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A Bíblia está aberta a várias leituras, crentes e não crentes, mas nem todas são válidas. O exegeta e poeta manifesta “perplexidade” por Saramago não tomar em consideração a necessidade de uma “interpretação” do texto, tomando-o à letra, “no seu absurdo”. “O que impressiona neste opção é ele (Saramago, ndr) recusar que aquele texto precisa de uma interpretação, de uma leitura simbólica”, declara. José Tolentino Mendonça realça que a Bíblia “é um livro de fé, que é lido a partir dessa perspectiva por milhões de pessoas, e ao mesmo tempo um livro de literatura, um superclássico”. Nesse sentido, é necessária “uma compreensão da Bíblia enquanto texto literário para verdadeiramente chegar ao seu sentido”, é preciso “ir à terra do poeta”, como se referia no Vaticano II, perceber que há “um sentido segundo, terceiro, que não se pode ler de forma literal e unívoca, que os géneros literários são para respeitar”.
In Saramago faz releitura banal da Bíblia (Tolentino Mendonça considera que último livro do Nobel português é uma «desilusão»)
Caim, em Portugal é editado pela Caminho, no Brasil pela Companhia das Letras, na Catalunha pela Edicions 62 e em castelhano, para a Espanha e América Latina, pela Alfaguara.
Vídeo da FJSaramago:
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge
publicado às 12:02