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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

«O despovoamento deve ser a principal prioridade da política externa dos Estados Unidos em relação ao Terceiro Mundo», Henry Kissinger

(continua no próximo post)

Donald Trump_with_Henry_Kissinger_2017-05-10_Wikp.

A frase completa é:

«O despovoamento deve ser a maior prioridade da política externa em relação ao Terceiro Mundo porque a economia dos Estados Unidos exigirá grandes e crescentes quantidades de matérias-primas do exterior, principalmente de países menos desenvolvidos», e consta do «National Security Study Memorandum 200: Implications of Worldwide Population Growth for U.S. Security and Overseas Interests (NSSM200)».

Henry Kissinger_LBJ_Library_2016_Wikp.jpg

Este documento foi elaborado pelo Conselho Nacional de Segurança dos EUA sob a direcção de Henry Kissinger e dado como concluído em 10 de Dezembro  de 1974  .

Foi adoptado como política oficial dos USA pelo Presidente Gerald Ford [o que deu o aval ao presidente Suharto da Indonésia para a invasão de Timor-Leste] em Novembro de 1975. Durante alguns anos foi um documento  classificado como secreto, mas acabou por ser tornado público no início dos anos 90 do século XX.

Segundo este memorando seriam abrangidos 13 países a saber: India, Bangladesh, Paquistão, Indonésia, Tailândia, Filipinas, Turquia, Nigéria, Egipto, Etiópia, Mexico, Colômbia e Brasil

Kissinger_Ford_Suharto__Malik_ Jakarta 1975-12-06

Kissinger, Ford, Suharto e Malik, Jakarta, & de Dezembro de 1975, um dia antes da invasão de Timor-Leste pela Indonésia

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Quem disse «é melhor que a maior parte da população seja infectada o quanto antes para que a economia volte a funcionar normalmente; deixem essa gente trabalhar»?

Rubem Novaes_Tania Rego.jpg

 

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novais, segue as pisadas de Bolsonaro: «é melhor que a maior parte da população seja infectada o quanto antes para que a economia volte a funcionar normalmente; deixem essa gente trabalhar» – apelou numa entrevista à Globo.

 

Quem disse «Abaixo dos 40 anos, quando se é infectado por essa gripezinha, só menos de zero vírgula qualquer coisa dá em óbito»?

Jair Bolsonaro_caricatura

Desenho de Fernando Campos (o sítio dos desenhos)

 

«Abaixo dos 40 anos, quando se é infectado por essa gripezinha, só menos de zero vírgula qualquer coisa dá em óbito», assegura o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro enquanto continua a promover contactos com multidões e apoia caravanas de automóveis exigindo a reabertura do comércio.

 

Acordo unitário estrutural PSUV-PCV (26 de fevereiro de 2018)

Acuerdo-psuv-pcv-2018-02-26.jpg

Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV)-Partido Comunista da Venezuela (PCV)

 

O PSUV e o PCV denunciam, perante o mundo, que o imperialismo – através do governo dos EUA e com a subordinada cumplicidade de governos da América Latina e da extrema direita venezuelana –, insiste em criar um expediente artificial em organizações multilaterais contra o nosso país, para tentar justificar uma intervenção internacional, com a possibilidade real de os governos direitistas da Colômbia, do Brasil ou da Guiana criarem uma provocação nas fronteiras.

Ler o texto integral do Acordo

Mapa Venezuela_agresion

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6 de Julho de 1871 – Morre Castro Alves

Castro Alves Av

Um dos poemas da grande obra de Pablo Neruda «Canto Geral» é dedicado ao poeta abolicionista brasileiro Castro Alves, lembrando como este soube cantar a natureza e a beleza feminina mas também fazer com que a sua voz batesse «em portas até então fechadas para que, combatendo, a liberdade entrasse».

«A tua voz uniu-se à eterna e alta voz dos homens. Cantaste bem. Cantaste como se deve cantar», escreve o poeta chileno, que assim homenageia o carácter social da poesia de Castro Alves em poemas que o popularizaram, como «O Navio Negreiro», um dos mais conhecidos da literatura brasileira, em que descreve a terrível situação dos africanos arrancados das suas terras, separados das suas famílias e tratados como animais nos navios negreiros que os levavam para o Brasil como escravos, e «Vozes d'África», ambos publicados no livro «Os Escravos».

Também conhecido como «poeta condoreiro», numa associação ao pássaro condor cujo voo atinge grandes alturas, simbolizando a liberdade, Castro Alves morreu às três e meia da tarde do dia 6 de Julho 1871, no Palacete do Sodré, junto a uma janela banhada pelo sol.

A sua poesia, imortal, continua a aquecer-nos.

AQUI

 

31 de Outubro de 1902 – Nasce Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade

Nascido em Itabira do Mato Dentro, Minas Gerais, o consagrado poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade é justamente considerado como um dos principais representantes da literatura do Brasil do século XX.

Inicia os estudos em Belo Horizonte e aos 16 anos vai estudar com os jesuítas no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.

Apesar de bom aluno, é expulso por mau comportamento e «insubordinação mental», por discordar de um professor durante a aula.

Colabora no Diário de Minas, de que chega a ser Chefe de Redacção, e integra o movimento modernista em formação, que mais tarde o leva a conhecer os modernistas paulistas Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Blaise Cendrars.

O ingresso no serviço público como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação – cargo de que se demite em protesto contra a ditadura de Getúlio Vargas – não o afasta da escrita.

Data dessa época a obra «Rosa do Povo» (Uma flor nasceu na rua!/ Passem de longe, bondes, ónibus, rio de aço do tráfego./ Uma flor ainda desbotada/ ilude a polícia, rompe o asfalto...).

Empenhado política e socialmente, Drummond de Andrade afirma-se como o poeta mais influente da literatura brasileira do seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

AQUI

 

25 de Outubro de 1975 – Ditadura brasileira assassina Vladimir Herzog

Director da TV Cultura e responsável pelo telejornal «Hora da Notícia», Vladimir Herzog (Vlado) foi assassinado no dia 25 de Outubro de 1975, em São Paulo, nas instalações do Destacamento de Operações de Informações, do Centro de Operações de Defesa Interna.

Vlado, que após intimação se apresentou voluntariamente para «prestar depoimento» sobre a sua alegada ligação ao Partido Comunista do Brasil, na clandestinidade desde o golpe militar de 1964, foi torturado até à morte.

A versão de «suicídio», divulgada pelas autoridades militares, só foi rectificada em 2013, no âmbito dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade.

Segundo o relatório da Comissão, Vlado foi morto pela «Operação Radar», que tinha como objectivo liquidar a organização do Partido Comunista do Brasil e foi responsável pela morte de 20 militantes do partido entre 1974 e 1976, 11 deles ainda desaparecidos.

AQUI

 

O imperialismo por toda a parte enfrenta a resistência e a luta dos trabalhadores e dos povos

venezuela-av-bolivar-2016-09

«Desde as primeiras horas do dia, milhares de pessoas concentram-se nas ruas da capital venezuelana, em defesa da paz e da Revolução Bolivariana, e para dizer «não aos golpistas».»

 

«Beneficiando dos seus justamente intocáveis direitos e garantias, a imprensa internacional lá estará – muita exibindo o músculo da manipulação, renunciando sem pudor a qualquer compromisso sério com a verdade e o equilíbrio informativo

 

sao_paulo-manif-2016-09

«Além de São Paulo, também o Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba foram palco, ontem, de manifestações em que se denunciou o golpe de Estado, se exigiu a renúncia do presidente Michel Temer e a realização de eleições gerais.»

 

india-greve-geral-2set 2016

«Entre 200 e 300 milhões de trabalhadores aderiram, sexta-feira, à greve geral convocada por dez sindicatos na Índia. Em causa estão os planos governamentais de privatizar sectores estratégicos da economia, bem como a exigência de melhores salários e pensões.»

 

Conspiração na Venezuela

Mapa Venezuela_agresion

Podendo ser justamente qualificada de inaudita a situação criada no Mercosul – e toda a campanha em curso que visa o poder popular na Venezuela, como um dos alvos centrais do imperialismo na América Latina –, esta não é porém uma surpresa, dados os revezes e mudanças desfavoráveis na correlação de forças verificados nos últimos meses.

 

O conluio golpista no Mercosul está na linha directa do golpe (reciclado) no Paraguai de 2012 e do «golpe institucional» contra a presidente Dilma Rousseff no Brasil, que a direita espera selar em breve na decisão final do Senado.

A que se alia a chegada à presidência de Macri, na Argentina, representante do neoliberalismo puro e duro e dos círculos da burguesia rendida a Washington, cujo poder, eminentemente reaccionário, tem vindo a ensaiar um crescente pendor persecutório e antidemocrático.

 

venezuela 2015

«Basta passar por um hipermercado ou por uma farmácia para se perceber que a Venezuela atravessa um momento muito difícil. Faltam alimentos de primeira necessidade e o mesmo sucede com muitos remédios para atender, por exemplo, doenças crónicas como a hipertensão.

Contudo, não quer isto dizer que as pessoas estejam a morrer de fome – isso dos «corredores humanitários» não é mais do que uma farsa inserida na campanha internacional contra o processo bolivariano. Para além da eventual necessidade de correcções na tomada de decisões sobre a política de produção agrícola e industrial – o povo venezuelano e a sua vanguarda progressista encontrarão a melhor maneira de o fazer – e dos casos de corrupção – não são poucos os presos e condenados por esse motivo –, existe também uma guerra económica sem quartel, onde os grandes produtores nacionais e internacionais têm uma santa aliança para acabar, seja como for, com o processo de transformações sociais, económicas e culturais iniciado por Hugo Chávez.»

 

«Desde 1999, momento de viragem política e social na Venezuela com a chegada ao poder de Hugo Chávez, que se consolidam os apoios do imperialismo às forças mais reaccionárias que lideram a chamada oposição, patrocinando violentas acções de desestabilização política, social e económica. Ao longo de 17 anos, destacam-se um golpe de Estado falhado, em Abril de 2002, a sabotagem da empresa petrolífera em Dezembro de 2002, ou as chamadas guarimbas (barricadas) de 2014, onde as forças reaccionárias, incluindo fascistas, incitaram à violência e desordem pública, de que resultariam 43 mortos e centenas de feridos.

Em todos estes momentos, foi o povo mobilizado nas ruas que defendeu e afirmou a revolução bolivariana, e que impediu que os golpes e a desestabilização ditassem a queda do Governo.»

 

Escudo Venezuela.png

Os avanços da revolução bolivariana desde 1999 são incontestáveis:

  • a redução para metade do desemprego (hoje nos 7%);

  • a redução da pobreza de 70,8 para 33,1 por cento;

  • uma melhor distribuição da riqueza e a eliminação da fome;

  • a entrega de mais de um milhão de habitações para famílias carenciadas;

  • a massificação do acesso ao ensino superior;

  • o acesso gratuito à saúde;

  • o aumento substantivo do salário mínimo,

são algumas, entre muitas outras, destas importantes conquistas.

 

PCV-la-opcion-revolucionaria

«No quadro da contraofensiva do imperialismo para recuperar os seus níveis de influência e domínio na América Latina e no Caribe, é de particular relevância a agressão multifacetada que desenvolve contra a Venezuela e o seu processo bolivariano de mudança, iniciado em 1999.

A política do imperialismo na região conseguiu avanços importantes, o que se evidencia nos retrocessos dos diversos projetos progressistas-reformistas, incluindo o do nosso país, sobretudo por inconsistências, erros e deficiências dos governos, apesar de terem um bem-intencionado objetivo de justiça social; além disso, há a ausência de poderosos partidos revolucionários que encabeçaram a rutura com o sistema capitalista e os seus valores.

A Venezuela é um objetivo apetecível para o grande capital transnacional; por isso, tem sempre de se saber identificar a mão do imperialismo numa ofensiva global, que utiliza simultaneamente diferentes táticas: referendo revogatório, implosão do executivo e golpe de Estado. Para o apoio e incentivo destas táticas, é claro o papel atribuído à maioria de direita na Assembleia Nacional, como agente ao serviço dos interesses de potências estrangeiras.

Neste contexto, é um dever incontornável levantar a moral patriótica do povo, com a consciência exata de que a crescente deterioração na orientação e apoio popular se pode reverter se conseguirmos acumular a força necessária.»

 

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Telma Monteiro: Um texto muito, muito bonito...

Passadas mais de 24h, ainda é difícil pensar em algo para vos escrever…

Quando comecei a fazer judo, não tinha muita noção de nada. Do quanto teria de treinar, do quão longe podia chegar. Depois começou a crescer em mim uma paixão enorme por este desporto, a competitividade, que sempre tive, fazia o meu coração bater cada vez mais forte, fazia a vontade de ganhar ser cada vez maior. Naturalmente começou a fazer parte do meu ADN, o orgulho em representar o meu país, o nosso país, Portugal.

12 anos depois dos meus primeiros Jogos Olímpicos, 11 medalhas em Europeus e 5 em mundiais, depois, o sonho tornou-se realidade.

Eu tive receio, tive dúvidas, não sabia o que ia acontecer. Terminar a carreira sem a “tal” medalha, era uma possibilidade. O que não era uma possibilidade era desistir de trabalhar para que ela fosse uma realidade.

Trabalhei, não desisti, acreditei, tive receio, fui com receio mesmo, fui também com coragem. Consegui. Primeira medalha olímpica do judo feminino português. História pelo meu país. O meu país… isso era o mais importante de tudo. Não era eu, éramos nós, ali, naquele tapete da Arena Carioca 2.

O que é que eu sinto?

Alegria que não cabe.
Se eu consegui, TU também consegues. Não desistam de lutar por aquilo em que acreditam.

Obrigada do fundo do coração a todos os que trabalharam comigo para esta conquista e obrigada pelo carinho de todos. Valeu a pena lutar. Valerá sempre.

Telma Monteiro

 

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