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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Quem decide é o grande capital

A eleição de Donald Trump coloca sem dúvida interrogações quanto a eventuais desenvolvimentos da política externa dos EUA.

A prática responderá a esta questão, que não é de menor importância, dadas as ambições da principal potência imperialista e o seu envolvimento directo em conflitos e processos negociais – da decisiva batalha de Alepo aos tratados ditos de livre comércio como o TTIP – de grande impacto nas relações internacionais.

Mas por mais iconoclasta e delirante que possa parecer o discurso do seu presidente, não é dele que dependem alterações significativas na política dos EUA pois finalmente quem decide é o grande capital financeiro e especulativo, é Wall Street, é o poderosíssimo complexo militar-industrial, é o punhado de grandes multinacionais de base norte-americana que sugam a parte de leão da mais-valia criada em todo o mundo.

 

Bandeira União Europeia_2011

«As eleições nos EUA são expressão da crise do sistema. Os seus resultados contribuirão para o ulterior aprofundamento dessa crise. Nos EUA e a nível mundial.

(...)

Uma coisa é certa: seja nos EUA ou na UE, a palavra de ordem é militarizar. Os povos nada têm a esperar dos defensores do grande capital, a não ser exploração, miséria e guerra.»

 

Não se diz uma só palavra sobre as causas socioeconómicas e ideológicas desta situação...

 

Contribuintes europeus não podem subsidiar complexo militar-industrial de Israel

Forca_aerea_israel_2012Tanques Gaza 2012-11-20

Crianças Palestina Julho 2014

Numa altura em que países europeus estão sujeitos a asfixiantes medidas de austeridade, a União Europeia prepara-se para encaminhar o dinheiro dos contribuintes para apoios ao complexo industrial-militar-científico de Israel ao abrigo do programa Horizonte 2020.

O Programa Quadro Comunitário Horizonte 2020 é um dos mais ambiciosos a nível mundial e dispõe de um fundo de mais de 77 mil milhões de euros para apoiar a investigação e o desenvolvimento, no período 2014-2020, em três vertentes: excelência científica, liderança industrial e desafios societários. Na sua qualidade de Comissário Europeu responsável das áreas da Investigação, Ciência e Inovação, competirá a Carlos Moedas a gestão deste importante fundo. Em 8 de Junho de 2014 Durão Barroso e Benjamin Netanyahu assinaram o acordo de adesão de Israel ao programa Horizonte 2020, o que lhe confere os mesmos direitos dos estados membros e dos países associados.

Ler texto integral

 

Publicado neste blog:

 

O complexo militar industrial e a energia núclear

O reprocessamento de combustível irradiado descarregado dos reactores é absolutamente necessário para disponibilizar combustível (reciclado ou convertido) em quantidade bastante para fazer da energia nuclear uma alternativa duradoura aos combustíveis fósseis; todavia poucos países procedem ao reprocessamento do combustível.
Esta situação irracional é de explicação complexa, mas não será separável da origem da indústria nuclear, desenvolvida para fins militares, no seio do complexo militar-industrial.

-

Prémio igNobel da Paz atribuido a Obama

O Prémio igNobel da Paz acaba de se atribuido ao presidente do «maior fautor de violência no mundo».

Veja neste blogue as razões do Comité igNobel para a atribuição do prémio a Obama (clique em Obama claro!).

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                   

Notícias AQUI, AQUI, AQUI, AQUI e AQUI

                                                                    

Quem disse que os EUA são «o maior fautor de violência no mundo»?

   

O PS nunca diria tal coisa! O PCP podia ter dito, mas não, não foi o PCP!

O PCP disse na Resolução Política do XVIII Congresso do PCP de 1 de Dezembro de 2008:

(...)

A superioridade militar, o potencial científico e tecnológico e a hegemonia dos EUA nos mecanismos de criação e difusão da ideologia dominante, são inegáveis. Mas o seu poderio económico e a sua posição privilegiada como principal centro financeiro mundial estão enfraquecidos, com expressão na desvalorização e descredibilização do dólar e do seu papel de moeda de reserva internacional, papel este que já está a ser abertamente contestado. A economia norte-americana confirmou-se como o principal factor de instabilidade e crise da economia mundial.

(...)

De facto, o que está a verificar-se [na União Europeia], e com uma inquietante rapidez, é a intensificação e refinamento das políticas neoliberais orientadas para o aumento da exploração e do poder do grande capital e, no imediato, quer directamente quer via NATO, o reforço da aliança estratégica com os EUA e um intervencionismo cada vez mais agressivo e ambicioso.

(...)

Ao mesmo tempo, desenvolvem-se alianças e processos de cooperação e integração regional que, situando-se em geral numa lógica de expansão das relações capitalistas de produção, tendem ainda assim (como nos casos do MERCOSUL, da UNASUR - a União das Nações Sul Americanas, ou da Organização da Alternativa Bolivariana para as Américas - ALBA, impulsionado pela Venezuela, ou da Organização de Cooperação de Xangai) a contrariar as pretensões hegemónicas dos EUA e das duas outras grandes potências da «Tríade», a UE e o Japão. Estes processos, que expressam o desenvolvimento desigual do capitalismo e geram contradições inter-imperialistas, têm pesado positivamente na arrumação de forças no plano internacional e na resistência dos povos ao imperialismo.

(...)

Dando corpo a um revanchista e violento processo de ajuste de contas com a luta dos trabalhadores e dos povos, e com a História do século XX, o imperialismo procura por todos os meios perverter o edifício legal saído da II Guerra Mundial, de natureza fundamentalmente pacífica e antifascista, que, apesar dos retrocessos e alterações verificadas, nomeadamente no mapa político da Europa, continua a ser um obstáculo às pretensões hegemónicas do imperialismo dos EUA e seus aliados.

(...)

    Insere-se nesta linha [de crescente centralização do poder político e da sua submissão ao poder económico e às estratégias de militarização das relações internacionaisa evolução na União Europeia que corresponde a uma nova fase da intervenção imperialista da Alemanha e de outras grandes potências europeias que se constituem como um bloco político, económico e militar, intimamente coordenado com a NATO, um pólo imperialista que, não obstante reais rivalidades e contradições inter-imperialistas, concerta e partilha com os EUA zonas de influência e intervenção. Apresentado como um «espaço de democracia» e de «defesa dos direitos humanos», trata-se na realidade de um centro político-ideológico do imperialismo, profundamente antidemocrático na sua essência e desrespeitador dos direitos dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo.

(...)

O rasgar de tratados internacionais essenciais para o equilíbrio estratégico (como o Tratado ABM); a agressão e desmantelamento da Jugoslávia; a instalação do chamado «sistema de defesa anti-míssil» norte-americano na Europa e a expansão da NATO e das bases militares do EUA para as fronteiras da Rússia; a militarização da Alemanha; a ofensiva política e militar nos países da bacia do mar Cáspio e no Cáucaso; as provocações contra a China; o «regresso a África» de várias potências militares, com destaque para os EUA, e a instalação do comando militar AFRICOM; a reactivação da IV Esquadra norte-americana na América Latina; o rearmamento do Japão e a revisão militarista da sua Constituição; os acordos nucleares com a Índia e as manobras de desestabilização e ingerência em Timor Leste, por parte da Austrália e EUA, são exemplos elucidativos do carácter global da ofensiva militar e geo-estratégica do imperialismo e dos intentos recolonizadores que lhe estão associados.

(...)

O Médio Oriente e o continente asiático mantêm-se como os principais focos de instabilidade. O prosseguimento da ocupação imperialista do Iraque e dos crimes sionistas de Israel na Palestina; a intensificação da guerra no Afeganistão e o seu progressivo alastramento ao Paquistão; as provocações e ameaças de intervenção ou provocação militar contra o Irão e a Síria por parte de Israel e dos EUA; as ingerências e agressões no Líbano; as ameaças à República Popular Democrática da Coreia; a instabilidade política provocada no Sri Lanka, Bangladesh e Myanmar, configuram um perigoso cenário para a paz mundial, que assume dimensões potencialmente explosivas com a recente escalada bélica no Cáucaso por parte de uma Geórgia totalmente enfeudada ao imperialismo e por este instrumentalizada.

    A realidade evidencia que é dos centros políticos e militares do imperialismo que emanam a insegurança e os perigos que caracterizam a situação internacional. O facto de as despesas militares mundiais terem aumentado, desde 1998, cerca de 45%, e de os orçamentos militares dos EUA e dos principais aliados da NATO atingirem valores recorde, demonstram bem a aposta numa nova corrida armamentista que alimenta os fabulosos lucros da sua indústria - como o comprova o aumento superior a 100% das vendas das 100 maiores empresas do complexo militar industrial na última década (74 das quais de Estados membros da NATO) - e de um conjunto de empresas de recrutamento de mercenários e de logística que florescem num novo fenómeno de «privatização» dos conflitos militares.

As declarações de inquietação com o investimento militar por parte de países em desenvolvimento são cabalmente desmascaradas pelo facto de os EUA e a NATO dominarem quase hegemonicamente as capacidades militares mundiais, incluindo a produção e o comércio de armas. Só o orçamento militar dos EUA representa cerca de metade das despesas militares mundiais, envolvendo 761 bases e outras instalações militares em território estrangeiro.

(...)

A principal potência imperialista mundial - os EUA - confirmou-se nos últimos quatro anos como a ponta de lança do militarismo e belicismo imperialistas com a política fascizante da Administração Bush. Esse papel não será abandonado sem uma profunda alteração da correlação de forças no plano mundial, em favor da paz e do progresso social e sem uma profunda alteração do sistema económico e político dominantes na sociedade norte-americana. A eleição de Obama e a projecção internacional que lhe foi atribuída, suportada numa intensa e sofisticada campanha mediática, não pode ser dissociada da operação que, a propósito das eleições presidenciais norte-americanas, se desenvolveu para procurar reverter o crescente isolamento e descrédito dos EUA no plano internacional. Reflectindo a ampla rejeição popular das políticas da Administração Bush, a eleição de Obama está longe de corresponder às expectativas que, no plano interno e internacional, em torno dela se geraram quanto a uma possível alteração substancial das orientações, conteúdos e objectivos da política dos EUA.

(...)

A frase do título (os EUA são «o maior fautor de violência no mundo») nunca poderia ser lida no programa eleitoral do PS de 29 de Julho. É inútil procurar aí, porque no programa eleitoral do PS só se pode ler cumplicidades com os EUA,  «o maior fautor de violência no mundo». Ora vejamos:

(...)

No plano bilateral, o Governo do PS manterá as relações com os seus aliados tradicionais, em primeiro lugar com os Estados Unidos da América a que o liga um Acordo de Cooperação e Defesa, mas também com os parceiros europeus da NATO e da União Europeia e, em especial com os países africanos de expressão portuguesa aos quais o ligam diferentes Acordos de Cooperação Técnico Militar que quer desenvolver e aprofundar. De igual modo, deve proceder em relação a outros países que se inserem em áreas regionais de interesse estratégico para Portugal, designadamente no Magrebe e na margem sul do Mediterrâneo.

(...)

Nesta perspectiva, Portugal deve continuar a assumir a sua quota nas operações de paz e de segurança internacionais no contexto das várias organizações que integra, como as Nações Unidas, a NATO, a União Europeia, a OSCE ou CPLP.

(...)

Os nossos compromissos com a NATO estarão particularmente em foco ao longo do próximo ano, em que organizamos pela primeira vez uma Cimeira da Aliança, onde se deverá aprovar o novo Conceito Estratégico da Organização.

(...)

    O PS ainda se gaba de, no próximo ano, ir organizar pela primeira vez uma Cimeira da Aliança (a NATO), onde se deverá aprovar o novo Conceito Estratégico da Organização!

Quem disse então que os EUA são «o maior fautor de violência no mundo»? Foi Martin Luther King que fez esta afirmação no dia 4 de Abril de 1967. Foi assassinado exactamente um ano depois em Memphis, Tennessee. É obrigatório ler tudo o que ele disse aqui:

    O PS de Sócrates, Luís Amado e outros nunca aprovaria estas palavras «sacrílegas»!

«What do they think as we test out our latest weapons on them, just as the Germans tested out new medicine and new tortures in the concentration camps of Europe?»

«This way of settling differences is not just».

«A nation that continues year after year to spend more money on military defense than on programs of social uplift is approaching spiritual death».

In Martin Luther King - "Beyond Vietnam - A Time to Break Silence"

                                                                   

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                   

Os 100 dias de Obama

    Nunca tivemos quaisquer dúvidas sobre a real natureza do «fenómeno Obama». Nunca embarcámos na maré de ilusões que a formidável campanha de promoção do «fenómeno» suscitou e ainda suscita em sectores do campo democrático. Alertámos desde o primeiro momento para a sofisticada operação de promoção do imperialismo norte-americano subjacente a tal «fenómeno»: o clamoroso fracasso do consulado fascizante de G. Bush impunha a recomposição da imagem dos EUA e a procura de outros métodos para tentar impor a sua hegemonia mundial. Após 100 dias de governo Obama podemos afirmar que a vida nos deu razão.

                                         

Why We Fight / Amerikas Kriege / Le Nerf de la Guerre: um filme de Eugene Jarecki

Why We Fight describes the rise and maintenance of the United States military-industrial complex and its involvement in the wars led by the United States during the last fifty years, and in particular in the 2003 Invasion of Iraq. The film alleges that in every decade since World War II, the American public has been told a lie to bring it into war to fuel the military-economic machine, which in turn maintains American dominance in the world. It includes interviews with John McCain, Chalmers Johnson, Richard Perle, William Kristol, Gore Vidal and Joseph Cirincione. The film also incorporates the stories of a Vietnam War veteran whose son died in the September 11, 2001 attacks and then had his son's name written on a bomb dropped on Iraq; a 23-year old New York man who enlists in the United States Army citing his financial troubles after his only family member died; and a former Vietnamese refugee who now develops explosives for the American military.

 

Documentaire d'Eugene Jarecki (États-Unis, 2005, 1h35mn) Coproduction : Charlotte Street Films, ARTE, BBC, CBC, France 2, TV2, YLE Sélectionné au Festival de Sundance 2005 En 1961, lors de son discours d'adieu, Eisenhower met en garde son successeur et la nation américaine contre le pouvoir croissant des militaires et les liens étroits qu'ils entretiennent avec les fabricants d'armes. Cela n'empêche pas chercheurs, militaires et industriels de continuer à élaborer des armes toujours plus sophistiquées. Quarante ans plus tard, le complexe militaro-industriel américain semble tout-puissant. Il a joué un rôle essentiel dans le déclenchement de la guerre en Irak. Il faut dire qu'un tel conflit permet d'expérimenter de nouvelles armes, de nouvelles techniques. L'offensive américaine a ainsi été l'occasion de tester une toute nouvelle bombe "antibunker". Mais la puissance du complexe militaro-industriel américain se manifeste aussi à travers la présence sur le terrain de milliers de "privés". Certes, la guerre en Irak est menée par une armée de métier, mais elle est assistée par d'autres forces plus ou moins bien identifiées, nébuleuse d'agents de sécurité et de mercenaires recrutés par des sociétés privées. Ainsi, tous les tortionnaires de la prison d'Abou Ghraïb n'appartenaient pas à la police militaire : certains avaient été engagés par une entreprise "spécialisée" dans les interrogatoires de prisonniers. Pour comprendre comment fonctionne la grande famille militaire américaine, Eugene Jarecki a interrogé de très nombreuses personnes, parmi lesquelles les "faucons" Richard Perle et William Kristol, l'ancien responsable de la CIA Chalmers Johnson, le journaliste de CBS Dan Rather, le fils du président Eisenhower et l'écrivain et critique Gore Vidal. Film d'investigation qui évite de tomber dans la polémique, Le nerf de la guerre cherche à savoir pourquoi les Etats-Unis s'en vont en guerre.

  Com legendas em castelhano:

Why We Fight , 2005, um documentário de Eugene Jarecki

 

Ver ainda:

A transcrição desta entrevista está aqui:

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

                                                                    

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