O derradeiro argumento da direita é o da tradição, o que mostra a fragilidade da sua argumentação. A tradição da direita são as desigualdades, "lagarta gorda em terra mesquinha" (Aquilino Ribeiro) com os 25 mais ricos a deterem quase 10% do RN. Pobreza exposta à caridade que serve para evitar que os ricos não sejam como os camelos que não passam pelo fundo da agulha (segundo o Evangelho).
Ter direitos laborais não faz parte da tradição da direita, tendo sempre de ser reduzidos por prejudicarem a "competitividade". O argumento é o mesmo desde o século XIX e os direitos foram arrancados somente através de duras lutas sindicais e populares.
A tradição da direita é não haver "Estado Social", por isso comentadores esmeram-se a demonstrar que não é mais possível existir, de acordo com as "regras europeias". As regras são para cumprir, as funções sociais do Estado, não. Educação, saúde, cultura é para quem pode pagar, quanto aos outros a Igreja católica que trate deles. É a tradição…
A propaganda da direita segue a tradição fascista do "caminhando para uma vida melhor" (programa da Emissora Nacional) enquanto o país ficava cada vez mais atrasado e desigual. A tradição da direita é a emigração forçada em massa, o PSD/CDS seguiram-na, incentivaram-na…
A tradição da direita quanto à liberdade e democracia tem o mesmo carácter que as "liberdades feudais" que os senhores da nobreza reclamavam quando eram tomadas medidas a favor dos interesses populares.
A sua tradição é a das "medidas de segurança" (em reminiscência do salazarismo) com que querem tirar direitos constitucionais aos eleitores à esquerda do PS – ou mesmo ao PS se este se inclinar para a esquerda!
A tradição em política é das ideias mais estúpidas a que a direita se agarrou no seu reacionarismo. Se assim fosse, Portugal nunca chegaria a ser um país, não lutava pela independência em 1383-1385, não a recuperaria em 1640 – data que quiseram esquecer – nem faria uma Constituição em 1820, nem derrubaria a ditadura fascista no 25 de ABRIL.
Não, da "tradição" da direita basta. A verdadeira tradição do país que lutou pela sua independência, pela liberdade e pelo progresso é e será: fascismo nunca mais, 25 de ABRIL, sempre!
ORÇAMENTO DA JUNTA DE FREGUESIA DE VISEU PASSOU COM VOTO DE QUALIDADE DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA
Votaram contra 9 eleitos do PS, CDS-PP e CDU, votaram a favor 9 eleitos do PSD. Absteve-se o eleito do Bloco de Esquerda. Perante o empate, o Presidente da Assembleia viu-se na necessidade de usar o seu direito ao voto de qualidade, para salvar o Orçamento e o Plano Plurianual para 2015. Se toda a oposição tivesse votado contra, a Junta teria de refazer o Orçamento e o Plano e reapresentá-lo em nova Assembleia.
ILUMINAÇÃO DE NATAL MOTIVA MOÇÃO DE PROTESTO
A parcialidade das iluminações de Natal, que deixou de fora ruas emblemáticas do “comércio tradicional”, motivaram a apresentação de uma Moção de Protesto/Recomendação da CDU, que obteve 6 votos a favor (4 do PS, 1da CDU e 1 do BE), 7 contra (6 do PSD e 1 do PS) e 5 abstenções (3 do PSD e 2 do CDS-PP).
JUNTA INSISTE NA “CARIDADEZINHA” SEM CRITÉRIOS TRANSPARENTES E OBJECTIVOS
A Junta de Viseu orçamentou 35 mil euros para apoios sociais, persistindo numa política demagógica e mistificadora, olhando mais para o eleitoralismo do que para as necessidades objectivas das pessoas, usando dinheiros públicos sem transparência nem critérios objectivos.
SOBRE O “FALHANÇO” DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
A CDU fez questão de desmitificar este “simulacro” de participação popular, incentivando a Junta a ouvir a população nos bairros e lugares da Freguesia, colhendo os seus contributos para a construção da totalidade do Orçamento e do Plano de Actividades.
ACTAS NÃO REFLECTEM DISCUSSÃO NEM PROPOSTAS LEVADAS À ASSEMBLEIA DE FREGUESIA E NÃO ESTÃO CONSULTÁVEIS DO SÍTIO DA FREGUESIA
A CDU constata que as intervenções e a participação do seu eleito na Assembleia de Freguesia de Viseu não são reflectidas nas Actas de forma suficiente, quando comparadas com as de outros eleitos. Por outro lado, os documentos apresentados não figuram apensos à Acta como deveria acontecer. Qualquer cidadão que queira consultar as Actas ou documentos de gestão da Assembleia ou Freguesia de Viseu, não o consegue fazer, por não estarem insertas no Sítio da autarquia, como a Lei obriga.
Vivemos hoje uma situação em que a gravidade dos problemas está para além das previsões mais pessimistas.
Os dados oficiais revelam que ao fim de um ano de politica da troika estrangeira e do governo PSD/CDS, mais de 853.000 portugueses estão na pobreza ou mesmo na miséria só devido ao desemprego. Esta situação tenderá a agravar-se muito nos próximos meses.
Por um lado, porque o desemprego vai continuar a aumentar. Desde Dezembro de 2011, a taxa de desemprego tem aumentado a um ritmo de 0,43 pontos percentuais por mês. Se este ritmo se mantiver, nos finais de 2012 o desemprego oficial atingirá 19,8% e o desemprego efectivo 26,8%. Isto corresponde a 1.530.000 desempregados. Estamos perante um valor insustentável para o país. Mas que é a consequência inevitável da política em curso de destruição da economia e da sociedade.
Por outro, porque o governo alterou a lei do subsídio de desemprego. O que terá como consequência que menos desempregados tenham direito a receber subsidio e durante menos tempo. Sublinhe-se que já hoje apenas 29 em cada 100 desempregados estão a receber subsídio de desemprego.
Em Março de 2011 cerca de 2 milhões de portugueses viviam abaixo do limiar da pobreza. Caminhamos em passo acelerado para os 3 milhões.
Sejamos claros. Está em marcha, duma forma consciente, uma brutal transferência de recursos públicos para o grande capital. É essa brutal transferência, que prossegue a cada dia que passa, que está na origem das medidas de austeridade que os trabalhadores e o povo estão continuamente a pagar.
Esta actuação do Governo PSD/CDS de Coelho e Portas assenta numa política de mentira, de mistificação, de golpe baixo.
Expressões acabadas desse golpe baixo são as abjectas políticas de pretensa caridade promovidas por este governo.
Em vez do combate à fome e à pobreza e às suas causas - as política de empobrecimento a que o país está a ser submetido – temos o «combate ao desperdício». «Combate» esse, apresentado em grandes parangonas e acções mediáticas, que mais não significa que colocar umas pessoas a viverem das sobras de outras!
Independentemente das boas intenções, há um conjunto de instituições de todo o género que fazem peditórios e apelam à caridade e que estão, na prática, a fazer o jogo daqueles que querem perpetuar a miséria, a pobreza e a exclusão social. Nunca é demais lembrar que em Portugal se EMPOBRECE A TRABALHAR. Um terço dos que vivem abaixo do limiar da pobreza trabalha!!!
Não vamos brincar à caridadezinha/Festa, canasta é falsa intençãozinha/Não vamos brincar à caridadezinha (José Barata Boura 1973).
Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação
«É preciso libertar o Estado de pagar, no futuro, pensões extraordinariamente elevadas, porque isso já não é protecção, é sim gestão de poupanças».
O indivíduo que bolsou tal propósito foi o actual ministro da Solidariedade, o dr. Mota Soares, personagem que, no Governo, ombreia com todos aqueles que, no plano dos valores e do comportamento, pretendem substituir o direito de cidadania pelo assistencialismo e pela caridade, conferindo às almas de boa vontade a função que, no passado, coube «à sopa do Sidónio». Mas não só.
Vejamos por partes.
Há, em Portugal, no sistema público de Segurança Social e na Caixa Geral de Aposentações, «pensões extraordinariamente elevadas»?