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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

As impressionantes manifestações em França em Setembro e Outubro

Para Ler, Ver e Ouvir:

Canções de luta francesas neste blogue:

Publicado neste blog:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

_

Ai que os homens ainda se desgraçam!

Continua a telenovela da luta pelo protagonismo na defesa da guerra do Afeganistão entre Augusto Santos Silva e Luís Amado!

O último episódio desta batalha sem quartel (!) pode ser lido na primeira página de um semanário «de referência» («de referência» para estas tricas): 

O ministro da Defesa garantiu ao Expresso que não haverá mais tropas para o Afeganistão, além do reforço já acordado de uma companhia de comandos em Janeiro. No início do mês, Luís Amado dissera em Bruxelas que admitia que o “o tema pudesse ser objecto de nova reflexão” e que era “natural” que o Governo “revisitasse as suas posições”.

Notícia completa: Não irão mais tropas para o Afeganistão

      A coisa está feia, portanto! Os homens ainda chegam a vias de facto! Será que vai correr sangue? Bem, se é preciso derramar sangue, senhores ministros, que seja o vosso, que seja o vosso... Mas bem na frente de combate! No Afeganistão, por exemplo! Vão reforçar o número de soldados, lutando por uma causa que vos é cara, para contentamento de todos!

                                                            

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                 

Post scriptum:

Na referida entrevista, pergunta a jornalista Luísa Meireles (com o mesmo à-vontade de quem coloca uma questão banal):

«Descarta o envio de batalhão de 600 homens, ou de um destacamento de F-16, como foi sugerido na imprensa?»

Resposta "diplomática" de Augusto Santos Silva (que não responde directamente à pergunta como se exigia num caso tão grave):

«Há uma decisão política tomada em Portugal, dela decorre o reforço. Quando os aliados dizem que é preciso reforçar a presença, nós dizemos, é verdade, estamos de acordo, e até já decidimos reforçar

É uma forma adocicada de dizer: "Quando os aliados mandam, nós estamos de acordo". E se for preciso enviar F-16, nós enviamos! 

Mais palavras para quê?

                                              

Se Augusto Santos Silva diz «mata!», vem Luís Amado e diz «esfola!»

     Eis um duelo de titãs para ver quem se chega mais à frente no apoio à guerra no Afeganistão! 

«O ministro da Defesa afirmou hoje que Portugal tem "a porta sempre aberta" relativamente à possibilidade de alargar o apoio militar no Afeganistão, sublinhando, contudo, que um reforço de 250 militares já é "muito considerável".

Augusto Santos Silva reiterou a importância de Portugal duplicar o número de militares envolvidos na Força de Protecção Internacional do Afeganistão (ISAF), uma decisão que já estava tomada antes do anúncio do presidente Obama.

Confrontado com os apelos feitos pela NATO para que os aliados aumentem a sua contribuição militar na ordem dos 5 000 homens, Augusto Santos Silva referiu que "a porta portuguesa em relação às obrigações e solidariedade com os aliados está sempre aberta".»

[A palavra socialismo / Como está hoje mudada  / De colarinho à Texas / Sempre muito aperaltada]

Nas reportagens seguintes, Luís Amado não só teoriza na sua habitual linguagem hermética (Santos Silva é mais directo) própria dos grandes diplomatas, como passa um raspanete à União Europeia (ao que parece pelo sua falta de empenhamento).

"Eu próprio amanhã terei oportunidade, no Conselho de Assuntos Gerais, de me pronunciar sobre o que acho que tem sido o papel da União Europeia em todo este processo relativo ao Afeganistão, em que a União Europeia tem estado numa posição de grande subalternidade na relação com a NATO", afirmou.

     Em carta de 7 de Dezembro à baronesa Ashton Luis Amado é mais mais concreto, embora mantenha a mesma linguagem "diplomática" (ou será "eufemística"?):  «É vital que nós - a UE e os Estados-membros – nos reunamos em Londres com ideias claras do que pode ser o nosso esforço e de como podemos melhorar a eficácia global dos recursos aplicados no Afeganistão. (...) Neste contexto, uma das preocupações mais prementes é o compromisso europeu para a estabilização do Afeganistão, em suas vertentes civil e militar. (...) [a estratégia anunciada na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama] traduz uma visão clara e sensata do que se pode e deve fazer no e para o Afeganistão», e, segundo a Agência Lusa, Luís Amado mencionou o empenho de novos recursos militares, o reforço do treinamento das forças afegãs e do esforço civil para o desenvolvimento social e econômico do país. E a Agência Lusa termina assim a sua notícia: A carta inclui ainda uma referência à necessidade de os dirigentes europeus transmitirem às opiniões públicas europeias a importância da presença internacional no Afeganistão, para que seja possível ter o apoio necessário ao esforço em recursos militares, civis e financeiros.

[Os barões da vida boa / Vão de manobra em manobra / Visitar as capelinhas / Vender pomada da cobra]

                                 

Eis dois homens, Augusto Santos Silva e Luís Amado, dois gigantes da política internacional, que estão fadados para as mais altas missões! No Afeganistão, por exemplo!... Se é preciso derramar sangue, senhores ministros, que seja o vosso, que seja o vosso...

                                                            

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                    

Boris Vian: Le déserteur

Le deserteur

   (Boris Vian)

                         

Monsieur le Président
Je vous fais une lettre
Que vous lirez peut-être
Si vous avez le temps
Je viens de recevoir
Mes papiers militaires
Pour partir à la guerre
Avant mercredi soir
Monsieur le Président
Je ne veux pas la faire
Je ne suis pas sur terre
Pour tuer des pauvres gens
C'est pas pour vous fâcher
Il faut que je vous dise
Ma décision est prise
Je m'en vais déserter

Depuis que je suis né
J'ai vu mourir mon père
J'ai vu partir mes frères
Et pleurer mes enfants
Ma mère a tant souffert
Elle est dedans sa tombe
Et se moque des bombes
Et se moque des vers
Quand j'étais prisonnier
On m'a volé ma femme
On m'a volé mon âme
Et tout mon cher passé
Demain de bon matin
Je fermerai ma porte
Au nez des années mortes
J'irai sur les chemins

Je mendierai ma vie
Sur les routes de France
De Bretagne en Provence
Et je dirai aux gens:
Refusez d'obéir
Refusez de la faire
N'allez pas à la guerre
Refusez de partir
S'il faut donner son sang
Allez donner le vôtre
Vous êtes bon apôtre
Monsieur le Président
Si vous me poursuivez
Prévenez vos gendarmes
Que je n'aurai pas d'armes
Et qu'ils pourront tirer

Paroles: Boris Vian

Musique: Boris Vian & Harold Berg 1954

                                                                                  

autres interprètes: Serge Reggiani, Richard Anthony, Claude Vinci, Les Sunlights

note: voir aussi la version par Mouloudji

Nota: La version initiale des 2 derniers vers était:

"que je tiendrai une arme,

et que je sais tirer ..."

Boris Vian a accepté la modification de son ami Mouloudji pour conserver le côté pacifiste de la chanson !

Para ver e ouvir Boris Vian e Joan Baez a cantar «Le deserteur» de Boris Vian:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                    

Faleceu Morais e Castro: foi, é e será um dos “imprescindíveis”

     Faleceu Morais e Castro, um intelectual ao serviço da cultura e do povo português.

José Armando Tavares Morais e Castro que dentro de um mês completaria 70 anos de idade, era militante do PCP, ao qual aderiu ainda muito jovem, tendo assumido altas responsabilidades de apoio à direcção do Partido antes e depois da Revolução de Abril.

Sócio fundador do Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, integrou desde a Revolução de Abril o Sector Intelectual da Organização Regional de Lisboa do PCP, de cuja direcção continuava a fazer parte. Candidato pelas listas da CDU a Lisboa nas próximas eleições autárquicas, era actualmente eleito na Assembleia de Freguesia dos Anjos.

Destacou-se pela sua actividade enquanto advogado e grande figura da cultura portuguesa. Nas artes do espectáculo, Morais e Castro estreou-se profissionalmente no Teatro do Gerifalto. Passou pelo grupo Cénico de Direito e integrou o Teatro Moderno de Lisboa. Em 1968, é co-fundador do Grupo 4 no Teatro Aberto. Representou autores como Peter Weiss, Bertolt Brecht, Max Frisch, Peter Handke e Boris Vian. Contracenou com Mário Viegas na peça À espera de Godot de Samuel Beckett. Em 2004, interpretou O Fazedor de Teatro com Joaquim Benite na Companhia de Teatro de Almada que lhe valeu a Menção Honrosa da Crítica.

Estreou-se no cinema com Pássaros de Asas Cortadas de Artur Ramos. Participou em programas de rádio e, estreia-se na televisão em o Rei Veado de Carlo Gozzi, realizado também por Artur Ramos. Desde então, participou em novelas e séries televisivas com grande destaque para as Lições do Tonecas.

Morais e Castro era actualmente da Direcção da Casa do Artista, do qual foi sócio fundador. O seu desaparecimento deixa a cultura portuguesa mais pobre. A sua determinação e firmeza em defesa da classe operária e dos trabalhadores radicava no seu optimismo jovial e na confiança nos ideais que defendia. É com profundo pesar que o Partido Comunista Português deixa a sua homenagem a um homem que lutou toda a vida e, por isso, como afirmou Bertolt Brecht, foi, é e será um dos “imprescindíveis”.

O corpo de Morais e Castro encontra-se, a partir das 20h00 de hoje, no Palácio das Galveias em Lisboa, realizando-se amanhã, domingo, ás 15h30, o seu funeral no cemitério do Alto de São João.

O Gabinete de Imprensa do Partido Comunista Português

                                                                     

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