Equipa da Educação não tem pejo em faltar à verdade
«Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional de Professores, afirma que os professores querem ser avaliados, mas não nesta altura do ano lectivo e com este modelo. Diz que Sócrates vai ter um ano complicado se não mudar de ministra e acusa Maria de Lurdes Rodrigues e a sua equipa de fazerem propaganda e de não terem pejo em faltar à verdade.»
In jornal "Correio da Manhã" - Edição de 16 de Março de 2008
Entrevista ao secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, de leitura obrigatória, conduzida por António Ribeiro Ferreira.
Correio da Manhã – Os professores aceitam ser avaliados ou não?
Mário Nogueira – Os professores acham que devem ser avaliados. Desde a primeira hora, desde os anos oitenta, quando foi aprovado o primeiro estatuto, os professores e a Fenprof assumiram um modelo de avaliação que, em minha opinião, era mais exigente que este e que os anteriores. O que não era difícil.
- Então o que é que está em causa nesta luta?
- A questão prende-se com o objectivo da avaliação. Uma avaliação, em nossa opinião, deve sobretudo ser orientada para melhorar a qualidade do desempenho dos professores e daí melhorar a qualidade do ensino. Por isso mesmo nós achamos que deve ser uma avaliação sobretudo de matriz formativa.
- O que é que quer dizer com isso?
- Deve servir para que se detectem as dificuldades, os problemas, as lacunas que os professores têm no seu desempenho. Deve servir para elaborar um diagnóstico com esses problemas e deve servir para definir estratégias que podem passar pela formação, pelo acompanhamento e pelo apoio. E podem até, no limite, e nós nunca contrariámos isso, chegando-se à conclusão que o professor não tem condições deve-se, respeitando a sua habilitação, haver um processo de reclassificação de função profissional.
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