Culminando um profundo processo de auscultação das organizações do PCP e do PEV no Distrito de Viseu, a Comissão Coordenadora Distrital da CDU vem anunciar que escolheu Francisco Almeida como cabeça de lista da Coligação às próximas eleições legislativas.
Foi uma sala repleta de crianças (quase duas centenas) que na manhã de terça-feira, recebeu a voz de Filomena Pires para contar um conto de Álvaro Cunhal.
O Auditório Municipal Carlos Paredes em Vila Nova de Paiva, foi mais uma casa de cultura que não quis deixar de se associar às Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal. Reconhecendo nesta figura ímpar da nossa história a concretização de valores democráticos, entendeu legar aos mais novos, sob a forma de Sessão de Conto, um exemplo de vida e de luta que se projecta na actualidade e no futuro.
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“Sabem como se chama a história?” perguntava a contadora. Muito bem preparados pelos docentes que os acompanharam, as crianças prontamente disseram “Os Barrigas e os Magriços!”. Conheciam o tema e o autor do conto e não se inibiram de dar soluções para travar os Barrigas que tudo comiam sem nada deixar para os Magriços. Maltratados e com fome, mas unidos na vontade de mudar as coisas, os Magriços foram exemplo e lição de participação cívica e democrática, que estas crianças, entre os 4 e os 10 anos de idade, certamente guardarão na memória.
A música de Barata Moura e as ilustrações de meninos de Portimão deram mais cor e brilho ao espaço, animado ainda com a beleza de bolas de sabão esvoaçantes a alimentar o sonho de um mundo mais justo e mais humano. Também A Gaivota foi cantada em coro e ritmada pelas palmas infantis que assim manifestavam o agrado sentido.
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No final, todos os meninos e professores se deslocaram a visitar a exposição patente no foyer. Ali ficaram a conhecer apontamentos biográficos e os desenhos da prisão da autoria de Álvaro Cunhal. Muito atentos às explicações dos seus professores, alimentados pela curiosidade mas também pelo gosto, os meninos comentavam: “Álvaro Cunhal esteve preso sete anos!” E foi um desenho da prisão que puderam levar para colorir usando as cores de Abril, mais tarde na sala de aula. À saída, um balão com cor de cravo para levar para casa e lembrar uma instrutiva manhã.
O nosso bem-haja a todas e todos quantos possibilitaram a realização desta extraordinária iniciativa!
Soldadito de Bolivia, soldadito boliviano, armado vas con tu rifle, que es un rifle americano, soldadito de Bolivia, que es un rifle americano.
II
Te lo dio el señor Barrientos, soldadito boliviano, regalo de mister Johnson, para matar a tu hermano, para matar a tu hermano, soldadito de Bolivia, para matar a tu hermano.
III
¿No sabes quien es el muerto, soldadito boliviano? El muerto es el Che Guevarra, y era argentino y cubano, soldadito de Bolivia, y era argentino y cubano.
IV
El fue tu mejor amigo, soldadito boliviano, el fue tu amigo de a pobre del Oriente al altiplano, del Oriente al altiplano, soldadito de Bolivia, del Oriente al altiplano.
V
Esta mi guitarra entera, soldadito boliviano, de luto, pero no llora, aunque llorar es humano, aunque llorar es humano, soldadito de Bolivia, aunque llorar es humano.
VI
No llora porque la hora, soldadito boliviano, no es de lagrima y pañuelo, sino de machete en mano, sino de machete en mano, soldadito de Bolivia, sino de machete en mano.
VII
Con el cobre que te paga, soldadito boliviano, que te vendes, que te compra, es lo que piensa el tirano, es lo que piensa el tirano, soldadito de Bolivia, es lo que piensa el tirano.
VIII
Despierta, que ya es de día, soldadito boliviano, esta en pie ya todo mundo, porque el sol salió temprano, porque el sol salió temprano, soldadito de Bolivia, porque el sol salió temprano.
IX
Coge el camino derecho, soldadito boliviano; no es siempre camino fácil, no es fácil siempre ni llano, no es fácil siempre ni llano, soldadito de Bolivia, no es fácil siempre ni llano.
X
Pero aprenderás seguro, soldadito boliviano, que a un hermano no se mata, que no se mata a un hermano, que no se mata a un hermano, soldadito de Bolivia, que no se mata a un hermano.
Cerca de ti, ¿por qué tan lejos verte? ¿Por qué noche decir, si es mediodía? Si arde mi piel, ¿por qué la tuya es fría? si digo vida yo, ¿por qué tú muerte?
Ay, ¿por qué este tenerte sin tenerte? Este llanto ¿por qué, no la alegría? ¿Por qué de mi camino te desvía quién me vence tal vez sin ser más fuerte?
Silencio. Nadie a mi dolor responde. Tus labios callan y tu voz se esconde. ¿A quien decir lo que mi pecho siente?
A ti, François Villón, poeta triste, lejana sombra que también supiste lo que es morir de sed junto a la fuente.
Para hacer esta muralla, tráiganme todas las manos: Los negros, su manos negras, los blancos, sus blancas manos. Ay, una muralla que vaya desde la playa hasta el monte, desde el monte hasta la playa, bien, allá sobre el horizonte.
—¡Tun, tun! —¿Quién es? —Una rosa y un clavel... —¡Abre la muralla! —¡Tun, tun! —¿Quién es? —El sable del coronel... —¡Cierra la muralla! —¡Tun, tun! —¿Quién es? —La paloma y el laurel... —¡Abre la muralla! —¡Tun, tun! —¿Quién es? —El alacrán y el ciempiés... —¡Cierra la muralla!
Al corazón del amigo, abre la muralla; al veneno y al puñal, cierra la muralla; al mirto y la yerbabuena, abre la muralla; al diente de la serpiente, cierra la muralla; al ruiseñor en la flor, abre la muralla...
Alcemos una muralla juntando todas las manos; los negros, sus manos negras, los blancos, sus blancas manos. Una muralla que vaya desde la playa hasta el monte, desde el monte hasta la playa, bien, allá sobre el horizonte...
Sem nos mover a pretensão de apresentarmos uma exaustiva e completa biografia de Marx, limitarmo-nos a deixar aqui, aos nossos leitores, algumas breves notas.
• 5 de Maio de 1818 – Nasce Karl Marx, em Trier, na Prússia renana, filho de um advogado, homem culto que partilhava as ideias progressistas dos filósofos do Século das Luzes, admirador de Voltaire e Rousseau. • 1830 – Marx entra no liceu, que termina apresentando uma dissertação de fim de curso intitulada «Reflexões de um jovem perante a escolha de uma profissão». Recebe um diploma onde o júri que o examina escreveria: «graças às suas capacidades justificar-se-ão as esperanças nele depositadas.» • 1835 – Entra na Universidade de Bona, no curso de Direito, transferindo-se um ano depois para a Universidade de Berlim. As obras de Kant, Fichte, Hegel, Feuerbach são os pontos de partida para o aprofundamento dos seus conhecimentos. Conclui o curso de Filosofia em Abril de 1841, tendo-lhe sido conferido o título de doutor em Filosofia. • Outubro de 1842 – Marx torna-se chefe de redacção da Gazeta Renana, onde divulga as suas ideias progressistas e assume a defesa dos interesses das massas trabalhadoras. Em 1843, o governo prussiano reaccionário proíbe o jornal e em Outubro de 1843 Marx parte para Paris, então centro político e cultural da Europa. Antes de partir casa-se com Jenny von Westphalen, sua amiga de infância. • 1844 – Em Paris, ligado aos mais destacados dirigentes do movimento operário francês, publica, em Fevereiro, a revista Anais Franco-Alemães, onde, pela primeira vez, formula a ideia do papel histórico universal da classe operária. • Agosto de 1844 – Se em 1842 Karl Marx e Friedrich Engels já se haviam encontrado em Colónia, quando Engels a caminho da Inglaterra passou pela redacção da Gazeta Renana, foi o seu histórico encontro em Paris, nos finais de Agosto de 1844, que marcaria o início de uma fecunda colaboração e profunda amizade, que se prolongariam durante toda a existência de Marx. Comungando dos mesmos pontos de vista na análise da sociedade capitalista, herdeiros dos conhecimentos mais avançados naquela época em vários domínios, designadamente nos da filosofia, da história, da economia política, Marx e Engels legaram-nos uma gigantesca obra científica e revolucionária cujo valor e actualidade perduram até aos nossos dias e influenciarão seguramente os séculos vindouros. • Nesse mesmo ano de 1844 publicam a sua primeira obra conjunta A Sagrada Família. • 1845 – Marx fixa-se em Bruxelas e em Setembro desse mesmo ano, conjuntamente com Engels, escreve A Ideologia Alemã, onde apresentam pela primeira vez os fundamentos do materialismo dialéctico e histórico, concepção do mundo da classe operária • 1847 – Foi constituída a primeira organização internacional dos trabalhadores: a Liga dos Comunistas, cujo II Congresso, em Novembro-Dezembro desse ano, encarrega Marx e Engels de redigirem um «manifesto» dirigido aos trabalhadores de todos os países. • Fevereiro de 1848 – É publicado o Manifesto do Partido Comunista, cujo 160.º aniversário se assinala este ano e cujas análises e conclusões, assim como as suas palavras finais «Proletários de todos os países, uni-vos!» mantêm todo o sentido e actualidade nos tempos que vivemos. Estavam lançadas as bases do comunismo científico e das ideias que mudariam o curso da história. A publicação do Manifesto coincide com o princípio das revoluções burguesas de 1848-1849 na Europa. • Ainda em 1848, Marx e Engels partem para a Alemanha e fundam, em Junho, a Nova Gazeta Renana, de que Marx é redactor-chefe e que será o primeiro jornal do proletariado alemão. • Maio de 1849 – Marx é expulso da Alemanha pela contra-revolução vitoriosa e parte para a França. É expulso de Paris e vai para Londres, onde viverá até ao fim da sua vida. • 28 de Setembro de 1864 – Marx e Engels encontram-se entre os principais fundadores da Associação Internacional dos Trabalhadores – a I Internacional, que existiu até 1876. É também neste período que Marx inicia a sua obra principal O Capital, publicando o primeiro volume em 1867. • 1871 – Marx vive o histórico acontecimento revolucionário que foi a Comuna de Paris e saúda com emoção o proletariado de Paris que se lançara ao «assalto do céu». Após a Comuna de Paris, inicia-se o processo de formação dos partidos operários em numerosos países, elevando a um novo nível o desenvolvimento do movimento operário mundial. É neste período que Marx escreve a sua obra A Guerra Civil em França. • 14 de Março de 1883 – Vencido pela doença que o atormentava havia anos, Marx, esse homem cujo grande objectivo da sua vida foi a luta pela libertação da classe operária, morreu na sua residência, em Londres.
Perseguido, caluniado, preso, expulso de vários países, as autoridades reaccionárias alemãs impediram-no de regressar à sua pátria. Marx e a sua família passaram por grandes dificuldades e duras provações, conseguindo sobreviver graças à ajuda fraternal de Engels e aos fortes laços que os uniam.