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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

22 de Dezembro 1993 – Abolição do apartheid na África do Sul

O parlamento sul-africano aprova, por 237 contra 45 votos, uma Constituição provisória que consagra um estado de direito não racial no país, reconhecendo os mesmos direitos a negros e brancos após 341 anos de domínio minoritário branco.

Colonizada por holandeses e ingleses desde o século XVII, a África do Sul instituiu em 1948, sob a liderança do Partido Nacional, o regime de apartheid (segregação racial) como política de Estado.

Era a «legalização» da política seguida desde sempre pelos colonizadores.

A luta contra o apartheid, conduzida pelo Partido Comunista Sul-Africano e pelo Congresso Nacional Africano, prossegue sem tréguas mesmo após a prisão, no início dos anos 60, de vários dirigentes, incluindo Nelson Mandela, que se torna um símbolo da resistência.

Três décadas depois, sob a presidência de Frederik De Klerk, Nelson Mandela é libertado e o apartheid derrotado.

A 15 de Outubro de 1993, Mandela e De Klerk recebem em conjunto o Nobel da Paz.

AQUI

 

50 verdades sobre Nelson Mandela

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Clicar na imagem para visualizar a ligação

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50 verdades sobre Nelson Mandela que não encontraremos na comunicação social dominante...

E isto também não...

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África do Sul e a luta de classes

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Os trágicos acontecimentos na mina de Marikana, na África do Sul, que resultaram na morte de dezenas de mineiros, sindicalistas e polícias, são graves e têm uma indiscutível importância política. Por aquilo que representam objectivamente, mas também pela carga simbólica e política que adquirem num país marcado historicamente pela violência do apartheid. A violência ocorrida, e especialmente a acção da polícia, não pode merecer senão a viva condenação das forças que como o PCP estão solidárias com a luta dos trabalhadores, com a defesa dos seus direitos e que desde sempre estiveram ao lado da luta daquele povo contra a opressão social e racial e pela concretização e aprofundamento da revolução democrática e nacional iniciada com o derrube do apartheid. Mas esta indiscutível condenação e expressão de solidariedade aos trabalhadores da milionária indústria de extracção mineira não deve, e não pode, ignorar as razões de fundo destes acontecimentos e a evolução da situação política na África do Sul e das suas forças sociais e políticas.

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Publicado neste blog:

África do Sul: as posições do Comité Central do SACP (Partido Comunista)

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Following the SACP`s highly successful July national congress, the newly elected SACP Central Committee met for the first time in Johannesburg over the weekend of August 17th to 19th.

The CC began its meeting by observing a moment of silence and expressing condolences to all those who have lost family members and colleagues in the tragic events at Marikana this past week, and our well wishes to those who have been injured, workers and police. The CC welcomes President Zuma`s announcement of a commission of inquiry. It is important that the mandate of the inquiry should be broad in scope. It is impossible to understand the tragedy without understanding the underlying factors.

The inquiry should, amongst other things, build on the 167-page report from the church-sponsored Bench Marks Foundation, "Communities in the Platinum Minefields", which was coincidentally released last week. The report paints a grim picture of how all the major platinum mining corporations have made billions of rands out of the world`s richest platinum deposits in the Bojanala District of the North West province, while leaving a trail of misery, death, poverty, illness, and environmental pollution in the surrounding communities. The report finds that Lonmin`s operations at Marikana, for instance, "include high levels of fatalities" and that the "residential conditions under which Lonmin…employees live are appalling." The report further attributes the high level of fatalities at Lonmin and other platinum company mines in the district to the extensive use of sub-contracted labour (nearly one-third of the work-force in the case of Lonmin`s Marikana operations). "Sub-contracted labour is usually poorly paid, poorly trained and educated, and poorly accommodated", the report notes, and adds: "Therefore sub-contracted workers compromise the health and safety of other workers."

Our own SACP members from the district, most of them mine-workers, have of course been telling the Party about these realities for many years and we have been raising them publicly, but we refer to the Bench Marks Foundation to avoid the allegation of partisanship. Importantly, the report points out that the practice of sub-contracting by the mining houses dates back to the immediate post-1994 period as a cost-cutting measure and an attempt to "break the power of NUM" (p.36), to undercut the collective bargaining rights that the organized working class had finally achieved after decades of struggle. Furthermore, the report notes that the expanded use of sub-contracted labourers from other localities, including from the Eastern Cape, has created community tensions between "insiders" and "outsiders". Last year, for instance, there were violent protests from local community, unemployed youth in Marikana, angry that jobs on the mines were being provided to "outsiders".

The Presidential Commission of Inquiry must also consider the pattern of violence associated with the pseudo-trade union AMCU wherever it seeks to implant itself. Launched in Witbank by two former NUM members, expelled for anarchic behavior, AMCU was funded by BHP Billiton in a deliberate attempt to undermine NUM. The Commission should, in particular, investigate its leader Joseph Mathunjwa.

The violence associated with AMCU spread to the Rustenburg platinum mines last year when the management of Impala Platinum deliberately undercut collective bargaining agreements reached with NUM by opportunistically seeking to attract, with higher wages, mineworkers with blasting certificates from other companies – this naturally created a grievance among the less-skilled rock-drillers. It was a grievance demagogically exploited by AMCU which ultimately led to the dismissal of thousands of workers.

At Marikana, last week, AMCU leadership was once more exploiting the credulity and desperation of the most marginalized sectors of the Lonmin work-force, "outsiders", contracted-workers many from Eastern Pondoland. SACP members from the area confirm newspaper reports today that the armed workers who gathered on the hill were misled into believing they would be invulnerable to police bullets because they had used ‘intelezi`, and provided they isolated themselves from women, and provided that did not turn their backs on the police.

In short, it is impossible to understand the tragedy of last week without an appreciation of how the major platinum mining corporations, sitting on top of over 80% of the world`s platinum resources, have created desperate community poverty, divisive tensions, and a fatalistic attitude towards danger and death. It is also not possible to understand the tragedy without understanding how profit-maximising corporate greed has deliberately sought to undercut an established trade union and collective bargaining by conniving with demagogic forces. This strategy has now back-fired on the platinum companies` profits themselves.

For all of these reasons the SACP firmly rejects the attempt to portray the events of last week as being essentially rooted in trade union rivalry. This narrative is no different to that developed during the final years of apartheid, when armed vigilantes, fomented, trained and escorted by the apartheid regime, were unleashed on our UDF, COSATU and ANC supporting communities and this was portrayed as "black on black violence".

There are many lessons to be learnt from this tragedy. A proper understanding of its underlying causes should shame all of those who seek to undermine our current collective bargaining dispensation by calling for a "more flexible labour market", by defending labour-brokering and the extensive use of other forms of "a-typical" labour, and by seeking to portray COSATU and its affiliates as the source of all evil.

(sublinhados meus)

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África do Sul: as posições do SACP, da COSATU e do ANC

As posições dos comunistas sul africanos e dos seus aliados na Aliança Tripartida (em inglês):

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Dignidade e terrorismo

Pedro Méndez Suárez, Rebelión de 9 de Agosto

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- Por mais que procure, em nenhuma parte descubro que dignidade tenha algo que ver com o terrorismo.

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Publicado neste blog:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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Os 100 dias de Obama

    Nunca tivemos quaisquer dúvidas sobre a real natureza do «fenómeno Obama». Nunca embarcámos na maré de ilusões que a formidável campanha de promoção do «fenómeno» suscitou e ainda suscita em sectores do campo democrático. Alertámos desde o primeiro momento para a sofisticada operação de promoção do imperialismo norte-americano subjacente a tal «fenómeno»: o clamoroso fracasso do consulado fascizante de G. Bush impunha a recomposição da imagem dos EUA e a procura de outros métodos para tentar impor a sua hegemonia mundial. Após 100 dias de governo Obama podemos afirmar que a vida nos deu razão.

                                         

Como se fabrica uma notícia

    A comunicação social nos nossos dias reproduz como nunca a ideologia dominante. Seja na TV, na rádio ou nos jornais. A forma como a generalidade da comunicação social cobriu as recentes eleições na África do Sul são um bom espelho do que afirmamos.

Apetece perguntar: quais seriam as notícias publicadas pelos media ditos de referência se num qualquer país da Europa ou da América do Norte (em relação à América Central e à América do Sul o caso já muda de figura…), um partido político ganhasse as eleições com 65,9 por cento dos votos? E se houvesse uma participação eleitoral da ordem dos 77,3 por cento?

Imaginemos França, Inglaterra, Alemanha ou Canadá. Cantar-se-iam loas à democracia e aos candidatos eleitos. Falar-se-ia de legitimidade democrática e do bom funcionamento do sistema. Escrever-se-ia sobre uma liderança política legitimada de forma indiscutível. E não venham dizer que isto é especulação. Os exemplos nas últimas dezenas de anos abundam e aí estão para o provar.

Mas sobre a África do Sul não. O essencial, a vitória do ANC com dois terços dos votos expressos (11650748 em cerca de 23 milhões de votantes inscritos), 264 deputados em 400, triunfo em 8 das 9 províncias, 126 representantes em 184 no Conselho Nacional das Províncias (Câmara Baixa do Parlamento) é sistematicamente desvalorizado. O acessório, o não ter alcançado os dois terços dos deputados eleitos (faltaram escassos 3 lugares), é promovido à categoria de quase derrota do ANC.

Significativamente é em vão que procuramos uma notícia que nos informe que em quase todos os países Europeus e da América do Norte com 65,9 por cento dos votos qualquer partido teria muito mais que dois terços dos deputados. Portugal incluído. E isto graças a sistemas eleitorais muito «democráticos» onde, por exemplo, o partido trabalhista de Tony Blair com menos do que 50 por cento dos votos obteve sucessivas maiorias absolutas bastante folgadas.

É também em vão que procuramos uma análise objectiva do novo Presidente da África do Sul Jacob Zuma. E era fácil. Bastava transcrever o que sobre ele disse e escreveu Nelson Mandela ao manifestar-lhe o seu apoio. Tal como são quase nulas as notícias que referem que ficou claramente provado que os processos por corrupção (que abrangeram também dirigentes do Partido Comunista) foram desencadeados com fins políticos por ministros do governo de Thabo Mbeki (que saíram do ANC e fundaram um novo partido). Que elementos dos órgãos de segurança do Estado e do aparelho judicial tudo fizeram para manipular factos e provas. Que a comunicação social dominante na África do Sul tentou de múltiplas formas desacreditar Jacob Zuma e a nova liderança do ANC.

Mas encontramos coisas ridículas como o «facto» de Zuma ter sido condenado a dez anos de prisão, não pela sua actividade no ANC, mas «por tentar deixar o país clandestinamente, aos 21 anos». Curiosamente, ou talvez não, a mais objectiva análise vem de onde menos se poderia esperar. De um inimigo de ontem: Roelof “Pik” Botha.

O mesmo para as propostas políticas do ANC geralmente arrumadas na categoria de «populistas». E porquê? Porque põem uma muito grande ênfase na prioridade à resolução dos problemas das camadas trabalhadoras e da população mais desfavorecida do país. Prioridade no combate à pobreza e ao desemprego. Promessas que tudo indica serem para cumprir, esse é o problema para certos poderes, e não para ficar no papel.

Mas nada disto nos surpreende. Basta ler o que Eduardo Galeano (o tal do livro oferecido por Chavez a Obama) sobre o processo na Venezuela. Onde recorda que nunca em parte alguma do mundo um presidente eleito se submeteu a meio do mandato a uma consulta eleitoral revocatória. E Hugo Chavez fê-lo. Mas toda (quase) a comunicação social dominante escondeu este «simples» facto.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

                                                                                   

In jornal "Público" - Edição de 1 de Maio de 2009

                                                                                          

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