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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Monsanto agora é Bayer: Dois monstros do capitalismo com uma história de crimes

Plantio_de_OGM_na_Amazônia

A brochura «Imperialismo, fase superior do capitalismo», que V. I. Lénine escreveu há 100 anos (Janeiro a Junho de 1916), confirma, hoje como então, as teses de Marx e Engels. Neste trabalho Lénine caracteriza o imperialismo do início do século XX:

«… uma particularidade extremamente importante do capitalismo chegado ao seu mais alto grau de desenvolvimento é a chamada combinação, ou seja, a reunião numa só empresa de diferentes ramos da indústria, que ou representam fases sucessivas da elaboração de uma matéria-prima (…) ou desempenham um papel auxiliar uns em relação aos outros…» (Capítulo I).

 

A evolução do capitalismo nos últimos anos tem acelerado as compras, fusões, participações em muitas áreas. A concentração do capital é galopante nos principais sectores da indústria, do comércio, do bancário e também em tudo o que se relaciona, a montante e a jusante, com o agro-alimentar.

Os órgãos de comunicação deram, recentemente, conta do que apelidam «o negócio do ano»: a compra da «maldita» Monsanto pela «famigerada» Bayer. Os seus tentáculos abrangem diversos sectores que influenciam toda a vida: químicos, agro-químicos, farmacêuticos, veterinários, plásticos, fibras, OGM, sementes, etc. A lista das empresas que dominam é infindável, infiltra-se e apropria-se do planeta: recursos naturais e biodiversidade, a vida humana.

São dois monstros do capitalismo com uma história de crimes e atentados que os milhões gastos no seu branqueamento não podem fazer esquecer:

  • A Monsanto, criada em 1901 (viu vários produtos serem proibidos, como o DDT, o 2,4,5-T, o PCB «Ascarel»), provocou desastres ambientais e foi a principal fabricante do «agente laranja» que os EUA usaram na guerra do Vietname, cujos efeitos cancerígenos e malformações congénitas ainda hoje afectam o martirizado, mas heróico povo vietnamita;

  • A Bayer, criada em 1863, ficará sempre ligada ao financiamento da campanha que levou Hitler ao poder, assim como pelo fabrico do Ziklon-B utilizado nas câmaras de extermínio nos campos de concentração nazis e pela utilização de prisioneiros como escravos e como cobaias.

Este negócio de 66 mil milhões de dólares não é grande apenas pelo seu montante, assim como não são grandes, apenas pelos seus valores, a fusão entre a Dow Chemical e a Dupont, ou a fusão entre a ChemChina e a Syngenta.

Mesmo segundo a imprensa burguesa (Financial Times), se há 20 anos havia cerca de 600 grandes empresas do agro-negócio capitalista, este número foi sendo reduzido, por compras e fusões, restando até há pouco apenas seis: Monsanto, Dow Chemical e Dupont (EUA); Bayer e BASF (RFA); Syngenta (Suíça).

Com os negócios agora conhecidos, ficarão apenas quatro que, só nas sementes, dominarão 63 por cento do mercado mundial. Outro negócio, menos falado, mas não menos importante, na área dos fertilizantes, fará da fusão das canadianas Potash Corp e Agrium o maior produtor mundial.

Estes negócios, estas concentrações, não são grandes apenas pelo gigantismo dos lucros que proporcionam a um clube restrito. São grandes e avassaladores, principalmente, pelo que significam para a sustentabilidade do planeta e a soberania de muitos países e povos.

Mas no agronegócio o capital internacional não se fica por dominar os produtos para e da agricultura. Ele apropria-se da terra, dos recursos naturais, da biodiversidade.

Os seus investimentos na produção intensiva e na alimentação industrializada são apresentados como uma benesse aos povos «para eliminar a fome». Mas ela aumenta! Podemos dizer que o resultado da investida do capital se resume a: fome, subnutrição (e inversamente, também obesidade nos países «desenvolvidos»), apropriação e esgotamento dos recursos naturais (usa mais de 80% dos combustíveis fósseis e 70% da água, para uso agrícola), apropriação e eliminação da biodiversidade (a agricultura camponesa trabalha com 7000 culturas enquanto a industrial apenas labora 150), desfloresta 13 milhões de hectares/ano e destrói 75 mil milhões de toneladas /ano de coberto vegetal, eliminação da propriedade camponesa com a apropriação da terra, acumulação de lucros.

(sublinhados meus)

 

Campo de trigo com corvos Vincent_Van_Gogh

 

Candidatos CDU em jornada dedicada ao ambiente

ETAR_Satao_Riodemoinhos

ETAR de Rio de Moinhos - Sátão

Lixo_ETAR_Satao_Riodemoinhos

Lixo da ETAR de Rio de Moinhos - Sátão

Visita_ETAR_Lavandeira

Visita ETAR (?) da Lavandeira - Mangualde

Ribeira_apos_descarga_ETAR_Lavandeira

Ribeira após descarga da ETAR (?) da Lavandeira - Mangualde

ETAR_de_Cubos

ETAR de Cubos - Mangualde

 

Candidatos de Os Verdes, na lista da CDU, em jornada dedicada ao ambiente e à preservação dos Recursos Hídricos

 

Balanço ao Ano Agrícola de 2013; 2014 - «Ano Internacional da Agricultura Familiar»

 

 «A única medida que o Governo tomou, especificamente virada para os pequenos e médios Agricultores, foi a imposição de novas regras fiscais destinadas a aumentar a fiscalização e a tributação sobre esses mesmos Agricultores, para os eliminar. Eis outra consequência do programa de desastre nacional das tróikas e do Governo.»

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«A Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu consagrar 2014 como «Ano Internacional da Agricultura Familiar», o que a CNA considera positivo.

De facto, é justo e necessário dar mais visibilidade à importância da Agricultura Familiar enquanto actividade e modo de produção respeitadores da Biodiversidade e que contribuem para uma alimentação saudável e acessível bem como para a Soberania Alimentar dos Povos e Países. E que também podem contribuir, decisivamente, para fixar as Populações aos territórios rurais de vastas e já hoje desumanizadas Regiões deste nosso Planeta

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Artigo 38.º: Silenciar propostas alternativas

«O Estado assegura a liberdade e a independência dos órgãos de comunicação social

perante o poder político e o poder económico.»

in Constituição da República Portuguesa.

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A discriminação de que o PCP é alvo na generalidade da comunicação social assume várias formas, que vão do silenciamento das suas iniciativas e posições à deturpação ou truncagem do que nelas é afirmado e defendido. O tratamento jornalístico dado à última reunião do Comité Central, realizada nos dias 27 e 28, é disto um revelador exemplo.

Durante dois dias de intenso debate, o órgão máximo do Partido entre congressos analisou de forma aprofundada a situação política, económica e social, internacional e nacional – marcada, esta última, pelo violento ataque em curso contra os direitos dos trabalhadores e de amplas camadas da população. Nesta reunião esteve ainda em discussão o amplo e profundo processo de luta desenvolvido pelos trabalhadores e as populações, bem como diversas questões ligadas com o reforço da organização e intervenção do Partido.

No comunicado do CC, publicado nesta edição, adianta-se ainda um vasto conjunto de propostas, que correspondem à resposta do Partido às necessidades do País e aos problemas com que os trabalhadores e o povo estão confrontados – aposta no investimento público, na produção nacional e na dinamização do aparelho produtivo; enfrenta os grupos económicos e financeiros, indo buscar recursos onde eles existem; promove uma mais justa repartição da riqueza e valoriza o trabalho e os trabalhadores; põe fim ao processo de privatizações, garantindo o controlo público de importantes sectores estratégicos – eis algumas das medidas propostas pelo PCP que a comunicação social esconde.

A reunião do Comité Central parece ter-se resumido às eleições presidenciais do próximo ano e ao facto de não ter sido ainda anunciado o candidato do Partido à Presidência da República.

Quanto a este vasto – e singular, no panorama nacional – património de análises e propostas alternativas, pouco mais do que nada! Assim poderão continuar a apresentar as medidas do Governo e do PSD como inevitáveis e as únicas a tomar face à «crise», ao «ataque especulativo» e ao «défice»...

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Uma intensa actividade, escondida e silenciada

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Mas não foi apenas na reunião do Comité Central que se anunciaram propostas. Dias antes, o PCP realizou um conjunto de importantes iniciativas, que não mereceram qualquer referência: a audição sobre sobre conservação da Natureza, áreas protegidas e biodiversidade, onde se analisou de forma crítica a política seguida nestas áreas (marcada, por exemplo, pelas dificuldades impostas às populações residentes em parques naturais e áreas protegidas ao mesmo tempo que se concedem todas as facilidades aos grupos económicos para a exploração turística); a mesa-redonda realizada em Coimbra sobre a reforma da Política Agrícola Comum – matéria fundamental para o futuro da nossa agricultura e soberania; e as tomadas de posição acerca dos Cortes nos Apoios Sociais e do Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, emitidas nos dias 23 e 26, que também não mereceram qualquer tratamento jornalístico.

O próprio comício realizado no dia 24, com a participação de Jerónimo de Sousa, que ocorreu nas Caldas da Rainha (onde há vários anos não se realizava semelhante iniciativa com um secretário-geral do Partido) e que contou com a presença de duas centenas e meia de pessoas não existiu para as televisões e para as rádios.

(sublinhados meus)

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In Jornal «Avante!» - Edição de 1 de Julho de 2010

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A geopolítica dos agro-combustíveis

Texto de João Vieira

    Depois do ouro negro, para o capitalismo é agora a vez do ouro verde que avança a coberto do eufemismo de bio-combustível e da defesa da biodiversidade.
Porquê a necessidade ideológica do capital em apresentar o novo negócio sob uma capa ecológica? A resposta é uma só: para esconder aquilo de que realmente se trata, ou seja: um crime contra a humanidade.
 

Em abono da verdade não devemos sequer pronunciar bio-combustíveis porque é um embuste e porque a sua produção não obedece a critérios de sustentabilidade e não respeita a biodiversidade. Chamemos-lhe simplesmente agro-combustíveis.

Os agro-combustíveis são-nos apresentados como uma resposta à crise energética e ao aquecimento climático, uma energia limpa, dizem. Contudo, os agro-combustíveis não são um combustível alternativo, não são menos poluentes que o combustível de origem fóssil, necessitam de gastar muita energia na sua produção e o seu alcance é muito limitado. Por exemplo: são necessários 200 quilos de milho para alimentar o depósito de um automóvel, os mesmos quilos alimentariam um ser humano durante um ano.

                             

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