A queda abrupta nas vendas de automóveis em Portugal está a provocar alterações nunca vistas nas quotas de mercado das diferentes marcas.
Segundo os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), pela primeira vez na história da indústria automóvel no nosso País, as marcas premium como a BMW, Audi e Mercedes conseguem estar em quarto, quinto e oitavo lugar, respectivamente, nas lista dos modelos mais vendidos.
Fortemente penalizadas pela queda de quase 50 por cento do mercado, as marcas generalistas como Opel, Ford, Citroen ou Fiat vêem-se ultrapassadas por construtores que até agora representavam uma pequena parte das vendas.
Segundo profissionais do sector ouvidos pela Lusa (24.05), uma das razões para a menor queda das marcas de luxo reside no facto de 70 por cento das aquisições serem feitas por empresas que, ao contrário dos particulares, continuam a revelar capacidade aquisitiva.
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Afinal o dinheiro não desapareceu! Bem me parecia...
O grupo francês PSA garante que a empresa Citroën em Mangualde não vai ser deslocalizada. A incerteza quanto ao futuro da fábrica surgiu após as declarações do ministro da Economia, Manuel Pinho, sobre a necessidade de disponibilização de terrenos para a expansão da fábrica.
Nas declarações, proferidas no dia 17, após reunião do Conselho de Ministros, Manuel Pinho solicitava, ao responsável pela questão dos terrenos, que desbloqueasse a situação o mais rápido possível a fim de evitar a deslocalização da fábrica para Marrocos. O discurso de Manuel Pinho surge um ano depois de o Governo ter concedido à PSA um financiamento superior a oito milhões de euros para melhoramentos a introduzir nas linhas de pintura e montagem, tendo em atenção a aquisição dos terrenos.
A eventual deslocalização da empresa é desmentida pelo grupo PSA, uma vez que este pretende manter, em Mangualde, a produção dos modelos "berlingo First" e "Partner Origin" até 2013. Contudo, o grupo francês admite a necessidade de expandir a empresa, nos 20 mil metros de terrenos adjacentes à fábrica. As propriedades estão avaliadas em 1,8 milhões de euros, um valor que a autarquia de Mangualde não tem capacidade para suportar. A câmara municipal adiantou que 16 mil metros quadrados já se encontram classificados como espaço industrial.
A comissão de trabalhadores da Citroën, através de comunicado, apelou "à calma e tranquilidade de todos os trabalhadores", visto que os responsáveis pelo grupo francês garantiram que "a produção em Mangualde está a correr francamente bem" e que, devido à boa performance apresentada, a empresa "tem lugar no dispositivo industrial europeu do grupo.
Os deputados Hélder Amaral(CDS-PP) e Almeida Henriques(PSD) apresentaram, esta semana, um requerimento na Assembleia da Republica para obter esclarecimentos do processo.
A Citroën de Mangualde emprega cerca de um milhar de pessoas.