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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Penalva do Castelo na Comunicação Social (III)

                                                                                       

Câmara ajuda a elaborar projectos

Texto de Isabel Bordalo

    Consciente das dificuldades que os produtores do concelho, a maioria de pequena dimensão, têm para licenciar as suas queijarias, a Câmara de Penalva do Castelo criou um serviço próprio, com técnicos especializados, para ajudar as pessoas a elaborar projectos e candidaturas, nomeadamente ao LEADER +, para reconverterem os espaços onde produzem o Queijo da Serra da Estrela. "Às vezes por pequenas coisas, as pessoas acabam por não obter o licenciamento. É isso que queremos evitar", explica Leonídeo Monteiro referindo-se ainda aos custos que o processo implica, uma vez que é necessário fazer obras e comprar utensílios em inox, que são caros.

(sublinhados meus)
                        
In "Jornal do Centro" - Edição de 8 de Janeiro de 2008
                                          
A medida é correcta e só peca por tardia. Esperemos que não venha tarde de mais...
                                             

Certificado ou não, todos a 15 euros o quilo

Texto de Isabel Bordalo
    Das dezenas de bancas expostas na feira do queijo de Penalva do Castelo, que se realizou há uma semana, apenas meia dúzia apresentava queijo da Serra da Estrela com rótulo e que provinha de queijarias licenciaturas.
A larga maioria vendia queijo sem marca afixada, deixando a genuinidade do produto entregue à confiança do consumidor.
É que nem os preços serviam de elemento distintivo, já que eram iguais - 15 euros o quilo - tivessem rótulo ou não.
Isto num certame que já conheceu vários figurinos e que tem como principal razão de ser a promoção do queijo da Serra da Estrela, que sustenta parte da economia local, e chamar a atenção para a qualidade e genuinidade do produto através da certificação. Os apelos todos os anos se repetem, mas o panorama mantém-se com pouca evolução no número de produtores licenciados.
Às 10h30 da manhã, Maria Helena Matos Ferreira, de Real, no concelho de Penalva do Castelo, tinha vendido quatro caixas contendo um total de 40 queijos certificados. A venda fluí e as queixas também. "Eles estão-nos a estragar o negócio", atira. Eles são os produtores sem licença que concorrem deslealmente. "Nós temos gastos com o licenciamento e não podemos fugir aos impostos. Eles não", explica sumariamente enquanto embrulha mais um queijo.
Indiferente aos protestos, Briolanja Melo Cabral Abrantes também se queixa, mas da falta de negócio. "Ainda não vendi nada. Acham-no caro", diz com um sorriso cariado esta penalvense de 72 anos.
Natural de Matela, Briolanja tem um pequeno rebanho que sustenta uma produção em pequena escala de Queijo da Serra "vai para 15 anos". "Vai dando para o sustento", diz entre risos tirando do cesto um dos queijos que exibe como sendo feito integralmente de leite de ovelha.
A XVII Feira/Festa do Pastor e do Queijo e "Sabores de Penalva" abriu às 07h30, mas a meio da manhã as queixas por falta de compradores eram unânimes. À medida que a manhã crescia, mais gente enchia o recinto, mas pouca com disposição de abrir os cordões à bolsa. Olhavam, trocavam conversa e lamentos - "a vida está cara" -, mas o produto mantinha-se nas bancas.
Outros produtos tradicionais, como o vinho e a Maça de Bravo Esmolfe, que também têm dado fama ao concelho, também eram vendidos e divulgados, numa estratégia de promoção da "trilogia de excelência produtiva" de Penalva do Castelo. Este ano, o município aproveitou a feira do queijo e do pastor para realizar um fim-de-semana de promoção dos "Sabores de Penalva".
Nos dias 2 e 3 de Feveiro, numa parceria com os restaurantes, realizou-se uma prova de queijo Serra da Estrela, acompanhada com vinho Dão de Penalva de um dos seis produtores-engarrafadores do concelho.
Paralelamente, realizou-se uma exposição/venda dos produtos de excelência do concelho.
(sublinhados meus)
                              
In "Jornal do Centro" - Edição de 8 de Janeiro de 2008
                            
Que figurino defende melhor os interesses dos produtores e a economia do nosso concelho?
                                         

Concorrência desleal

Texto de Isabel Costa Bordalo

    "Vou vender as minhas ovelhas e o governo que me governe". O lamento de Laura Lopes, da Miuzela, no concelho de Penalva do Castelo, é embrulhado num aviso. A ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) não licenciou a sua queijaria porque "tem uma mesa de pedra e um armário de madeira" e exige a substituição daquelas duas peças de mobiliário por inox. Laura mantém-se irredutível - "não tiro a mesa, nem o armário" - e, na Feira/Festa do Pastor e do Queijo de Penalva do Castelo, aproveitou a presença do director regional de Agricultura da Beira Litoral, Rui Moreira, para manifestar a sua indignação pelo "excesso de exigências" da ASAE. "Se quer estar nesta actividade tem que tirar o armário", contrapôs o representante do governo que substituiu o secretário de Estado da Agricultura e das Pescas, Luís Vieira, ausente de Penalva do Castelo, para participar na cerimónia de tomada de posse dos novos ministros e secretários de Estado.

Os queixumes de Laura Lopes põem em evidência aquele que é um dos maiores problemas que enfrentam os produtores do Queijo Serra da Estrela. Uns por excesso, outros por defeito. Trata-se do licenciamento das queijarias e da certificação. Se o primeiro passo (licenciamento) ainda é minoritário - basta dizer que, entre uma centena de produtores artesanais, apenas 10 por cento estão licenciados - o segundo passo (certificação) mais é, constituindo um privilégio de muito poucos produtores pelos "custos elevados decorrentes do processo de certificação", como reconhece o presidente da Câmara Municipal de Penalva do Castelo, Leonídeo Monteiro.

O director regional de Agricultura da Beira Litoral foi sensível às queixas da produtora, mas assumiu a defesa das regras que, nos dias que correm, aumentam a impopularidade da ASAE, a quem cabe fiscalizar o incumprimento das normas.

"Se há regras, não posso ser injusto com quem cumpre", afirmou Rui Moreira, argumentando que isso seria favorecer a "concorrência desleal".

O representante do Ministério da Agricultura e Pescas esclareceu que "há processos de licenciamento simplificado para os pequenos produtores, que não têm exigências tão grandes como as que são impostas aos grandes produtores". E deixou claro que a "necessidade de certificação põe-se a quem vende milhares de queijos e entrega o que produz às centrais de compra" que, por sua vez, são responsáveis por colocar o produto no mercado. "Nesses casos é importante a certificação porque o consumidor desconhece quem produz. Agora as pequenas queijarias, que têm uma relação de proximidade com o consumidor, não têm necessidade de certificar o seu produto", explica Rui Moreira esclarecendo que o mesmo não se aplica ao licenciamento, que é obrigatório para todos. Daí que os serviços do Ministério da Agricultura e Pescas, juntamente com as câmaras municipais, tem vindo a fazer reuniões com os produtores para a necessidade de cada um cumprir com a sua obrigação.

(sublinhados meus)
                            
In "Jornal do Centro" - Edição de 8 de Janeiro de 2008
                 
A interrogação aqui fica: será este o melhor modelo para a Feira do Queijo no nosso concelho?
                              

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