A primeira pedra para a construção do Templo Expiatório da Sagrada Família, o mais emblemático ex-libris de Barcelona, foi lançada há 134 anos, mas o fim desta imponente obra da criatividade humana só deverá ocorrer, segundo as previsões, após 2026.
Fruto da genialidade de Antoni Gaudí, o mais ilustre arquitecto de Barcelona e uma figura universal da arquitectura moderna, que a ela dedicou 40 anos da sua vida, o projecto da Catedral consiste numa grande igreja com uma planta em cruz latina e torres altas, concentrando uma importante carga simbólica tanto do ponto de vista arquitectónico como escultórico, que tem como objectivo último explicar os ensinamentos dos Evangelhos e da Igreja católica.
Para a sua execução, Gaudí rodeou-se de um vasto leque de conceituados artistas, escultores e modeladores.
Prosseguida por sucessivas gerações de discípulos de Gaudí após a sua morte num acidente de viação, em 1926, a obra, imponente e de rara beleza, ficará concluída com a construção da fachada principal, a fachada da Glória, e contará com 18 torres de 125 metros de altura.
A ideia de erigir um monumento a Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal e ministro do Rei D. José, através de subscrição pública tem origem nas comemorações do centenário da sua morte, em 1882.
A iniciativa só avança em 1913, ano em que é aberto o concurso público para a obra, no qual é aprovado o projecto dos arquitectos Adães Bermudes e António do Couto e dos escultores Simões de Almeida, Leopoldo de Almeida e Francisco Santos.
A obra impressiona pela sua opulência: do alto de um pedestal em pedra ricamente trabalhada com cerca de 40 metros de altura, Pombal, ladeado pelo leão – símbolo de força e determinação – contempla a Baixa.
Na frente do pedestal está uma figura feminina com o símbolo das quinas na proa do navio que pode simbolizar a Nação, enquanto as esculturas alegóricas mostram o Terramoto; a reconstrução da cidade; a agricultura; a pesca e a deusa da Ciência, da Indústria e das Artes.
Protagonista da reconstrução de Lisboa após o Terramoto de 1 de Novembro de 1755 e do incêndio que se lhe seguiu, o ministro foi um estadista polémico, sendo apresentado ora como um déspota ora como um modernista iluminado.
«…Quem for a Brasília, pode gostar ou não dos palácios, mas não pode dizer que viu antes coisa parecida. E arquitectura é isso – invenção.»
As palavras de Oscar Niemeyer, o genial arquitecto comunista brasileiro a quem o presidente Juscelino Kubitschek confiou a concepção arquitectónica da cidade, exprimem bem o que desde a primeira hora foi a sua preocupação: «que esses prédios constituíssem qualquer coisa de novo e diferente, fora da rotina ... de modo a proporcionar aos futuros visitantes da Nova Capital uma sensação de surpresa e emoção que a engrandecesse e caracterizasse».
A construção de Brasília responde à necessidade de interiorizar a capital do Brasil, ideia surgida em meados do século XVII – admite-se que por sugestão do Marquês de Pombal – e referida em sucessivos projectos até ser fixada na primeira Constituição da República, em 1891.
Com a eleição de Kubitschek, em 1956, inicia-se a construção, tendo Lúcio Costa como responsável pelo plano urbanístico, coadjuvando Niemeyer.
Controversa desde o início, Brasília acabou por se tornar um ícone internacional ao ser consagrada Património da Humanidade em 1987.
«Todo sujeito que tem a revolta dentro dele é um comunista. O que a gente quer? Acho que é importante hoje o sujeito ser modesto. Quando vejo o sujeito pensando que é importante, acho uma merda. Nada é importante. Agora, tem de melhorar o mundo, lutar, fazer a vida mais justa, os homens se entenderem, estamos no mesmo barco.»
«A sua obra arquitectónica e plástica é uma das mais admiráveis marcas deste tempo. O seu exemplo moral e ético é também o de um tempo futuro. Um tempo em que, em todas as escolas de arquitectura, será ouvido o seu conselho aos arquitectos:
"(…) ter presente que a arquitectura não se pode limitar aos desejos das classes dominantes, mas atender aos mais pobres que dela tanto carecem.
E ser intransigente na defesa desse mundo sem classes que desejamos e no qual a arquitectura assumirá, um dia, sua verdadeira identidade".»
«O mundo das artes e a cultura do trabalho perderam o legendário arquiteto e comunista Oscar Niemeyer. Figura da maior grandeza, que marcou o século XX com a sua arte e ciência, mas também com as ideias pelas quais lutava com convicção.»
«Para os comunistas portugueses, a morte de Oscar Niemeyer significa a perda de um camarada, de um comunista que com a sua militância, o seu trabalho e a sua intervenção cívica e partidária, sempre procurou como afirmava “ser simples, criar um mundo igualitário para todos, olhar as pessoas com optimismo”.»
A obra intitulada «Tu, Liberdade Livre» é composta por um poema inédito de Manuel Gusmão, uma serigrafia de Álvaro Siza e uma carteira de Armando Alves.
Trata-se de uma obra de arte limitada a 150 exemplares, numerada e assinada pelos autores.
A casa do Oscar era o sonho da família. Havia um terreno para os lados da Iguatemi, havia o anteprojeto, presente do próprio, havia a promessa de que um belo dia iríamos morar na casa do Oscar. Cresci cheio de impaciência porque meu pai, embora fosse dono do Museu do Ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa do Oscar. Mais tarde, num aperto, em vez de vender o museu com os cacarecos dentro, papai vendeu o terreno da Iguatemi. Desse modo a casa do Oscar, antes de existir, foi demolida. Ou ficou intacta, suspensa no ar, como a casa no beco de Manuel Bandeira.
Senti-me traído, tornei-me um rebelde, insultei meu pai, ergui o braço contra minha mãe e saí batendo a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quando for a casa do Oscar! Pois bem, internaram-me num ginásio em Cataguases, projeto do Oscar. Vivi seis meses naquele casarão do Oscar, achei pouco, decidi-me a ser Oscar eu mesmo. Regressei a São Paulo, estudei geometria descritiva, passei no vestibular e fui o pior aluno da classe. Mas ao professor de topografia, que me reprovou no exame oral, respondi calado: lá em casa tenho um canudo com a casa do Oscar.
Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de Tom Jobim. Quando minha música sai boa, penso que parece música do Tom Jobim. Música do Tom, na minha cabeça, é casa do Oscar.
«y juzgará entre las naciones y reprenderá a muchos pueblos; y volverán sus espadas en rejas de arado, y sus lanzas en hoces; no alzará espada nación contra nación, ni se adiestrarán más para la guerra» (Isaias 1,4)
Sonó el teléfono a las 3.45 de la noche, la voz de un amigo preocupado y dolorido se preguntaba que podía hacer la comunidad internacional frente a los bombardeos de Israel, el 27 de diciembre del 2008 sobre la Franja de Gaza y la posterior invasión terrestre provocando muertes y graves daños a la población palestina, con los llamados "daños colaterales",utilizado para ocultar las masacres.
Israel trata de justificar los ataques por la escalada de violencia de los misiles lanzados por las milicias de Hamas contra poblados de colonos israelíes en territorio palestino ocupado.
Tras largas décadas el conflicto entre Israel y Palestina no tiene perspectivas de solución, a pesar de los intentos de diálogo y treguas que terminaron fracasando en el tiempo. El problema es que no quieren llegar a una solución del conflicto.
Los intereses económicos, políticos y militares de Israel y de los EE.UU desconocen las reiteradas resoluciones de la ONU para poner fin al conflicto y buscar una salida política y que se aplique la resolución del año 1948 sobre la constitución de dos Estados, el de Israel y Palestina.
En el tiempo transcurrido se ha constituido únicamente el Estado de Israel, país que en alianza con los EE.UU. se oponen por las armas a la constitución del Estado Palestino, invadiendo su territorio y asentando colonias judías, expulsando y marginando al pueblo palestino y utilizando métodos aberrantes como la tortura, el trato cruel y degradante y violando los derechos humanos; levantando un "muro infame" que divide a los pueblos sometiendo a los palestino a la marginalidad, la pobreza y el terror.