Ataque «total» à China é o mote da estratégia eleitoral republicana, segundo um memorandum interno divulgado pela imprensa, o que mostra o estado de nervosismo que infecta a direcção do partido de turno do poder de Washington.
O caudal de insanidades transformado em aluvião pretende sacudir a água do capote das responsabilidades da Administração Trump e do imperialismo norte-americano na tragédia da COVID-19 nos EUA.
Em comparação com a China, o país conta com 10 vezes mais casos de contágios e óbitos, embora o número de habitantes dos EUA represente menos de um quarto da população chinesa.
Contrastando com as cerca de 800 bases militares instaladas pelo globo, não se conhece um caso de envio pelos EUA de uma equipa médica de auxílio internacional.
Enquanto isto, a ponte aérea de equipamentos médicos da China para todo o mundo (mais de 120 países), incluindo os EUA, não cessa.
Contudo, do interior do sistema chegam vozes que refreiam o monumental bluff: segundo o CEO da Apple, «a China evoluiu para uma indústria muito avançada» em que se cruzam «a perícia do artífice, a robótica sofisticada e o mundo da ciência da computação. Esse cruzamento que é muito raro encontrar em qualquer [outro] lugar». E acrescenta: «os EUA não têm engenheiros para fazer um smartphone (...), não temos engenheiros suficientes para expandir a produção industrial dos EUA numa margem significativa.»
A dimensão dramática da pandemia no país e os cerca de 30 milhões de trabalhadores lançados para o desemprego no último mês e meio são também as marcas de um declínio crescentemente visível.
Se em 1960 o PIB dos EUA representava 40 por cento do produto mundial, em 2019 o seu peso reduziu-se a 15 por cento. Os efeitos deste processo na relação básica de forças no mundo são inevitáveis.
No caso da gripe H1N1 que surgiu nos EUA e propagou-se por mais de 214 países e regiões em 2009, causando cerca de 200 mil vítimas, alguém pediu reparações aos USA?
Nos anos 80, a sida foi descoberta em primeiro lugar nos EUA e propagou-se pelo mundo. Alguém pediu contas aos EUA?
Em 2008, a derrocada do Lehman Brothers evoluíu para uma crise mundial generalizada, sem que ninguém tenha exigido à parte americana «suportar as consequências».
As tropas de élite do Pentágono foram enviadas para quase 70% dos países do mundo em 2015, segundo um relatório.
«Os soldados norte-americanos de operações especiais estão a realizar missões todos os diasem 90 países», publicou Tom Dispatch citandoKenMcGraw, porta-vozdo Comando de OperaçõesEspeciais (SOCOM, segundo a sigla em inglês) do Exército dos Estados Unidos da América.
«Os EUA procuram encurralar o Irão, arquitectando o pretexto para mais uma etapa da guerra imperialista»
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Mapa das bases militares dos EUA e seus aliados no Médio Oriente
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Assistimos a uma tremenda manipulação e ainda maior mistificação em torno da questão das armas nucleares.
Sejamos claros. Armas nucleares, químicas e bacteriológicas têm-nas, em enormes quantidades, a China, a França, a Inglaterra, a Rússia e, sobretudo, os próprios Estados Unidos da América (o maior arsenal de todos). Ou seja, os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. São igualmente detentores deste tipo de armamento de destruição maciça a Índia e o Paquistão. Israel é, há mais de 50 anos, uma potência nuclear.
Perguntas pertinentes, digo eu:
Qual o único país que, até hoje, lançou bombas atómicas sobre populações indefesas (Hiroshima e Nagasaki)?
O que seria se o Irão (ou outro país qualquer) instalasse bases militares nas fronteiras dos EUA?
O que sucederia se os Serviços Secretos do Irão (ou de qualquer outro país) se pusesse para aí a liquidar os físicos e especialistas nucleares dos Estados Unidos da América e de Israel?
Qual o critério do direito internacional à luz do qual duas potências nucleares (França e Reino Unido) decretam sanções contra outro país suspeito, e apenas suspeito, de pretender fabricar armamento nuclear?
França e Reino Unido (e EUA, Israel, etc...) estão a pensar em liquidar os seus arsenais nucleares?
Ou pretendem «apenas», de certeza com fins pacíficos e em nome da paz. manter o seu monopólio nuclear para assim melhor chantagearem os povos?
Colocadas estas questões fique claro que, como é óbvio, o regime político, económico e social do Irão está nos antípodas daquilo que defendo e por cuja concretização luto.
A solidariedade internacional e a luta dos povos contra o avanço das forças imperialistas são os temas da entrevista da presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) e do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes, ao Vermelho.
Para ajudar os nossos leitores aqui vai a frase completa:
«Realmente, realmente, esta organização [a NATO] devia ter acabado quando acabou o Pacto de Varsóvia. Ou seja, a NATO foi concebida em espelho com o Pacto de Varsóvia, portanto, o pacto dos países de leste, quando ainda tínhamos o chamado socialismo real. E a NATO sempre se proclamou como organização de defesa do ocidente e com um raio de acção que era o da defesa dos países do ocidente».
Para responderem à pergunta do título, não adianta procurarem através daqueles «motores de busca» muito jeitosos.
Mas, basta ir a qualquer fonte, manhosa que seja, para descobrir que o Pacto de Varsóvia foi assinado nessa cidade a 14 de Maio de 1955, e a NATO, por vezes chamada Aliança Atlântica, foi constituída em Washington a 4 de Abril de 1949.
Assim, a frase do título constitui uma grosseira falsificação histórica, sem dúvida produto da ignorância do «especialista» que é, aliás, uma pessoa conhecedora e inteligente...
E quem for muito, mas mesmo muito!, curioso pode ouvir a frase AQUI!
Um autocarro finlandês com 35 pessoas e um automóvel com cinco activistas anti-NATO franceses foram impedidos de entrar em Portugal pela fronteira de Vilar Formoso.
«A fonte referiu que os jovens, 33 finlandeses, um estónio e um alemão, pertenciam a um grupo anti-militarista finlandês e tencionavam seguir para Lisboa, trazendo consigo «material com mensagens anti-NATO». (...) Entretanto, ouvido pela TSF, o major Almeida, oficial de dia da GNR da Guarda, frisou que este tipo de grupos são sempre encarados com «preocupação», porque nunca se sabe que atitude vão tomar.»
«No grupo, estavam 33 finlandeses, um alemão e um estónio. Traziam faixas e t-shirts anti-NATO. O autocarro chegou à fronteira de Vilar Formoso por volta da meia-noite. Já era esperado pelas autoridades. Sem saberem, estavam a ser seguidos pela polícia, desde Burgos.»
A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista.