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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

«Portugal não é um país pequeno», os depoimentos de Fausto e Chico Buarque

     Sobre este assunto, eis em seguida os depoimentos de dois especialistas na matéria: Fausto Bordalo Dias e Francisco Buarque de Holanda

Eu cá sou dos Fonsecas / Eu cá sou dos Madureiras / De ferro o puro sangue / O que me corre nas veias / Nasci da paixão temporal / Do porto dos vendavais / Cresço no fragor da luta / Numa força bruta / P’ra além dos mortais / (...) / Somos capitães / Somos Albuquerques / Nós somos leões / Os lobos do mar / De olhos pregados nos céus / De cima dos chapitéus // Somos capitães / Somos Albuquerques / Nós somos leões / Os lobos do mar / E na verdade o que vos dói / É que não queremos ser heróis

In Fausto's album: Por Este Rio Acima

«Sabe, no fundo eu sou um sentimental / Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo / (além da sífilis, é claro) / Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar / Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora...»

Publicado neste blogue:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                    

«Portugal não é um país pequeno», na versão do nosso bem-AMADO governo

Onde estão as fronteiras de segurança de Portugal?

Esta é uma pergunta a que tentaremos agora responder pela voz sempre autorizada e clarividente dos nossos governantes. Eis as angustiantes respostas que fariam roer-se de inveja os governantes (fascistas...) de outrora.

 

1. Nuno Severiano Teixeira, Junho de 2006 e 30 de Outubro de 2006: 

Porque o conceito de segurança do nosso tempo não pára nas fronteiras nacionais, nem nas fronteiras regionais. Extravasa essas fronteiras, porque se trata de uma segurança global. (...) Hoje as sociedades são abertas, as fronteiras são fluidas, multiplicam-se os actores nacionais (empresas,organizações da sociedade civil, redes científicas, associações profissionais, etc.) que se relacionam, interna e externamente, sem recurso à intervenção do Estado. (...) No passado, a fronteira da segurança europeia estava em Berlim. Hoje, transferiu-se para o Médio Oriente. É lá que está o centro de gravidade dos conflitosinternacionais e das ameaças à segurança europeia. E ontem como hoje, na guerra fria como nos nossos dias, a fronteira da segurança portuguesa é a fronteira da segurança europeia. (...) A presença portuguesa na Bósnia-Herzegovina significa que a defesa nacional é, hoje, inseparável da defesa europeia e que as fronteiras da segurança portuguesa são as fronteiras da segurança europeia. (...) A iniciativa do Presidente Medvedev sobre segurança colectiva no espaço euro-atlântico é, à partida,um passo no bom sentido, que pode e deve consolidar o status quo na região,no respeito pela soberania de todos os Estados e pelas fronteiras estabelecidas no fim da Guerra Fria. A NATO continuará a ser o principal garante da segurança dacomunidade euro-atlântica. (...) Os militares portugueses estão presentes na ISAF, sem caveats que prejudiquem o seu emprego como forças combatentes, porque a fronteira de segurança nacional está no Afeganistão. (...) Temos o dever, em momentos solenes como o que vivemos hoje, de evocar a história do Exército português, que se confunde com a história da fundação do Estado, com a definição e a defesa das fronteiras de Portugal. Somos um dos mais antigos Estados da Europa; um dos Estados europeus que soube preservar, durante mais tempo, as suas fronteiras externas, sem nunca olhar a sacrifícios. Soubemos garantir a nossa independência, porque nunca desistimosd e lutar pela nossa liberdade. (...) A política de Defesa Nacional tem o dever de garantir a integridade do território português, mas os seus objectivos não estão confinados aos estritos limites das fronteiras do Estado. A nossa independência, a nossa credibilidade e os nossos interesses defendem-se em fronteiras de segurança que não coincidem, hoje, com as fronteiras geográficas do Estado nacional. (...) Para além disso, a UE tem a obrigação de assumir crescentes responsabilidades na segurança e na defesa não só dentro das suas fronteiras, no território europeu,mas também na produção de estabilidade na designada “vizinhança próxima”, em particular em África e no Mediterrâneo. (...) É um sinal de que a fronteira entre a paz e a guerra se esbateu. (...)

In Contributos para uma politica de defesa

[Baralhados? Mas quem não estaria? No mínimo este homem é um grande teórico e um valentaço... O problema é se os do Médio-Oriente, os bósnios, os afegãos, os africanos, etc., acharem também que "as fronteiras são fluidas" e que "a fronteira entre a paz e a guerra se esbateu", e decidirem que as fronteiras de segurança deles passam por Portugal...]

2. Nuno Severiano Teixeira, 5 de Dezembro de 2006:

«Mas é preciso reconhecer que a fronteira de segurança de Portugal já não é a sua fronteira geográfica. É a fronteira de segurança europeia. E essa fronteira está hoje no Médio Oriente.» 

In Portal do Governo

3. Nuno Severiano Teixeira, 28 de Abril de 2009:

O ministro da Defesa considerou hoje que as fronteiras de segurança de Portugal "jogam-se na África subsaariana e no Mediterrâneo", razões pelas quais é "estratégico" reforçar áreas de cooperação novas como a economia da defesa. "O que é importante perceber é que de um lado, na África subsaariana, e do outro, no Mediterrâneo, se jogam as nossas fronteiras de segurança e Portugal, naturalmente, tem interesse em ter aí relações fortes no plano multilateral", disse Nuno Severiano Teixeira.

In Defesa: Economia de defesa é estratégica para região do Norte de África

  

4. Luís Amado, 26 de Março de 2009:

Luís Amado defende "recentramento" no Atlântico e sublinha papel de Portugal pelas relações com África e Brasil

Nessa lógica, o chefe da diplomacia portuguesa salientou o papel que Portugal pode vir ... "no desenvolvimento de um sistema de segurança" neste espaço. ... "Há aqui um erro gravíssimo e uma fronteira que temos de gerir", ..

[Há um erro gravíssimo... lá isso, há... Há muitos erros gravíssimos...] 

5. Luís Amado, 28 de Janeiro de 2010:

«Fronteira da segurança de Portugal está no Afeganistão» Luís Amado diz que há uma «batalha a travar» para explicar o envio de tropas para o território

[Este, além de ir dar tiros para o Afeganistão ainda pretende "travar uma batalha" connosco para nos explicar isso! Não se incomode, senhor ministro, nós já percebemos!]

Por este andar o próximo governo vai editar um mapa intitulado "Portugal não é um país pequeno" e vai proclamar que a fronteira da segurança de Portugal está na Índia. Voltaremos a ouvir aos microfones da Emissora Nacional que “os sinos da Velha Goa e as bombardas de Diu serão sempre portugueses”!!!

                                                                   

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                     

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