Em entrevista ao semanário católico Tertio, o Papa Francisco fustigou os media de forma, por ele admitida, contundente e desusada.
O Papa Francisco disse, cito: «A desinformação é provavelmente o maior mal infligido pelos media, porque ele orienta a opinião numa só direção, omitindo uma parte da verdade».
E a prova provada que assim é, encontramo-la na forma como esta afirmação nos é transmitida num dos jornais ditos de referência:
«Francisco realçou que espalhar a desinformação é “provavelmente o maior estrago que os media podem fazer”, garantindo que este tipo de actividade em vez de educar o público é um pecado.»
Ao omitir que «os media orientam a opinião numa só direção, omitindo uma parte da verdade», confirma as preocupações do Sumo Pontífice, que compara tabloides a uma forma de escatologia.
«Eu acho que os media devem ser mais claros, mais transparente e não cair, desculpem a expressão, na coprofilia sempre prontos para espalhar escândalos coisas abomináveis, independentemente da verdade,» «E como as pessoas tendem a sofrer de coprofagia, isso pode ser muito perigoso», disse Francisco.
Quando a comunicação social dominante, dita de REFERÊNCIA, censura o Papa...
A eleição do bispo Fernando Lugo para a presidência do Paraguai configura mais uma derrota do EUA na América latina. Será agora muito difícil para Washington manter a base militar que instalou no país, próximo da fronteira da Bolívia. A primeira prioridade para Lugo é a renegociação com o Brasil do preço da energia de Itaipu, projecto a que o governo de Lula se opõe.
Sentado na sala da sua casa de Assunção, um modesto quarto onde numa parede chama a atenção a reprodução de um São Pedro pintado pelo Greco, Fernando Lugo, o presidente eleito do Paraguaidiz-nos qual será a medida mais importante que tomará no inicio do seu mandato.: «Em 2009 a reforma da Constituição deve figurar na Agenda. A actual Constituição não produziu o efeito esperado. Para garantir a independência do Poder Judicial será preciso mudar os seus mecanismos. Temos que garantir a que a Justiça seja apolítica», sublinha muito sério. Pergunto-lhe se introduzirá um artigo permitindo a reeleição. Ele permanece em silêncio e sorri, olhando para o lado, o que provoca também o riso de outras pessoas presentes. Mas não responde. Lugo organizou uma coligação de nove partidos e aplica na política a mesma prudência que o leva a medir cada palavra quando se refere à relação com o Vaticano. Ele personifica, mais claramente do que muitos políticos, a dualidade do ser humano.