundo o relatório do departamento da Justiça.
"De acordo com esses números, a lista tem agora mais de um milhão de nomes", concluiu a ACLU em comunicado.
A lista inclui pessoas falecidas, como o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, executado em dezembro de 2006, e até o senador americano Ted Kennedy, o ex-activista e hoje deputado John Lewis e o cantor muçulmano Yusuf Islam (ex-Cat Stevens), segundo a ACLU.
O ex-presidente da África do Sul e Prémio Nobel da Paz Nelson Mandela também estava na lista, mas o Congresso dos Estados Unidos retirou recentemente o seu nome.
"A lista é um óptimo exemplo dos erros cometidos pelo governo no combate ao terrorismo: é injusta, sem controle, administrada de forma incompetente e desperdiça recursos. Além disso, impede muitas pessoas de viajarem", declarou a jornalistas Barry Steinhard, representante da ACLU.
O governo Bush discordou, dizendo que essa lista é uma das ferramentas mais efectivas implementadas desde os atentados de 11 de Setembro de 2001 - quando uma lista federal com pessoas proibidas de embarcar em vôos comerciais continha apenas 16 nomes.
Por sua vez a Transportation Security Administration (TSA) negou categoricamente que a lista tenha um milhão de nomes, afirmando que são na verdade menos de 450.000.
Uma pergunta «indiscreta»:
quantas pessoas, e meios, são necessárias para manter actualizados os dossiers de todos estes «terroristas»?...