Reunião no Madison Square Garden da organização Americana Nazi em 1939
Realizadas as Convenções dos Partidos Republicano e Democrata, somente restam na corrida para a Casa Branca dois candidatos importantes: Hillary Clinton e Donald Trump, qual deles o mais reacionário e perigoso para a humanidade.
Neste artigo, publicado em Setembro do ano passado na Revista Vermelho, António Santos comenta a influência que o pensamento fascista do III Reich teve na formação da ideologia predominante nos Estados Unidos.
Não perdeu atualidade.
Índice dos subcapítulos
Arca de Noé da Direita Americana
O fantasma de João Calvino
O mercado de Wall Street
A inspiração de Hitler
A primeira ameaça vermelha
A cultura do fascismo
Nazis e americanos, uma história de amor
A casa de Hitler nas montanhas
A segunda ameaça vermelha
Anti-comunismo sem comunistas
América Anti-intelectual
Actividades anti-americanas
O sonho americano
O actual reaccionarismo da direita estado-unidense é o produto cultural de dois séculos de desenvolvimento de capitalismo. Ao contrário da maioria dos Estados capitalistas desenvolvidos, os EUA nunca abandonaram uma noção de nação que incorpora elementos fascistas. Na verdade, ao longo destes 200 anos, a definição da ideologia americana, ou americanista, foi crescendo, até se transformar, hoje em dia, numa fina película super-estrutural muito semelhante ao fascismo, que filtra a percepção da realidade vivida por milhões de estado-unidenses.
Mais do que mero ersatz da histeria anti-comunista dos anos cinquenta, o nacionalismo estado-unidense mantém-se como um instrumento de luta de classes ao serviço do grande capital e um elemento unificador nacional que se estende da extrema-direita do Partido Republicano ao centro do Partido Democrata.
Na actualidade, a ideologia americanista é um pretexto para justificar o belicismo, a tortura, a espionagem e a repressão policial. Por outro lado, permite manter a opressão económica e social dos afro-americanos, fechar alternativas políticas ao capitalismo bicéfalo e, ao mesmo tempo, convencer os trabalhadores de que no «sonho americano», ao contrário de todos os outros países, é possível enriquecer trabalhando arduamente. Nesta perspectiva individualista, os trabalhadores que não enriquecem devem-se culpar unicamente a si próprios, aos seus genes, à sua inteligência, à sua falta de fé, ou à sua força de vontade, mas nunca ao seu patrão.
Sempre que nos EUA uma cidade explode de raiva, os principais órgãos de comunicação social vêm chorar as montras partidas, os caixotes de lixo injustamente incendiados, o papel higiénico roubado das lojas...
Ficasse Charlotte na Venezuela e estava pintado um bonito quadro de legítima revolta popular, contra a escassez de produtos básicos e um regime;
fosse em Cuba e já haveria Organizações Não-Governamentais a organizar concertos e campanhas pela libertação dos presos políticos durante os protestos;
fosse a Carolina do Norte a Coreia do Norte e choveriam notícias sobre a brutal ditadura que usa o exército para reprimir e matar o seu próprio povo.
Mas não sendo Charlotte na Venezuela, não veremos as fotografias de dezenas de pessoas, carregadas de papel higiénico, a sair de supermercados incendiados;
não sendo em Cuba, nunca saberemos os nomes das dezenas de pessoas presas durante os protestos,
e não sendo a Carolina do Norte a Coreia do Norte, ninguém falará em direitos humanos.
Keith Lamont Scott não foi o terceiro nem o quarto caso: de acordo com o The Guardian, Keith Lamont Scott foi o 193.º(!!!) negro a morrer às mãos da polícia nos EUA desde o início do ano.
No caso de Charlotte, o orçamento camarário para a polícia ultrapassa os 16 milhões de dólares anuais, mais do que a verba da cidade para a saúde e quase tanto como para a educação.
«Não se pode dizer que todos estejam a perder com crise. Alguns estão a ganhar e mesmo muito dinheiro com crise. Que o digam os acionistas da GALP (Américo Amorim, Sonangol e Isabel dos Santos, a ENI e fundos americanos que controlam esta empresa). E isto porque a GALP viu os seus lucros aumentar no 1º semestre de 2015 em 169,9%.
De acordo com o relatório e contas que o seu conselho de administração divulgou recentemente, e que está disponível no seu “site”, no 1º semestre de 2014 o resultado líquido da GALP foi de 115 milhões €, mas no 1º semestre de 2015 subiu para 310 milhões €, um aumento de 195 milhões €, que é superior (só o aumento) aos lucros do 1º semestre de 2014.
Naturalmente o aumento dos lucros das restantes petrolíferas que vendem combustíveis em Portugal devem ser muito semelhantes, até porque os preços, pelo efeito simpatia, são muito semelhantes e a supervisão é praticamente nula.»
Why We Fight describes the rise and maintenance of the United States military-industrial complex and its involvement in the wars led by the United States during the last fifty years, and in particular in the 2003 Invasion of Iraq. The film alleges that in every decade since World War II, the American public has been told a lie to bring it into war to fuel the military-economic machine, which in turn maintains American dominance in the world. It includes interviews with John McCain, Chalmers Johnson, Richard Perle, William Kristol, Gore Vidal and Joseph Cirincione. The film also incorporates the stories of a Vietnam War veteran whose son died in the September 11, 2001 attacks and then had his son's name written on a bomb dropped on Iraq; a 23-year old New York man who enlists in the United States Army citing his financial troubles after his only family member died; and a former Vietnamese refugee who now develops explosives for the American military.
Documentaire d'Eugene Jarecki (États-Unis, 2005, 1h35mn) Coproduction : Charlotte Street Films, ARTE, BBC, CBC, France 2, TV2, YLE Sélectionné au Festival de Sundance 2005 En 1961, lors de son discours d'adieu, Eisenhower met en garde son successeur et la nation américaine contre le pouvoir croissant des militaires et les liens étroits qu'ils entretiennent avec les fabricants d'armes. Cela n'empêche pas chercheurs, militaires et industriels de continuer à élaborer des armes toujours plus sophistiquées. Quarante ans plus tard, le complexe militaro-industriel américain semble tout-puissant. Il a joué un rôle essentiel dans le déclenchement de la guerre en Irak. Il faut dire qu'un tel conflit permet d'expérimenter de nouvelles armes, de nouvelles techniques. L'offensive américaine a ainsi été l'occasion de tester une toute nouvelle bombe "antibunker". Mais la puissance du complexe militaro-industriel américain se manifeste aussi à travers la présence sur le terrain de milliers de "privés". Certes, la guerre en Irak est menée par une armée de métier, mais elle est assistée par d'autres forces plus ou moins bien identifiées, nébuleuse d'agents de sécurité et de mercenaires recrutés par des sociétés privées. Ainsi, tous les tortionnaires de la prison d'Abou Ghraïb n'appartenaient pas à la police militaire : certains avaient été engagés par une entreprise "spécialisée" dans les interrogatoires de prisonniers. Pour comprendre comment fonctionne la grande famille militaire américaine, Eugene Jarecki a interrogé de très nombreuses personnes, parmi lesquelles les "faucons" Richard Perle et William Kristol, l'ancien responsable de la CIA Chalmers Johnson, le journaliste de CBS Dan Rather, le fils du président Eisenhower et l'écrivain et critique Gore Vidal. Film d'investigation qui évite de tomber dans la polémique, Le nerf de la guerre cherche à savoir pourquoi les Etats-Unis s'en vont en guerre.
Southern trees bear strange fruit, Blood on the leaves and blood at the root, Black bodies swinging in the southern breeze, Strange fruit hanging from the poplar trees.
Pastoral scene of the gallant south, The bulging eyes and the twisted mouth, Scent of magnolias, sweet and fresh, Then the sudden smell of burning flesh.
Here is fruit for the crows to pluck, For the rain to gather, for the wind to suck, For the sun to rot, for the trees to drop, Here is a strange and bitter crop.
What is America to me? A name, a map or a flag I see, A certain word, "Democracy", What is America to me?
The house I live in, The friends that I have found, The folks beyond the railroad and the people all around, The worker and the farmer, the sailor on the sea, The men who built this country, that's America to me.
The words of old Abe Lincoln, of Jefferson and Paine, of Washington and Jackson and the tasks that still remain. The little bridge at Concord, where Freedom's Fight began, of Gettysburg and Midway and the story of Bataan.
The house I live in, my neighbors White and Black, the people who just came here or from generations back, the town hall and the soapbox, the torch of Liberty, a home for all God's children, that's America to me.
The house I live in, the goodness everywhere, a land of wealth and beauty with enough for all to share. A house that we call "Freedom", the home of Liberty, but especially the people, that's America to me.
But especially the people--that's the true America...