Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Iúri Alieksieievitch Gagárin: O primeiro cosmonauta

12 de Abril: Dia Internacional dos Voos Espaciais Tripulados

Iúri Gagárin9

Foi no dia 12 de Abril de 1961 que o soviético Iúri Gagárin se tornou o primeiro homem a viajar no espaço, a bordo da Vostok I.

Um feito que «abriu o caminho à exploração do espaço para benefício de toda a Humanidade», tal como sublinhou, em Abril de 2011, a Assembleia Geral da ONU, ao declarar 12 de Abril como o Dia Internacional dos Voos Espaciais Tripulados.

Iúri Gagárin_montagem

«Poderei eu alguma vez esquecer o Sol, fonte da vida do nosso planeta, exuberante, de um branco azulado, completamente diferente da sua imagem observável desde a Terra? Os que o viram tal como ele é são ainda pouco numerosos. De todas as maneiras, estou certo de que muitos o verão, dezenas, centenas de terrestres, homens de todas as profissões e cidadãos de todos os países. Procurando decifrar os mistérios do Universo, eles sonharão com o bem dos homens.»

Estas palavras do cosmonauta e herói soviético, escritas por ocasião do cinquentenário da Revolução de Outubro, são de sobra conhecidas pelos que abordaram textos evocativos da sua vida e do feito inesquecível que a ela ficou associada. E nunca é demais lê-las. Testemunho de uma experiência humana pioneira, elas são também demonstrativas do espírito com que Iúri Gagárin abordou a viagem ao espaço extra-terrestre.

Posteriormente, dirá: «Konstantin Tsiolkovski, sábio dotado de um poder de previsão extraordinário, disse que os homens acabariam por conquistar todo o espaço à volta do Sol. Apercebo-me de que esta obra exigirá o esforço de numerosas gerações, desenvolvendo-se em consonância com o ritmo do progresso científico e técnico. Se os homens progressistas unirem os seus esforços, estou convencido de que a Humanidade construirá os primeiros degraus que conduzirão ao Espaço, talvez a Marte. Esta domesticação do Cosmos, realizada num clima de amizade, trará vantagens infinitas também segundo o plano puramente terrestre, por exemplo, em matéria de controlo do clima.»

Iúri Gagárin4

Vostok1_descent_module-Wikp.jpg

VOSTOK 1 Módulo descendente

O voo de Gagárin evidenciou a pujança do programa espacial soviético e o seu pioneirismo na conquista espacial:

em Outubro de 1957, a URSS lançou o primeiro satélite artificial, o Sputnik, e, no mesmo ano, o primeiro ser vivo entrou em órbita: a cadela Laika.

Em 1959, a sonda Luna 2 alcançou a Lua, de cujo lado oculto a sonda Luna 3 enviaria as primeiras imagens, também nesse ano.

Em 1960, os cães Belka e Strelka foram os primeiros seres vivos a regressar em segurança à Terra, depois de um voo espacial.

Já depois do voo de Gagárin, Valentina Tereshkova tornar-se-ia a primeira mulher a conquistar o espaço, em 16 de Junho de 1963.

Vostok-1-musee-du-Bourget-Paris_Wiko.jpg

Nave espacial VOSTOK 1

Depois de sobrevoar a Terra numa nave-satélite, eu vi como é lindo o nosso planeta.

Pessoal, vamos conservar e multiplicar esta beleza, e não destruí-la.

Gagárin

Gagárin, herói soviético e da Humanidade, morreu novo, num voo de treino, a 27 de Março de 1968, pouco tempo depois de ter completado 34 anos.

Hoje, 59 anos passados sobre aquele 12 de Abril, o seu feito inesquecível continua a ser lembrado, assim como a sua audácia, a sua coragem e o seu sorriso confiante e contagiante, que parecia vir de quem sabia que ajudara a abrir uma nova era e parecia dizer-nos que sonhava «com o bem dos homens».

 

O caso Apple e a Europa do capital

Fomos recentemente bombardeados pelo famoso caso da Apple, objecto de uma condenação por parte da Direcção Geral da Concorrência da União Europeia que obriga aquela multinacional a devolver a colossal soma de 13 mil milhões de euros ao Estado Irlandês por benefícios fiscais recebidos indevidamente entre 1991 e 2014.

Numa altura em que a generalidade dos povos europeus desacredita cada vez mais nas instituições europeias, esta iniciativa da comissária sueca responsável pela pasta da concorrência é vista como uma manobra destinada a mostrar serviço, procurando criar mais uma fachada de preocupação social, como se esta UE não estivesse desde sempre ao serviço do grande capital europeu.

Vale a pena por isso determo-nos um pouco sobre este caso que é de certa maneira emblemático dos interesses que estão em jogo e a quem serve de facto este processo de integração europeia.

Ler texto integral

 

 

Obama sem perdão

Barack Obama_caricatura2

Desenho de Fernando Campos (o sítio dos desenhos)

 

Obama é o presidente do único país do mundo que recorreu à arma nuclear e que está empenhado no seu aperfeiçoamento, o presidente de uma potência que pretendendo dominar o mundo, vê na arma nuclear um elemento central da sua política de «segurança nacional» e ameaça com o seu uso «preventivo», um país que cerca de bases militares os seus «adversários estratégicos», a China e a Rússia, e que tem em curso a instalação na Europa Central e na Coreia do Sul de sistemas de mísseis que visam colocar os EUA ao abrigo de retaliação quando e se desencadear a guerra nuclear.

É espantoso que Obama não só se apresente a si próprio como seja apresentado pela comunicação social dominante como pacifista e paladino da abolição da arma nuclear.

Porque, ao mesmo tempo que recusa propostas de negociação no sentido da redução e eliminação dos colossais arsenais hoje existentes, o que os EUA pretendem não é impedir a proliferação da arma nuclear mas o desarmamento unilateral daqueles países que ousem resistir à sua política de submissão e pilhagem imperialista, como está a acontecer no Médio Oriente onde Israel, a sua principal ponta de lança, não só dispõe de armamento nuclear como ameaça com a sua utilização «preventiva».

AQUI

 

Hiroshi_aBodyBurnt7-8_3000m.jpg

 «A maioria dos japoneses pretendia de Barack Obama um pedido de desculpas que traduzisse arrependimento. Não só não o obtiveram, como foram ainda confrontados com a teoria dos «danos colaterais» como um «preço a pagar».

Muitos dos sobreviventes de Hiroxima e Nagasaki voltaram, nesta ocasião, a relatar os efeitos brutais das bombas atómicas lançadas por ordem do então presidente dos EUA, Harry Truman:

seres humanos e edifícios carbonizados por igual;

um «exército de fantasmas» com a pele a desprender-se da carne aos pedaços e os olhos esbugalhados a saltarem das órbitas;

a chuva negra e ácida corroendo os corpos de vivos, moribundos e mortos;

as marcas psicológicas inapagáveis, como aquelas que fazem do quotidiano crepúsculo um rememorar da luz assassina que se expandiu após as explosões.»

 

 
Hiroshima (esquerda) e Nagasaki (direita)

 «Estima-se que em Hiroxima e Nagasaki tenham morrido mais de 250 mil pessoas só nos bombardeamentos nucleares.

Pelo menos outras tantas morreram nos meses imediatamente a seguir.

Dezenas de milhares foram depois perecendo devido a enfermidades associadas à exposição à radiação, como o cancro.

Muitas sobrevivem suportando maleitas crónicas, ferimentos ou mutilações.»

 

 

Agosto 1947. Fotógrafo: Carl Mydans. Life Images

 «Nas últimas semanas, a República Popular Democrática da Coreia propôs conversações tendo por objectivo aliviar a tensão militar na península.

Num gesto significativo, as autoridades norte-coreanas nomearam como ministro dos Negócios Estrangeiros o diplomata de carreira responsável pelo diálogo com os EUA e a Coreia do Sul durante mais de duas décadas.»

 

little_boy.jpg

 «A 10 de Maio, um vaso de guerra norte-americano navegou a escassos quilómetros de ilhas chinesas situadas no Mar do Sul. A 17, aviões chineses interceptaram uma aeronave de patrulha e reconhecimento dos EUA na mesma zona.

Entre um e outro incidentes, Pequim acusou os EUA de distorcerem deliberadamente a sua política de defesa e avisou para o prejuízo grave que tal implica na relação de confiança entre os dois países.

A China reagiu, dessa forma, a um relatório do Pentágono que atribui às autoridades chinesas «tácticas coercivas» no Mar do Sul.

«São os Estados Unidos que têm mostrado poderio militar ao frequentemente enviarem aviação e navios de guerra para a região», respondeu Pequim.»

 

Publicado neste blog:

 

Uma longa estrada

2016_95_anos_pcp_logo_horizontal

Durante anos estiveram ao serviço de Moscovo, conspiraram e desenvolveram actividades subversivas contra os interesses da Nação. Quiseram impor uma ditadura em Portugal, aniquilar liberdades e a democracia. Quiseram roubar as terras, o gado e nacionalizar a propriedade até à última barbearia. Expulsaram e perseguiram camaradas seus, fizeram purgas, impuseram uma disciplina férrea que esmaga o indivíduo e a sua identidade. Têm arquivos secretos, segredos terríveis e planos ameaçadores. Fazem greves só para destruir empresas e chatear a vida de quem trabalha. Querem os sindicatos como correias de transmissão dos seus mesquinhos interesses. Gostariam de ver em Portugal o regime da Coreia do Norte. Vivem da miséria do povo e precisam dela para existir. Cantam sempre vitória mesmo quando têm derrotas. São praticamente os únicos que ainda existem na Europa. Só sabem protestar e não têm qualquer vocação para governar. Agora são a muleta do Governo PS. Esperam pela primeira oportunidade para mandar o Governo abaixo. São velhos e têm uma cassete. Têm uma festa com coisas muito estranhas. Querem coisas impossíveis, como não pagar a dívida, sair do euro ou nacionalizar bancos. Não compreendem que o mundo mudou e falam da classe operária, dos trabalhadores, do imperialismo, do futuro socialista e comunista. Esperam pelos amanhãs que cantam...

O conjunto de barbaridades, calúnias e ataques dirigidos ao PCP não são um pormenor de conjuntura. São uma realidade factual, presente ao longo de décadas de luta do Partido, uma arma de arremesso usada pelas classes dominantes, difundindo a mentira, estimulando o preconceito. Com diferentes matizes ao longo dos tempos, o objectivo supremo da construção de uma sociedade nova e a acção consequente para o concretizar, suscita o ódio de classe capaz de mobilizar poderosos meios para limitar a capacidade de atracção do ideal comunista e do PCP. Temem a força dos ideais e das convicções, a justeza das propostas e da acção política, a presença e acção organizada, a ligação aos trabalhadores e ao povo, o reconhecimento do seu trabalho, honestidade e competência. Temem a capacidade de resistir, a alegria de lutar, a confiança no povo e no futuro. Eles estão prestes a completar 95 anos e têm consciência da longa estrada que têm pela frente.

AQUI

 

Dizem que a mensagem não passa

Internet_map.jpg

 

Dizem que o discurso está ultrapassado, que não tem novidade e mesmo quando é dito por alguém mais jovem, está contaminado por velhas ideias. Dizem que o mundo mudou e que só os comunistas é que ainda não perceberam o quanto mudou. Dizem que o PCP é sempre do contra, que só sabe dizer mal e que nada de construtivo tem para propor ao País. Dizem que quanto mais miséria e exploração melhor, pois é da miséria que vive o Partido. Dizem que dizemos sempre a mesma coisa, que é cassete! E dizem-no dez, cem, mil vezes. Nos jornais que lhes dão espaço, nas rádios que lhes amplificam os comentários, nas televisões onde se sentam todos os dias e onde debitam as suas sentenças, incluindo a de dizer que a mensagem do PCP... não passa!

 

A mensagem de Portas e de Passos passa. A mensagem de Marcelo e de Marques Mendes passa. A mensagem do PS e do BE passa. Só a mensagem do PCP é que não passa. Que azar! Melhor dito, que incompetência!!! Nós que andamos nisto há quase 95 anos, nós que nos fartamos de ter opinião sobre quase tudo, nós que temos análises, propostas, projecto, já devíamos ter aprendido alguma coisa com a vida. Falta-nos o jeito, a técnica, o sentido de oportunidade, a agilidade, a inteligência, a dicção, a presença, a telegenia que sobra seguramente em todos os outros. Mas não ensinam isso no Partido?? Perguntam alguns. E muitos acreditam que assim é. Falta-nos também essa independência, esse livre espírito de pensamento que abunda noutras paragens e que por aqui escasseia e que só se adquire, dizem, quando se deixa de ser comunista...

 

Entre a discriminação do Partido e a promoção de outros, passando pelo sistemático preconceito que invade e condiciona muitas das redacções, até às ordens directas dos centros de decisão em operações dirigidas contra o PCP e das quais temos exemplos bem recentes como foram as eleições para a Presidência da República, a voz do Partido, a mensagem do Partido, é absolutamente intolerável para os senhores do dinheiro. Impossibilitados de ir onde a PIDE e a censura chegaram, utilizam a propriedade dos órgãos de informação como se de um exército se tratasse. Porque temem o mensageiro? Também. Mas temem sobretudo a mensagem, sobretudo se for entendida e transformada em acção transformadora por quem a sente e ouve.

AQUI

 

Glorificações da extrema-direita

suastica-galeano.png

Há pouco mais de uma semana o Parlamento Europeu viu constituído, por iniciativa da «Frente Nacional» de Marine Le Pen, o grupo político de extrema-direita auto-intitulado «A Europa das nações e das liberdades». Tal facto é um evidente sinal das profundas contradições do processo de integração capitalista europeu que hoje se formaliza com as vestes de União Europeia, tantas vezes propalada como um verdadeiro paladino da democracia, dos direitos fundamentais, das liberdades, mas cuja praxis se revela, sistemática e transversalmente, contrária aos princípios em que se afirma assentar.

A constituição daquele grupo poderia perfeitamente ser um acto de uma tragicomédia, não fosse ser, de facto, uma expressão bem real da evolução a que vimos assistindo do avanço das forças populistas e de extrema-direita no continente europeu.

Ler texto integral

 

Lembrar quem governou (I)

-
Clicar na imagem para ampliar

-

Ao olhar para os resultados da política de direita na evolução do salário mínimo, interessa recordar quem teve a responsabilidade de governar e apoio para isso no Parlamento. Não deixa de ser curioso como foram tantas vezes comuns as posições de PS, PSD e CDS, perante as propostas do PCP, e como essas posições variaram à medida que um e outros saíam do Governo e iam para a oposição.

O trabalho no Rendimento Nacional

-

Peso (em percentagem) de Ordenados e Salários
no Rendimento Nacional nos últimos 50 anos

-
-
Peso (em percentagem) de Remuneração do Trabalho
no Rendimento Nacional nos últimos 50 anos
-

Com a instituição do salário mínimo nacional, cresceu a parcela do trabalho na distribuição do Rendimento Nacional, quer na categoria de «Ordenados e Salários», quer na «Remuneração do Trabalho» (esta inclui as contribuições para a Segurança Social).

Com a política de direita, o ataque aos trabalhadores fez aqueles indicadores recuarem para níveis de há cinquenta anos.
-

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Links

  •  
  • A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    K

    L

    M

    N

    O

    P

    Q

    R

    S

    T

    U

    V

    W

    X

    Y

    Z

    Arquivo

    1. 2023
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2022
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2021
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2020
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2019
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2018
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2017
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2016
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2015
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2014
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2013
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2012
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2011
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2010
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2009
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2008
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2007
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D