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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

A luta pela água de todos e para todos é uma luta de classe

Terrace_field_yunnan_china_denoised

 

O Dia Nacional da Água comemora-se a 1 de Outubro, o início do ano hidrológico em Portugal; foi criado em 1983, com o objectivo de promover, cada ano, a reflexão sobre a água.

Reflictamos, pois, sobre a política da água, que bem preciso é.

Reflictamos da maneira certa, compreendendo para transformar, para mudar.

Tão criticamente urgente e tão vitalmente necessária que é essa mudança.

(...)

Água_Pública

 

O oligopólio da água

O grande capital transnacional está a construir monopólios (ou, mais rigorosamente, um oligopólio) da água – Toda a água.

O objectivo é que ninguém possa aceder a uma gota de água sem pagar o preço que o oligopólio quiser pedir por ela.

No próprio facto desse intuito ser uma aberração tão fantástica está a sua melhor camuflagem – têm vindo a construir esse mesmo oligopólio a passos de gigante, sem que quase ninguém acredite no que está à vista de todos.

Opera globalmente. E em Portugal está bastante instalado.

A estratégia geral é obter concessões exclusivas de todo e qualquer fornecimento de água e, idealmente, de todo e qualquer acesso de alguém à água; de forma a receber um pagamento por cada vez que alguém usa água.

Não se trata de «possuir» ou «vender» muita ou pouca água. A questão fundamental é cortar totalmente outras alternativas de acesso. O interesse é no monopólio.

Seja a degradação e indisponibilização de outras origens e possibilidades de acesso à água, sejam proibições e penalizações pesadas para a fruição gratuita ou menos dispendiosa da água, têm o exclusivo objectivo (oculto) de garantir o monopólio. Nessa linha enquadram-se regulamentações cada vez mais restritivas e inúmeras medidas mascaradas com pretextos de saúde pública ou alegada escassez.

No caso da água é possível ir instalando monopólios locais ou regionais. Quem reside ou faz agricultura num determinado local não pode ir buscar água muito longe, mesmo gratuita... irá pagar ao monopólio de proximidade.

As peças básicas são monopólios sectoriais regionais – dos quais o mais evidente e no qual mais avançaram em Portugal é o do abastecimento de água urbano.

Estão já instalados muitos outros monopólios sectoriais regionais, desde praias marítimas e fluviais exclusivas a pagantes até às barragens concessionadas que controlam o regime de escoamento de rios inteiros.

Outros estão prontos, ou quase prontos, para entrega ao oligopólio.

A legislação está em vigor, talhada à conveniência do capital.

(...)

Geopark Naturtejo

 

Concessões leoninas

O cartel das transnacionais da água é liderado por um pequeno número de enormíssimos grupos financeiros, destacando-se, porque «abriram o caminho», protagonizaram e protagonizam algumas posições públicas mais evidentes, as duas «francesas» Veolia (Compagnie Generale des Eaux, CGE, ex-Vivendi) e Suez (Lyonnaise des eaux), com inúmeras subsidiárias de nomes diferentes. São todas tão interligadas, mutantes e intercambiantes que é difícil saber quem é quem e deixou de ser relevante. O modus operandi é comum.

A carteira de monopólios em nenhuma das grandes se cinge às águas – resíduos sólidos, electricidade, gás, telecomunicações, saúde, transportes, portos, aeroportos, prisões, são áreas de acção que frequentemente aparecem associadas, também na perspectiva de oligopólio.

São sempre contratos leoninos, em que o Estado se compromete a garantir lucro certo sobre volumes de negócio grosseiramente sobrestimados. São-lhes entregues investimentos, infra-estruturas e bens públicos, recebendo ainda verbas públicas a pretexto de se tratar de serviços de interesse público; compram a si próprios, com preços e lucros que estabelecem e direitos de patentes em seu favor, caríssimos equipamentos, materiais e produtos utilizados na actividade que debitam paulatinamente nas despesas do serviço a repor. E cabe ao Estado extorquir ao povo as fabulosas verbas requeridas pelo concessionário.

Recentemente, os grupos mais poderosos do cartel, têm vindo a largar as concessões de abastecimento de água e saneamento «em baixa» (distribuição de água e recolha de águas residuais) em grande parte porque têm vindo a ser escorraçados pelas populações e por alterações políticas nos municípios ou nos estados e muitos contratos não são renovados. Mas correm vertiginosamente para os monopólios a montante e jusante, muito mais opacos e rentáveis, com o intuito de se interpor entre a água da natureza e os prestadores do serviço público.

No caso dos serviços de abastecimento de água e saneamento, as concessões dos sistemas multimunicipais (privatização das empresas das Águas de Portugal) proporcionam directamente os monopólios cobiçados. Mas não só esses. A concessão de um aproveitamento com albufeira onde haja uma captação para abastecimento público também lhe dá controlo sobre esse abastecimento.

E a EDIA? E as administrações portuárias? E a EDP?

Esta é só uma pequenina ponta do iceberg tão imenso, e do qual tão pouco se fala ...

 

UPP: 3 dias no Alentejo (programa)

UPP Alentejo Programa

Clicar na imagem para ampliar

 

29, 30 de Setembro e 1 de Outubro 

3 dias no Alentejo" Pelo 10º ano consecutivo”!

Agora, pela “margem esquerda do Guadiana, para revisitar os Municípios de Moura e Serpa e, pela 1ª vez, depois de um cruzeiro no grande lago do Alqueva, a aldeia da Luz.

Neste cirandar, a primeira sensação que temos ao chegarmos à região é o encontro com a beleza natural da paisagem, forte, imensa, perturbante.

Vamos conhecer, nas suas diversas vertentes, o riquíssimo património existente.

Vamos também reencontrar as Gentes do Alentejo para as conhecer melhor e saber o que pensam do passado e presente com os olhos postos no futuro.

Depois, experimentar a riqueza, os sabores e os aromas e o prazer da cozinha alentejana é uma vivência tão perfeita que justifica, por si só, a visita à Região.

Seja Alentejo por 3 dias!

 

UPP: 3 dias no Alentejo

UPP 3 dias Alentejo

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29, 30 de Setembro e 1 de Outubro 

3 dias no Alentejo" Pelo 10º ano consecutivo”!

Agora, pela “margem esquerda do Guadiana, para revisitar os Municípios de Moura e Serpa e, pela 1ª vez, depois de um cruzeiro no grande lago do Alqueva, a aldeia da Luz.

Neste cirandar, a primeira sensação que temos ao chegarmos à região é o encontro com a beleza natural da paisagem, forte, imensa, perturbante.

Vamos conhecer, nas suas diversas vertentes, o riquíssimo património existente.

Vamos também reencontrar as Gentes do Alentejo para as conhecer melhor e saber o que pensam do passado e presente com os olhos postos no futuro.

Depois, experimentar a riqueza, os sabores e os aromas e o prazer da cozinha alentejana é uma vivência tão perfeita que justifica, por si só, a visita à Região.

Seja Alentejo por 3 dias!

 

Árvores que nascem, vivem e morrem no meio do rio...

Rio Coja 2016-02-06

Rio Coja1 2016-02-06

Rio Coja2 2016-02-06

Clicar nas imagens para ampliar

 

Fotografias tiradas na minha casa. Mas o panorama é o mesmo para todo o curso do rio Côja (ou Coja?) até encontrar o rio Dão.

 

A prova provada para todos os que duvidam da existência de tal realidade...

 

Erro técnico origina descarga na barragem de Fagilde

Texto de Amadeu Araújo

     Um erro técnico no sistema de controlo das comportas da barragem de Fagilde, no concelho de Viseu, provocou uma descarga que levou à perda de 1,3 milhões de metros cúbicos de água. Segundo afirmou ao DN Fernando Ruas, presidente da câmara de Viseu, que gere a barragem, "a comporta abriu dois metros e ficou a verter até que o sistema lançou um aviso de alerta e o operador executou o fecho manual da comporta".
O acidente ocorreu na noite de terça-feira e só foi solucionado na madrugada de ontem. A situação é preocupante "porque não tem chovido e só o concelho de Viseu consome 12 milhões de litros de água diariamente", referiu o autarca.
A barragem foi construída em 1984 e tem duas comportas. Em 2000 um grave acidente nestas obrigou à instalação de um sistema de abertura automática. Segundo fonte da empresa Telener, que faz a manutenção da albufeira, "foi um erro do software que accionou a abertura da comporta. Em quatro horas a barragem desceu de nível três metros".
A albufeira abastece de água os concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo - 140 mil habitantes - e tem capacidade de armazenamento para 3, 6 milhões de metros cúbicos. Fonte da Telener disse ao DN que "mesmo que chova pouco tem estado a entrar mais água do que a sair pelo que no espaço de um mês a situação normalizará".
O concelho de Viseu tem outras fontes de abastecimento, mas Nelas, Penalva e Mangualde servem-se em exclusivo da barragem com as inerentes dificuldades de abastecimento. O autarca de Penalva do Castelo defende por isso a construção de "uma segunda barragem no rio que poderá dar alguma tranquilidade". Mas a tão desejada barragem ainda não tem sequer projecto e em Fagilde só o ano passado ficou concluído um plano de diques insufláveis que aumentou a capacidade em mais um milhão de metros cúbicos de água.
Certo é que, segundo dados do Instituto de Meteorologia, o distrito de Viseu apresenta já uma situação de seca fraca que está a causar prejuízos aos criadores de gado.

(sublinhados meus)

  

In jornal "Diário de Notícias" - Edição de 13 de Dezembro de 2007

   

Alguém me explica porque é que em 33 anos de democracia ainda não se resolveu o problema do abastecimento de água ao concelho de Penalva do Castelo?

    

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